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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Juiz solta cinco suspeitos de assalto milionário no Paraguai



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A Justiça do Paraná soltou nesta quarta-feira cinco suspeitos de integrar a quadrilha que explodiu uma transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai, roubou uma quantia milionária e fuzilou um policial que trabalhava como segurança. Eles haviam sido presos na operação de captura conjunta das polícias brasileiras, no interior do Paraná, supostamente em fuga do país vizinho.

A decisão foi do juiz Ariel Nicolai Cesa Dias, de Foz do Iguaçu. O magistrado entendeu que pelo menos três prisões foram ilegais e mandou expedir alvará de soltura. Contra dois suspeitos, ele reconheceu o flagrante por receptação de um carro roubado, mas determinou que respondam em liberdade. Nenhum deles portava armas ou dinheiro roubado quando do flagrante, apesar de terem sido abordados em situação suspeita. Todos negaram o crime. O juiz não citou na decisão nenhum vínculo provado deles com o assalto em solo paraguaio.

Conforme a Polícia Federal, chegava a quinze o número de presos nesta quarta-feira, suspeitos de envolvimento no assalto à Prosegur, de onde foram levados cerca de 8 milhões de dólares – 1,5 milhão recuperados por agentes policiais no Brasil. Suspeita-se que a quadrilha responsável pelo megarroubo tenha mais de cinquenta integrantes e vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Três criminosos morrem em tiroteios no lado brasileiro da fronteira. As buscam continuam.

O juiz aplicou medidas cautelares a outros dois suspeitos presos em flagrante – Jonh Cleiton Schmidt Weis e Lucas Fernando Ferreira Rocha, que cumpria pena, dirigiam um Ford Focus roubado na sexta-feira passada, com uma máscara no porta-luvas. Eles foram libertados com o compromisso de comparecerem a todos os atos do processo e de não se ausentarem de casa por mais de oito dias sem anuência da Justiça.
Reproduzido por MassapeCeara.Com|Créditos: Revista Veja

Correios entram em greve por tempo indeterminado hoje (26/04) a partir das 22h


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Os trabalhadores dos Correios entrarão em greve por tempo indeterminado hoje (26) a partir das 22h. As ameaças de privatização e demissões, o fechamento de agências e o "desmonte fiscal" da empresa, com diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios, são os principais motivos para a mobilização, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A estatal teve prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado. Em dezembro do ano passado, foi anunciado um plano de demissão voluntária e o fechamento de agências para reduzir os gastos.

"O que tem acontecido é um plano de desmonte próprio da empresa, atacando a própria qualidade e universalização do serviço. Faz parte de um projeto privado com interesse de entrar no mercado", disse a secretária de Imprensa da Fentect, Suzy Cristiny.

Segundo a entidade, a "privatização" coloca em risco o direito da população aos serviços dos Correios, já que a empresa tem fechado agências em cidades menos lucrativas. "Mais de 200 agências estão sendo fechadas por todo o Brasil. Com isso, muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o atendimento bancário e postal dos Correios do Brasil", informou a federação.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, tem dito que é contra privatizar os os Correios, mas que a empresa terá que fazer "cortes radicais" de gastos para evitar a privatização, já que o governo não socorrerá a empresa financeiramente.

Críticas dos grevistas

Além do fortalecimento de franqueados e o fechamento de agências próprias, o que, na opinião da federação, "esvazia os negócios da empresa para a iniciativa privada", a Fentect critica os repasses da empresa ao governo federal acima do valor estabelecido. "Nos últimos anos, os Correios repassaram para o governo federal R$ 6 bilhões e, desse montante, R$ 3,9 bilhões foram acima do valor estabelecido legalmente, prejudicando as reservas financeiras e investimentos necessários para a modernização da empresa", informou.

A entidade cita ainda o distrato de R$ 2,3 bilhões do Banco Postal com o Banco do Brasil e a destinação de R$ 300 milhões em patrocínios nas Olimpíadas e pede uma auditoria na contabilidade da empresa.

Os sindicatos de todo o país se reúnem hoje (26) para referendar a manifestação sobre a greve. As entidades e a empresa já promoveram mesas de negociação, mas, segundo a secretária, não houve avanços. Ela disse ainda que os trabalhadores dos Correios se unirão às manifestações marcadas para a próxima sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista e da Previdência.

Além da mobilização pelo fortalecimento institucional dos Correios e universalização dos serviços, os trabalhadores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, a contratação de novos funcionários, mais segurança nas agências, o retorno da entrega diária e o fim da suspensão de férias.

Outro lado

Em nota, a empresa informou que, caso o movimento grevista seja deflagrado, os Correios adotarão as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços. "Uma paralisação dos empregados neste momento delicado pelo qual passa a empresa é um ato de irresponsabilidade, uma vez que a direção está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores", informou. Os Correios não se manifestaram sobre as reivindicações dos trabalhadores.
 Agência Brasil

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