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domingo, 29 de julho de 2018

Após ataques, empresas atingidas tiram ônibus de bairros em Fortaleza

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sindiônibus) do Ceará informou ter retirado de circulação neste sábado (28), em bairros de Fortaleza, as linhas contra as quais foram feitos ataques na noite de ontem (27). De acordo com o sindicato, oito ônibus foram queimados em diferentes bairros da capital cearense.

Por meio de nota, o sindicato acrescentou que as linhas 122, 393, 610, 649 e 820 foram temporariamente retiradas de operação com o objetivo de “preservar a integridade de trabalhadores e usuários do transporte”.

Ainda de acordo com a nota, o Sindiônibus está trabalhando de forma conjunta com a Empresa de Turismo de Fortaleza (Etufor) e com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para restabelecer a total normalidade na prestação dos serviços de transporte.

Segundo a mídia local, há registros de artefatos explosivos jogados contra agências dos Correios, bancos privados e um prédio da prefeitura de Fortaleza. Até o momento não há registro de feridos por conta desses atos.

Fumantes passivos possuem 30% a mais de chance de desenvolver câncer de pulmão

Neste domingo (29), é comemorado o Dia Nacional do Combate ao Fumo. A data serve para conscientizar tanto os fumantes, quanto aqueles que convivem com pessoas que fumam. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil conta com cerca de 21 milhões de fumantes.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a OMS, há aproximadamente dois bilhões de pessoas que estão no grupo de fumantes passivos no mundo. Quando o cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante, e cerca de 2/3 da fumaça gerada pela queima é lançada no ambiente, através da ponta acesa do produto. O grande problema é que isso afeta quem está em volta, que é o fumante passivo.

A OMS estima também que o contingente de indivíduos expostos ao problema chega a ser de 14,5 milhões de pessoas no Brasil. A oncologista Mariana Laloni alerta que esses fumantes passivos tem 30% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão.

“O cigarro aumenta em 30 vezes a chance de câncer de pulmão. A gente pode ir abandonando o cigarro. A pessoa que fuma vai sentir melhora em questões de minutos, horas, dias, a mudança do paladar, a capacidade pulmonar de conseguir fazer caminhadas. A sensação de melhora é muito rápida. Então, a conscientização de que o cigarro é um hábito de vida muito nocivo à saúde é muito importante.”

Segundo a diretora de doenças e agravos não transmissíveis e promoção da saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, a restrição do uso do cigarro em lugares públicos e o aumento do preço do cigarro fizeram com que reduzisse o número de fumantes no país.

“Essa desconstrução, também do cigarro como coisa boa, vem junto com esse processo de restrição do uso do cigarro e dos lugares de fumantes. Recentemente, um impacto importante foi causado pelo aumento do preço do cigarro. Isto fez cair o consumo de cigarro neste grupo, especialmente, que é o de menor poder aquisitivo e também fez cair o consumo entre aqueles que a gente chama de grandes fumantes, aqueles que fumam mais de 20 cigarros por dia.”

O diretor técnico do Instituto de Câncer de Brasília, Gustavo Gouveia, conta que os tipos de fumo existentes vêm da mesma planta, que é tabaco. O que muda é a forma de utilizá-lo.

“A forma mais comum é por combustão, inalação da fumaça e aí nós temos os cigarros, os cachimbos, o charuto, o cigarro de palha; mais recentemente, aqui no Brasil, o narguilé tem sido muito utilizado; e a forma inalatória do pó de tabaco, que é o rapé, muito pouco utilizado atualmente; e mais raro ainda, gente que masca o fumo cru, aquele chamado fumo de rolo. E eles fazem mal à saúde porque o cigarro, o tabaco, contém uma gama muito grande de substâncias tóxicas, a maioria cancerígenas, perto de cinco mil substâncias conhecidas atualmente.”

Estudos do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, apontam que o Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

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