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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Lava Jato: um dia antes de leilão do triplex atribuído a Lula, imóvel avaliado em R$ 2,2 milhões não recebeu nenhum lance

Faltando um dia para o leilão do triplex em Guarujá (SP), atribuído pelo Ministério Público Federal (MPF) ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o imóvel não recebeu nenhum lance.

O prazo para a apresentação das propostas termina às 14h de terça-feira (15). O apartamento foi avaliado pela Justiça em R$ 2,2 milhões.

A segunda data para tentar vender o apartamento está marcada para 22 de maio, no mesmo horário, com valor mínimo de 80% do valor de avaliação.

Até a manhã desta segunda (14), o imóvel tinha sido visualizado no site por mais de 36 mil pessoas. Os lances devem ser feitos pela internet.

Para visitar o triplex, a Justiça Federal determinou o pagamento de R$ 1 mil de caução.

O vencedor terá 72 horas para fazer o pagamento. De acordo com o Código Civil e o o Código de Processo Civil (CPC), vai ser respeitado o direito de preferência a condôminos, coproprietários ou cônjuges.

O leilão será conduzido pela Marangoni Leilões, de Curitiba. O leiloeiro tem comissão de 5% do valor da venda.

Na determinação do leilão, o juiz federal Sergio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – tinha ordenado que os valores da venda devem ser "destinados, após o trânsito em julgado, à vítima no caso de confirmação do confisco ou devolvidos à OAS Empreendimentos ou ao ex-presidente no caso de não ser confirmado o confisco."

G1

Famílias no Ceará voltam a usar carvão após alta do gás de cozinha

O preparo do almoço na casa da dona Vera Lúcia dos Santos, 61, não se restringe à escolha do que vai ser servido à mesa ou dos temperos a serem utilizados. Moradora da localidade de Minguaú II, em Caucaia, ela separa alguns punhados de carvão e despeja no fogareiro de alvenaria antes de tudo, para fazer a brasa “pegar logo”. A informação é do O Povo.

A alternativa em usar o carvão como combustível para cozimento de alimentos, em vez do mais convencional gás de cozinha, se dá pelo peso que este último tem no orçamento de sua família.

Dados de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no final de abril apontam que 23,4% dos lares cearenses usam como combustível para cozimento de alimentos matérias-primas como carvão ou lenha. Isso representa um aumento de 6,8% em relação à mesma pesquisa feita em 2016 (21,9%). O Ceará está entre os dez estados com maior uso de carvão ou lenha em casa para cozinhar. A média nacional é de 17,6%.

Na cozinha de Vera Lúcia, o botijão de gás está lá na cozinha, ao lado do fogão, e funcionando. Segundo a PNAD, esse é o método utilizado em 96,9% dos domicílios do Estado, enquanto no País é 98,4%. A escolha do combustível a ser utilizado, segundo Vera Lúcia, depende do que vai ao fogo.

“Uso o gás mais para esquentar uma água para um café ou alguma coisa que vá para o fogo mais rápido. Compro o gás aqui por R e às vezes R. Assim dura mais. O saco de carvão sai a R e dá para uns 15 dias”, conta a aposentada, que cozinha diariamente para uma família de dez pessoas. Marido, filhos, noras e netos não costumam reclamar. “Fica até melhor. O fogo do carvão dá um gosto especial na comida. É bom quando tem uma carninha de porco que assa na brasa”, conta o esposo, seu Francisco Rosa Nascimento, 66, após saborear satisfeito carne cozida e baião preparados no carvão.

O percentual de lares que usam carvão ou lenha é maior no Interior que na Capital. Em Fortaleza, o método de queima está presente em apenas 1,8% dos domicílios.

Ao se ampliar a amostragem para a Região Metropolitana, o dado sobe para 5,4% das casas. Também em Caucaia, no distrito de Tucunduba, a cozinha da dona de casa Maria Stela da Silva, 59, fica iluminada na hora do almoço com a brasa incandescente do fogareiro. Ela, que também tem fogão a gás além de um forno micro-ondas, conta que costuma alternar a forma como cozinha as refeições. 

“Acontece muito de ficar sem gás e sem dinheiro para trocar o botijão. Fica muito pesado usar só o gás”, explica, complementando que o uso da lenha já não é mais tão comum no local, ao contrário do carvão. “Dá mais trabalho porque tem que cortar. E nesse período de chuva, ela molha e o fogo não pega”, acrescenta.

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