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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Barba grande acumula coliformes fecais, mas isso não é um problema

A pesquisa foi realizada com homens que trabalhavam em hospitais (Foto: Divulgação)

Os barbudos estão em alta, basta ver o sucesso do "hipster da Federal", mas será que cultivar uma barba como aquela é saudável? Ou melhor, será que ter contato com toda aquela "mata" pode transmitir doenças?

No início de 2015, uma pesquisa afirmou que a barba poderia estar cheia de coliformes fecais. A polêmica foi rebatida por outro estudo, publicado no Journal of Hospital Infection, mostrando que a barba poderia servir como fator de proteção.

A pesquisa foi realizada com homens que trabalhavam em hospitais e afirmava que os pelos faciais ajudavam a proteger contra Staphylococcus aureus, responsável por doenças como impetigo e foliculite.

"As mãos são consideradas partes do corpo com altíssimo grau de contaminação (100 mil bactérias por cm2) e, constantemente, quem tem barba, leva as mãos até ela, carregando toda esta contaminação. Tudo que contamina as mãos, contamina a barba. Isso pode incluir coliformes fecais (de todos os objetos e alimentos tocados), Staphylococcus aureus (de saliva) e vírus como o da gripe", explica o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria.

Mas afinal, a barba ter coliformes fecais é um problema?

Toda superfície tem bactérias. Isso inclui tablets e celulares, que estão em contato com o rosto e com as mãos frequentemente. Até mesmo a água mineral tem presença desses coliformes.

Segundo as regras da Anvisa, existe um limite mínimo tolerado para a presença dessas bactérias, a do queijo, por exemplo, é de até 500 UFC (Unidades Formadoras de Colônia).

Coliformes fecais, tem na água, tem em todo lugar. Ele existe no intestino, mas também pode estar embaixo da unha." Paulo Olzon, infectologista da Unifesp

Como fazem parte do organismo humano, os coliformes, em pequenas quantidades, não são capazes de causar doenças. Em grandes quantidades, a bactéria Escherichia coli, pode causar sintomas como diarreias, cólicas e vômitos. Em casos mais graves, os sintomas podem evoluir para hemorragia intestinal e problemas renais.

"Se a barba está contaminada pela bactéria E. coli, por exemplo, e aquela pessoa divide um copo d´água com outra, vai haver uma contaminação. Mas isso só aconteceria se a higiene for muito ruim. "

Maria Cláudia Stockler, infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

Mas e se eu beijar o barbudo?

Segundo os especialistas o beijo por si pode transmitir doenças como gripe e mononucleose. A barba, nesse caso, apenas agravaria o risco. "Os mitos são desnecessários. Se um barbudo beija uma moça que está com gripe, ele pode contrair o vírus, mas passaria como em qualquer parte. Por meio das mãos, por exemplo", explica Olzon.

É melhor ficar sem barba?

Fazer a barba com frequência pode provocar irritações e até mesmo pequenos machucados na pele, isso porque a lâmina não corta só o pelo, mas atinge a camada superficial da pele, a derme.

Algumas bactérias como o Staphylococcus aureus, responsável por infecções como impetigo, foliculite e eritema, aproveitam-se desses pequenos cortes para atacar.

"O Staphylococcus aureus está presente na grande maioria das peles, sendo uma bactéria oportunista. A presença de microfissuras causadas durante o barbear pode ser a oportunidade para o desenvolvimento de furúnculos e outras infecções", explica o biomédico Roberto Figueiredo.

Os especialistas alertam que assim como o cabelo a barba precisa de cuidados. Dependendo do tamanho da barba é possível ter doenças, seborreia, caspa e até mesmo piolhos. "Cai comida na barba, por exemplo. Por isso a higiene é importante. A gente não recomenda nenhum sabonete antisséptico porque ele mata a bactérias, mas irrita a pele", diz Stockler.
Uol


Maurício Kubrusly, jornalista da Globo, sofre infarto


Conhecido por reportagens em que se mistura aos entrevistados, Kubrusly se recupera bem, segundo a emissora (Foto: Marcos Rosa/Dedoc)


O jornalista Maurício Kubrusly, 71 anos, sofreu um infarto e foi submetido a uma cirurgia para a colocação de dois stents no coração, no último sábado. Conhecido pelas reportagens em que participa, se misturando aos entrevistados, no dominical Fantástico, Kubrusly se recupera bem e, de acordo com a assessoria da Globo, “deve voltar em breve ao trabalho”.

Maurício Araújo Kubrusly nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 1945, e iniciou carreira como jornalista nos anos 1960, quase por acaso. Foi visitar a  Rádio Jornal do Brasil com uma amiga e, durante a visita, descolou o primeiro trabalho na área, um estágio na redação do jornal impresso, que ficava no mesmo prédio. Não parou mais. Anos depois, assumiria o cargo de diretor da sucursal do Jornal do Brasil em São Paulo, onde passou a escrever também para o Jornal da Tarde, onde assinava textos sobre artes e espetáculos e crítica musical, sua grande paixão. Escreveu também para a revista Senhor e o jornal Folha de S. Paulo.

Sua estreia na Globo se daria no final dos anos 1970, a convite da então editora do Jornal Hoje em São Paulo, Vera Íris Paternostro. De acordo com o site Memória Globo, mantido pela emissora, Kubrulsy assumiu o posto de crítico de música do telejornal, função que já exercia no programa Panorama, exibido pela TV Cultura. A maneira irreverente de se comunicar logo chamou a atenção de Raul Bastos, então diretor da Globo em São Paulo, que o convidou a trabalhar como repórter. Desde então, passou a fazer matérias para quase todos os programas jornalísticos da emissora com enfoque em assuntos de artes e espetáculos.

Fonte: Veja

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