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sábado, 1 de julho de 2017

Ceará registra cerca de 2.300 assassinatos em seis meses

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O ceará encerrou o primeiro semestre do ano com, aproximadamente, 2.300 crimes violentos letais intencionais (cvlis) - homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Nas estatísticas alarmantes da violência no estado, os homicídios a bala dominam. Conforme levantamento preliminar da reportagem, feito com base em dados disponibilizados ao longo dos meses pela secretaria de segurança pública e defesa social (sspds), só no mês de junho foram registrados, pelo menos, 440 assassinatos.

Nos seis primeiros meses do ano passado, a sspds registrou 1.743 mortes violentas. A mudança nos números mostra que, quando comparado com igual período deste ano, houve um aumento aproximado de 30% nos casos. Só em maio, o mês mais violento dos últimos dois anos, aconteceram 471 assassinatos.

A brutalidade nas execuções e a justificativa que a maioria dos crimes estão ligados ao tráfico assusta. Na madrugada da sexta-feira (29), um adolescente de 16 anos foi morto em uma quadra esportiva, no conjunto são cristóvão. Horas antes, outro jovem foi perseguido e assassinado, no bairro presidente kennedy.

Só em junho, aconteceram duas chacinas. A primeira no dia 3 de junho, em uma casa na praia do porto das dunas, em aquiraz. Seis homens que estavam no local participando de uma festa foram mortos. A matança teria sido motivada por uma rivalidade entre facções. Nenhum suspeito foi preso.

A outra chacina aconteceu em horizonte e gerou comoção, porque uma das vítimas era uma criança de apenas três anos. Além dele, mais quatro pessoas foram mortas. Outras três pessoas foram baleadas e sobreviveram. O alvo dos criminosos seria um dos sobreviventes. Um suspeito do crime foi preso e outros três estão sendo procurados.

Elucidação

A sspds afirma que, apesar do alto número de cvlis, o ceará tem um dos maiores índices de elucidação de homicídios do brasil. Conforme a pasta, no estado, cerca de 23% dos assassinatos são elucidados. A média de resoluções no brasil é de 8%.

O professor e pesquisador do laboratório de estudos da violência da universidade federal do ceará (ufc), leonardo sá, lembra que a guerra de facções não é um fato isolado. Para o especialista, há um conjunto de fatores que provocam o aumento nos números.

"o sucateamento da polícia civil, a falência do sistema penitenciário e a ausência de políticas públicas de segurança cidadã também geram problemas. É preciso questionar se nas entrelinhas, o agente da lei não está estimulando o raciocínio de que o estado não tem obrigação de apurar a morte de criminosos", pontua o pesquisado do lev leonardo sá.

Os homicídios a bala dominam. Com eles, vêm outra realidade: sobram armas nas ruas. Apreensões recentes mostram que os criminosos estão em posse de armamentos de grosso calibre que, muitas vezes, são mais potentes que os da polícia.

Em entrevista ao diário do nordeste, o secretário de segurança pública do ceará, andré costa, lembrou que algumas determinações para as execuções vêm de presídios. "temos vários casos de pessoas que prendemos e já respondiam a quatro, cinco homicídios. Grande parte dessas mortes, hoje, são praticadas por pessoas que já têm antecedentes. Precisamos que essas pessoas sejam julgadas e condenadas, para que não voltem às ruas. E precisamos de um sistema prisional eficaz, para neutralizar o contato dessas lideranças com quem está nas ruas", disse.

O professor leonardo sá destaca que o estado tem responsabilidade direta em uma mudança. "os criminosos foram recrutados nas prisões para as facções, ou seja, o estado mantém prisões que são escolas do crime. É responsabilidade do estado mudar essa realidade", lembrou.

Para combater a violência, a sspds afirma que foram adotadas diversas estratégias. Dentre elas, a ampliação de cinco para 11 no número de delegacias da divisão de homicídios e proteção à pessoa (dhpp).


Fonte Diário do Nordeste

Defesa de Suzane von Richthofen pede mudança para o regime aberto



A defesa de Suzane von Richthofen entrou com pedido na Justiça para progredir sua pena para o regime aberto.

Entre os pré-requisitos para ter direito à progressão, está o cumprimento de um sexto da pena, ter bom comportamento e estar trabalhando. Suzane é funcionária de uma oficina de costura na prisão.

Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Suzane está na Penitenciária Feminina de Tremembé (a 147 km de São Paulo), no interior de São Paulo.

O pedido da defesa será julgado pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. O promotor Paulo José de Palma, responsável pelo caso, deve se pronunciar oficialmente nas próximas semanas.

Ela conseguiu o direito ao regime semiaberto em outubro de 2015, após cumprir 13 anos de prisão. O benefício foi recusado em um primeiro momento já que Suzane preferiu esperar ficar pronta a nova ala destinada a presos do semiaberto no presídio.

CRIME

Suzane, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorridos em 2002. Os irmãos Cravinhos estão no regime semiaberto desde 2013. Há um ano, a Justiça de São Paulo determinou que a herança da família Von Richthofen seja entregue apenas ao irmão de Suzane, Andreas Albert von Richthofen. Na sentença, o juiz determinou que ela deveria ser excluída da partilha dos bens por considerá-la "indigna".

A herança é calculada em mais de R$ 3 milhões. Em 2014, Suzane se casou com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP). Mas Sandrão, como é conhecida, conseguiu a progressão para o semiaberto em fevereiro de 2015 e se mudou para outra unidade prisional, em São José dos Campos.

Suzane assumiu o relacionamento com o empresário Rogério Olberg em maio do ano passado.

66ª edição da Expocrato será de 9 a 16 de julho


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De acordo com o presidente do grupo gestor do parque, Luiz Gonzaga de Melo, somente o agronegócio deve movimentar mais de R$ 10 milhões, números considerados bastante expressivos. Quando somado o montante das outras áreas, como equipamento pesado, implementos agrícolas e leilões de animais, e a movimentação financeira gerada nas barracas e estandes instalados no parque, as cifras devem ultrapassar a ordem de R$ 50 milhões, o mesmo movimentado na edição do ano passado. Só com empregos diretos, a feira vai gerar 600 postos, parte deles iniciados ainda no fim do ano passado.

Para Leitão Moura, um dos responsáveis pela organização da Exposição, a instabilidade econômica ou mesmo estiagem dos últimos anos não terão impacto direto na Expocrato, por se tratar de um evento "consolidado e visto pela maioria dos expositores como uma boa alternativa para alavancar os negócios". Os números que envolvem o evento são expressivos e mostram a relevância da Exposição para o Nordeste.
 
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A Expocrato acontece em uma área com mais de 2,5 milhões de hectares, dividida entre o local dos shows, que reúne atrações regionais e artistas nacionais, e local para exposição de bovinos, equinos e caprinos. Os animais ficarão em dez galpões, com uma média de 400 baias. Já no ano passado, a administração do evento construiu 70 novas baias fixas para ovinos e caprinos e 30 baias fixas para o seguimento de equinos, para "suprir a alta demanda". O número de baias saltou de 280 no ano passado, para 400 neste ano, entre fixas e móveis. "Por mais que nem todos os animais sejam comercializados durante a feira, o alto número já demonstra o quão forte é a Expocrato", observa Gonzaga.

A novidade da edição deste ano será a primeira etapa do Campeonato da Associação Brasileira de Ovinos. Além disso, a Expocrato contará com exposição nacional de cavalos da raça Campolina, considerada uma linhagem nobre de equinos marchadores. "Ter uma raça deste porte no Cariri mostra a importância da feira e posiciona a região no calendário dos grandes eventos agropecuários do Brasil", pontua Leitão.

Expectativa de público

São esperadas, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, durante os oito dias de evento, aproximadamente 400 mil pessoas. A comissão organizadora trabalha com um número aproximado em 50 mil por dia. "Obviamente é uma média, pois nos fins de semanas o movimento é bem intenso, até mesmo influenciado pelos grandes shows, e nos dias da semana, a movimentação cai um pouco", relata Luiz Gonzaga.

Com tantas pessoas envolvidas, a Expocrato impacta positivamente em outros setores da economia local. O comércio, por exemplo, experimenta, durante este mês de julho, seu melhor período nas vendas.

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), alguns seguimentos esperam incremento de até 15% nas vendas, como os setores de vestuário e cosmético. A rede hoteleira também comemora. A taxa de ocupação, durante as duas primeiras semanas de julho, dispara, e chega a atingir a casa dos 80%. Em alguns hotéis próximos à Chapada do Araripe, o número é ainda mais expressivo, com ocupação próxima a 100% dos leitos. Juazeiro do Norte, cidade vizinha e separada por apenas 10Km, também espera colher os frutos da feira. Segundo a CDL da terra do Padre Cícero, o comércio deve receber injeção de 3%.

Atrações

Durante os oito dias de evento, se apresentarão 28 bandas. Os ritmos são variados e vão desde o tradicional forró ao reggae, rock, e sertanejo universitário. Entre os artistas mais esperados estão Leo Santana, Gusttavo Lima, Gabriel Diniz, Sorriso Maroto, Aviões do Forró, Bell Marques, Ivete Sangalo, Jorge e Mateus, Dorgival Dantas e Wesley Safadão. A área dos shows tem capacidade para receber 40 mil pessoas por noite.


Fonte Diário do Nordeste

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