Conforme a delegada Ana Vitória, titular da 10ª delegacia da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suposto estuprador havia fugido da Cadeia Pública de Palmácia e estava se escondendo na casa da família. Antônio Barbosa Sousa, de 56 anos e Paulo Sérgio dos Santos da Silva, de 30 anos, ambos mortos na chacina, eram pai e irmão de Antônio Augusto, respectivamente.
Para praticar o crime, os assassinos usaram blusas da polícia e enxadas. No local, foram achadas drogas, entre elas, cocaína. Quatro suspeitos foram presos até o momento: Francisca Maria Pereira Sales, que indicou a residência onde aconteceu tudo, Antônio Evaldison Azevedo Fernandes (vulgo "Cabo Vitor"), e André do Nascimento de Araújo e Wagli Edmar da Silva Viana, ambos presos no Bom Jardim.
As prisões foram todas feitas em sequência, com pouco tempo de diferença. Segundo as investigações, os homens têm ligação com série de crimes no bairro da Capital. Todos foram autuados por homicídio qualificado e organização criminosa.
Francisco Antônio Azevedo Fernandes de 32 anos, o "padeirinho", é apontado como o mandante do crime e segue foragido. Ele é irmão de Antônio Evaldison e primo da menina que sofreu a tentativa de abuso sexual por parte de Antônio Augusto dos Santos. "Ele planejou toda a empreitada e reuniu outros integrantes. Por ser de uma facção criminosa, acho de bem tentar fazer justiça com as próprias mãos", disse Ciro Lacerda, delegado plantonista da DHPP.
O caso
Os cinco homens assassinados caçavam em uma serra de difícil acesso quando foram surpreendidos por sujeitos encapuzados na madrugada da sexta-feira, 13, por volta das 4h30min. "Estava todo mundo junto para caçar. Os executados também roubavam animais e já tinha inimizades com o mandante", apontou a delegada Ana Vitória.
Segundo informações repassadas ao O POVO Online por peritos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), projéteis deformados de armas de diversos calibres, como .40, 380 e revólver calibre 38 foram encontrados. Também foram recolhidas duas foices no local dos assassinatos. A equipe que trabalhou no caso era composta por três profissionais, que entraram no espaço de difícil acesso e puderam constatar a violência do caso.
De acordo com Rômulo de Oliveira Lima, coordenador de Perícia Crminal da Pefoce, pôde ser constatado que as vítimas sofreram tortura. "Nós pudemos ver os sinais de crueldade e violência. Tinha pessoas amarradas umas as outras e também amarras sozinhas. Exames confirmaram a tortura e também pudemos que foram dispardos tiros conjugados, ou seja, provenientes da mesma munição.", afirmou.
As identidades das cinco vítimas foram confirmadas pela SSPDS como sendo Antônio Barbosa Sousa, de 56 anos; Paulo Sérgio dos Santos da Silva, de 30 anos – filho de Antônio Barbosa Sousa -; Francisco Antônio Pereira de Abreu, de 43 anos; José Roniely Costa Pereira, de 25 anos, e José Edson Ferreira dos Santos, 42.
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