O radialista Francisco de Assis da Silva, de 23 anos, foi morto na tarde deste última terça-feira (22), em Juazeiro do Norte, após uma discussão no bar da sua mãe, onde atendia. Um cliente, identificado como Alisson Rudhar da Silva Santos, 26, deferiu um golpe de faca no peito. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A informação é do Diário do Nordeste.
Segundo testemunhas, o crime aconteceu por volta de 15h20 no interior do "Bar da Irene", no bairro Frei Damião, que pertence a mãe do radialista. Naquele momento, Francisco atendia os clientes quando o suspeito pediu uma dose de cachaça e se negou a pagar, o que gerou uma discussão entre os dois.
Alisson estava portando uma faca e acertou um único golpe no peito esquerdo do radialista, que chegou a ser levado para Hospital Regional do Cariri, mas acabou falecendo pouco tempo depois. O suspeito chegou a fugir, mas foi preso pouco depois pela equipe da Força Tática de Apoio.
Trajetória
O jovem radialista Francisco Silva havia ingressado, recentemente, na Rádio Liderança do Cariri, compondo a equipe esportiva. Ele era repórter de campo. Antes disso, trabalhou por pouco tempo como assessor de comunicação no Icasa e, também, foi diretor de futebol de outro clube profissional de Juazeiro, o Campo Grande. Ele estava casado há pouco mais de dois anos.
Segundo testemunhas, o crime aconteceu por volta de 15h20 no interior do "Bar da Irene", no bairro Frei Damião, que pertence a mãe do radialista. Naquele momento, Francisco atendia os clientes quando o suspeito pediu uma dose de cachaça e se negou a pagar, o que gerou uma discussão entre os dois.
Alisson estava portando uma faca e acertou um único golpe no peito esquerdo do radialista, que chegou a ser levado para Hospital Regional do Cariri, mas acabou falecendo pouco tempo depois. O suspeito chegou a fugir, mas foi preso pouco depois pela equipe da Força Tática de Apoio.
Trajetória
O jovem radialista Francisco Silva havia ingressado, recentemente, na Rádio Liderança do Cariri, compondo a equipe esportiva. Ele era repórter de campo. Antes disso, trabalhou por pouco tempo como assessor de comunicação no Icasa e, também, foi diretor de futebol de outro clube profissional de Juazeiro, o Campo Grande. Ele estava casado há pouco mais de dois anos.
Homicídios de adolescentes crescem quase 50% no Ceará
Acompanhando o apogeu da violência registrado no Estado em 2017, o número de adolescentes assassinados cresceu quase 50%, em um ano (exatamente, 49,7%). De acordo com dados do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA), 981 jovens, entre 10 e 19 anos de idade, foram mortos no ano passado. Em 2016, foram 655 vítimas. A informação é do Diário do Nordeste.
O crescimento exponencial apresentado em 2017 se dá após dois anos de quedas no índice. De 2015 para 2016, a redução foi de 19,8%, passando de 817 mortes na adolescência para 655 ocorrências; e de 2014 para 2015, foi de 18,7%, caindo de 1.005 crimes para 817.
Coordenador técnico do Comitê, o sociólogo Thiago de Holanda propõe uma reflexão sobre a presença das facções criminosas no Ceará, nos últimos anos, para explicar o aumento de homicídios na adolescência. Ele lembra que o estudo sobre o ano de 2015 já mostrava que vários territórios no Estado eram dominados por grupos armados e havia muitos conflitos entre eles. "Essa dinâmica vai se alterando com a implantação de facções criminosas no Nordeste, sobretudo no Ceará. Aqueles grupos que já existiam nos territórios ficaram mais poderosos, mais armados", indica.
A violência contra jovens freou com a pacificação entre as organizações criminosas, em 2016, segundo o sociólogo. Mas voltou ainda mais intensa no ano seguinte. "Eles instalaram uma nova dinâmica, trazendo demarcações territoriais, incorporando toda a comunidade naquele território. Pessoas acabam sendo marcadas, mesmo sem nenhum envolvimento direto com o comércio de drogas ilícitas. E (os criminosos) implantam também dinâmicas como o 'tribunal do crime', julgamentos, que acabam pegando pessoas que estão ao redor dos jovens da linha de frente. E estão atraindo adolescentes cada vez mais jovens. Nos confrontos que estão tendo, aparecem tiroteios, com 'balas perdidas', atingindo pessoas mais novas. Tudo isso vai agravando ainda mais esse cenário, atingindo públicos que não eram tão frequentes nas taxas de homicídios", conta.
O juiz da 5ª Vara da Infância e da Adolescência, Manuel Clístenes, acredita que o crescimento se deu principalmente pelo fortalecimento das facções criminosas. "Os territórios da cidade estão divididos (pelas facções) e muitos jovens que moram nesses territórios estão envolvidos de alguma forma. Eles passam a ser autores e vítimas. Muitas vezes, aquele adolescente que participou de um homicídio hoje vai ser a vítima de amanhã. A maioria tem envolvimento com a criminalidade. Alguns têm envolvimento, mas não têm ficha criminal. Antes deles terem ficha criminal, já são tragados por essa guerra", analisou.
Capital
Uma parcela de 42% dos crimes contra adolescentes, em 2017, foi cometida em Fortaleza, o que significa 414 assassinatos. O número representa um crescimento de 90,7% no índice, em comparação ao ano de 2016, que teve 217 mortes. Assim como em todo o Estado, a Capital vinha de dois anos seguidos de redução. Os homicídios se espalham pela periferia de Fortaleza. O CCPHA também mapeou as ocorrências por bairros, na Capital. As maiores incidências de assassinatos a jovens se deram nos bairros Bom Jardim e Jangurussu, com 31 casos; Barra do Ceará, com 26; Mondubim, com 20; e Canindezinho, com 17.
Seis dos sete municípios estudados pelo Comitê - que estão entre os mais populacionais e ricos do Estado - registram aumento no número de adolescentes vítimas da violência: além de Fortaleza, são eles Caucaia, Maracanaú, Horizonte, Sobral e Juazeiro do Norte. Apenas Eusébio apresentou redução.
Caucaia teve o maior aumento, de 102%, ao passar de 42 mortes em 2016 para 85, em 2017. Em Sobral, o aumento foi de 68,9% no índice, ao passar de 9 crimes para 29 mortes, de um ano para outro. Já no Eusébio, a redução foi de apenas 12,5%, caindo de 16 mortes em 2016 para 14 crimes, no ano seguinte.
O relator do CCPHA, o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), afirmou que o Comitê "é fruto de uma indignação e de um compromisso para procurar por uma agenda de prevenção ao homicídio na adolescência". "O primeiro objetivo é produzir informações tecnicamente confiáveis. O segundo é mobilizar gestores públicos para implementar essa agenda", disse.
Feminino
O relatório alertou para o aumento significativo das vítimas que são adolescentes do sexo feminino e de idades menores. Entre 2016 e 2017, o número de meninas mortas no Ceará cresceu 196,2%, passando de 27 ocorrências para 80.
Em Fortaleza e no Município de Caucaia, o crescimento percentual é ainda mais alarmante, no período. Na Capital, a variação foi de 416,6%, aumentando de seis crimes registrados em 2016 para 31 mortes, em 2017. O estudo ainda dividiu todos os adolescentes mortos em duas faixas etárias: 10 a 14 anos e 15 a 19 anos.
Na primeira faixa, o número de mortos cresceu 207,1% em um ano, fechando o ano passado com 43 vítimas, enquanto em 2016 foram 14.
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