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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Indignação e revolta marcam sepultamento do oficial da PM morto por bandidos durante um assalto


sepultamento de PM
O corpo do Primeiro-Tenente PM Marcos Lira foi sepultado no cemitério Jardim Metropolitano,  na manhã do domingo Foto: Cid Barbosa/Diário do Nordeste 
Com honras militares e num clima de muita tristeza e indignação foi realizado neste domingo (16) o sepultamento do policial militar morto, a tiros, por bandidos durante um assalto a uma loja de celulares, no bairro Montese. O crime ocorreu na manhã da última sexta-feira. O oficial foi o 24º servidor da Segurança Pública do Ceará morto neste ano, e o 39º em dois anos da gestão do governador Camilo Santana (PT).
O corpo do primeiro-tenente Marcos Paulo Lira Ribeiro, 32 anos, foi sepultado no Cemitério Jardim Metropolitano, no Município do Eusébio. Dezenas de representantes da Polícia Militar e das polícias Civil e Rodoviária Federal também participaram das homenagens. O governador Camilo Santana desta vez não compareceu ao sepultado nem ao velório do militar, temendo uma reação dos componentes da Corporação.
A morte brutal do tenente Marcos Lira deixou a família policial militar cearense ainda mais indignada com o atual governo. Até agora a categoria não recebeu um aceno concreto de Camilo em relação à questão salarial. A anunciada “Média do Nordeste”, que seria implantada por Camilo no Ceará ainda neste ano, não saiu do papel.
Ameaçados
Por outro lado, corre entre os componentes da Corporação um sentimento de revolta diante das perseguições a PMs em seu trabalho. Recentemente, policiais que atenderam a uma ocorrência de crime eleitoral envolvendo uma filha do ex-senador Inácio Arruda, e atual secretário de estado, foram afastados de suas funções e estão sob  investigação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Por terem prendido a filha do político e conduzido o próprio ex-senador à PF, com as provas do crime, os PMs correm o risco de serem até expulsos da Corporação.
Por outro lado, outros 44 PMs suspeitos de participação na chacina da Messejana, foram também indiciados em inquérito na CGD, denunciados por uma força-tarefa do  Ministério Público Estadual (MPE) e tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça. Dos 44 presos, apenas uma sargento recebeu, até agora, o direito à prisão domiciliar com o uso de uma tornozeleira eletrônica. Os demais permanecem atrás das grades. 
Veja vídeo do sepultamento do militar (Vídeo TV DN)

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