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sábado, 14 de julho de 2018

Em vídeo, brasileira manda recado para família antes de morrer em Portugal


Pouco antes de morrer com drogas no estômago em um hotel de Portugal, a capixaba Deyse Ricarte, de 28 anos, gravou um vídeo dizendo que amava os pais. De acordo com uma amiga, que não quis se identificar, Deyse aceitou a proposta de transportar a droga sob a promessa de que receberia R$ 12 mil.

No vídeo enviado a uma amiga, Deyse demonstra preocupação e pergunta se o rosto parece inchado.

“Você acha que meu rosto está muito inchado? Ou está normal? Acho que vou morrer, amiga. Ai, Senhor, me ajuda. Amiga, fala com minha mãe que eu amo ela, e meu pai. Não vou aguentar”, disse Deyse na gravação.

Segundo o delegado Ramon da Silva, Deyse embarcou no domingo (8), no aeroporto de Belo Horizonte, com destino a Portugal. Ela morreu na madrugada da segunda-feira (9) em um hotel de Lisboa.

A suspeita da polícia é de que Deyse tenha engolido cápsulas de cocaína e uma delas tenha se rompido estômago, causando overdose. Deyse deixou um filho de 11 anos.

'Levada para morrer’

A amiga, que preferiu não se identificar, disse que Deyse tinha o sonho de fazer uma cirurgia plástica. Por isso, teria aceitado a proposta de transportar as drogas para a Europa.

“Ela não gostava de droga, ela foi iludida, foi levada para morrer. A pessoa que fez isso com ela, tentou fazer comigo, com amigas minhas. Essa pessoa mandou ela pra lá, falou que ela nunca mais ia precisar trabalhar, fazer programa, que ela ia conseguir levantar o dinheiro para fazer a cirurgia dela”, contou a amiga.

Ainda de acordo com a amiga, a pessoa que fez a proposta cuidou de todos os trâmites para levar Deyse a Portugal. “Essa pessoa a ajudou a fazer o RG, porque nem isso ela tinha. Fez o passaporte, comprou a passagem”, contou.

Ela também contou que poucas pessoas sabiam que a jovem seguia para Portugal e que só soube da viagem porque Deyse postou fotos da mala, do aeroporto e do passaporte nas redes sociais. Em seguida, escreveu que estava em Lisboa.

Um primo de Deyse disse que a família também não sabia sobre a viagem. “A gente não sabia. Ela era uma pessoa que sempre viajava. A gente foi saber pelo vídeo que mandaram para minha tia. E foi através disso que a gente começou a investigar para ver se a informação era verdadeira”, disse João Vitor. 

Dificuldade para trazer o corpo

A família de Deyse diz que não tem condições de pagar pelo traslado do corpo para o Brasil, e que tenta ajuda dos órgãos competentes. Mas, segundo o primo da jovem, as informações ainda estão desencontradas.

“Minha mãe está correndo atrás, indo no Palácio Anchieta, Defensoria Pública, ligando para o Consulado. A gente não está tendo uma orientação certa do que é para fazer. Está complicado. A gente quer somente o corpo dela", lamentou João Vitor.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que o Consulado do Brasil em Lisboa foi comunicado pela Polícia de Segurança Pública de Portugal do falecimento da brasileira na terça-feira (10).

Os agentes consulares brasileiros mantêm contato com a família de Deyse, prestando assistência quanto à produção de documentos e fornecendo informações referentes ao traslado do corpo e ao registro do óbito. O caso é objeto de investigação pela polícia portuguesa, disse o Itamaraty.

Fonte: G1

Chacina em Palmácia deixa cinco homens mortos



Conforme a polícia, as cinco vítimas foram amarradas pelo braço e executadas com disparos de arma de fogo (Foto: Reprodução)

Cinco homens foram assassinados na manhã desta sexta-feira (13), na localidade Cafundó, no município de Palmácia, a 71,9 km de Fortaleza, segundo fontes policiais à TV Diário. A chacina foi confirmada pelo delegado regional de Baturité, Joel Moraes.

Segundo familiares ouvidos pela reportagem, as vítimas, juntamente com outras duas pessoas, estavam em uma residência na região serrana de Cafundó, quando alguns homens chegaram em um veículo e se identificaram como policiais. Eles alegaram que queriam conversar com os cinco e os retiraram da casa. Na sequência, os suspeitos levaram as vítimas para um lugar mais afastado.

Golpes de foice

Conforme a polícia, as cinco vítimas foram amarradas pelo braço e executadas com disparos de arma de fogo. Há indícios, ainda, de que os homens teriam sofrido golpes de foice dos suspeitos. Segundo informações preliminares da Polícia, todas as vítimas eram agricultores, incluindo um pai e um filho. Alguns também trabalhavam como segurança na região.

Uma equipe da Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) foi encaminhada para a região para investigar o crime, que teria ligação com roubo de gado, conforme o secretário de Segurança, André Costa.

A reportagem solicitou ainda esta manhã mais detalhes da chacina à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que ainda não se pronunciou.

Sexta chacina no CE em 2018

Com os assassinatos ocorridos em Palmácia, chega a seis o número de chacinas registradas no Ceará neste ano de 2018. A primeira delas ocorreu na localidade remota da Serra Pelada, em Maranguape, no dia 7 de janeiro. Na ocasião, quatro pessoas foram executadas em uma residência por volta de 23h. Os corpos só foram encontrados no dia seguinte.

Pouco tempo depois, no dia 27 de janeiro, no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, quando três carros com homens fortemente armados chegaram ao popular "Forró do Gago" e abriram fogo. Ao todo, 14 pessoas morreram na ação criminosa, que até hoje é a maior chacina já registrada no Estado.

Dois dias depois da ocorrência no bairro Cajazeiras, no dia 29 de janeiro, dez presos foram assassinados em uma rebelião na Cadeia Pública de Itapajé, em uma nova chacina que desencadeou uma crise na segurança pública do Estado. Na ocasião, uma rebelião começou por volta de 8h, quando teve início o banho de sol. Armados com facas e revólveres, presos ligados a uma facção criminosa partiram para cima de outros, culminando na série de assassinatos.

Já no dia 9 de março, sete pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas em uma chacina no Bairro Benfica, em Fortaleza. Os homicídios ocorreram em três locais diferentes do bairro: na Praça da Gentilândia, na Vila Demétrio e na Rua Joaquim Magalhães, quase esquina com a Rua Major Facundo. Na ocasião, diversos membros da diretoria da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) acabaram falecendo.

Por fim, no dia 28 de junho, três mulheres e um homem foram assassinados a tiros em uma chacina ocorrida no Assentamento Irmã Tereza, no bairro Conjunto Esperança, localizado no município de Quixeramobim, distante 206 km de Fortaleza. Segundo a PM, as vítimas estavam em um barraco quando foram surpreendidas e executadas por um grupo de homens armados de pistola.

Fonte: Diário do Nordeste

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