O médico Denis Cesar Barros Furtado é procurado pela Polícia Civil do Rio, acusado pelo homicídio da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que morreu durante um procedimento estético no apartamento do suspeito, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Lilian morava em Cuiabá, em Mato Grosso, e viajou ao Rio para realizar a intervenção estética.
A paciente passou mal após o procedimento e foi levada a um hospital, na Barra da Tijuca, pelo próprio médico, acompanhado da mãe, da namorada e de uma secretária dele. Imagens de câmeras de segurança divulgadas pelo "RJTV", da TV Globo, mostram Lilian chegando ao hospital, num táxi, acompanhada do grupo. Conforme a filmagem, a paciente deu entrada por volta de 22h50 do sábado, dia 14.
Segundo o "RJTV", a família de Lilian foi surpreendida ao saber que o procedimento foi realizado no apartamento de Furtado. A paciente morreu na madrugada de domingo, horas depois de dar entrada no hospital.
A Polícia Civil conseguiu desvendar o caso a partir do depoimento do taxista que levou Lilian ao apartamento do médico e aguardava o término do procedimento para levá-la de volta ao aeroporto. Furtado chegou a ser localizado pelos policiais, em um shopping na Barra da Tijuca onde funcionaria sua clínica, mas conseguiu fugir.
"Conseguimos detectar o carro dele saindo de lá, notadamente retirando coisas. Ele recebeu voz de prisão, mas conseguiu evadir, abandonando o carro. Então, ele já é considerado foragido", disse ao "RJTV" a delegada Adriana Belém, que investiga o caso.
A mãe do médico também está foragida. Foram presas a namorada de Furtado e a secretária do médico. O portal de notícias "G1" informou que Furtado tem diversas passagens pela polícia, desde 1997, incluindo uma por homicídio. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que Furtado não tinha registro para trabalhar no Estado e que abriu sindicância para apurar o caso. Uma página profissional de Furtado na internet informa que ele possui registro nos conselhos do Distrito Federal e de Goiás.
O perfil do médico no Facebook segue no ar, e já foi alvo da indignação de internautas, com pedidos de justiça e acusações contra Furtado. "Até que enfim vão pegar esse pilantra. Fez horrores em uma paciente minha idosa, sem muito discernimento. Chegou a atendê-la até no salão de festa do prédio. Ele e a mãe são dois pilantras. Cadeia já!!!", diz um dos comentários.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lamentou a morte de Lilian e informou que o médico não tinha título de especialista na área. Destacou ainda que é proibida a realização de procedimentos na residência do médico. "A formação do cirurgião plástico é diferenciada, uma vez uma vez que ele deve obrigatoriamente, após os seis anos da graduação em medicina, passar pela formação de cirurgião geral (dois anos) antes de cumprir mais 3 anos em cirurgia plástica, somando no mínimo 11 anos de formação", destacou a entidade, em nota.
A SBCP informou ainda que disponibiliza em seu site, Facebook, e-mail ou telefone consulta para os pacientes saberem se o médico é ou não credenciado pela sociedade para realizar uma cirurgia plástica.
Conta de luz subirá até 3,86% com reajuste de receita de hidrelétricas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (17) reajuste de 45,52% na receita anual de geração de 69 usinas hidrelétricas que atuam no regime de cotas. A medida vai provocar aumento nas contas de luz entre 0,02% e 3,86%, segundo a Aneel. O impacto médio será de 1,54%.
O impacto na conta de luz depende da data do reajuste aprovado pela Aneel e da quantidade de cotas (volume de energia) que cada distribuidora compra das hidrelétricas. O volume de cotas de cada distribuidora representa, em média, 22,64% dos contratos de energia das concessões.
A remuneração total recebida pelas usinas, de julho de 2018 a junho de 2019, será de R$ 7,944 bilhões.
Segundo a Aneel, a receita anual de geração é calculada considerando os valores do Custo da Gestão dos Ativos de Geração (GAG), acrescidos de encargos de uso e conexão, receita adicional por remuneração de investimentos em melhorias de pequeno e grande porte, investimentos em bens não reversíveis, Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica, custos associados aos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética e eventuais ajustes.
O regime de cotas foi implantado por meio da Medida Provisória nº 579, de 2012, com renovação automática das concessões de usinas hidrelétricas. Para isso, as hidrelétricas tiveram que vender energia às distribuidoras por um preço fixo, determinado pela Aneel, ao contrário de firmarem preços conforme o mercado e as realidades das instituições.
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