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sábado, 22 de julho de 2017

Pesquisa aponta que 70% dos pacientes de chikungunya só buscam atendimento na fase crônica


Mosquito transmite dengue, chikungunya, febre do Mayaro e febre amarela (Foto: Divulgação)
Mosquito transmite dengue, chikungunya, febre do Mayaro e febre amarela (Foto: Divulgação)

Uma pesquisa aponta que 70% dos pacientes de chikungunya só procuram o serviço de saúde quando a doença já está em fase crônica. Ou seja, a busca por tratamento especializado ocorre, pelo menos, três meses após apresentarem os primeiros sintomas. O problema da automedicação está entre os motivos para a demora ao recorrerem ao atendimento médico.

O estudo inclui pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um dos seis hospitais universitários, localizados em quatro estados do Nordeste, que os pesquisadores coletaram dados. A pesquisa foi feita de abril a dezembro de 2016.

“A gente tem pego aqui pacientes que vinham usando medicamentos por conta própria que já chegam diabéticos, hipertensos, obesos. Alguns já com problemas de glaucoma porque são efeitos colaterais do remédio que é mais usado pela população para o tratamento da chikungunya”, pontuou a médica e pesquisadora Cláudia Marques.

A auxiliar de cozinha Lúcia Maria dos Santos até procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não seguiu o tratamento adequado para a doença. Durante um ano e três meses ela tomou injeções para dor. Sem o devido acompanhamento, os sintomas logo voltaram. “Você acha que pode ficar boa sem procurar atendimento, por isso que eu não procurei”, alega.

Quando a aposentada Maria Tereza de Araújo, finalmente, percebeu que precisava ir a um especialista, surgiu outro problema: a dificuldade para conseguir marcar uma consulta com o médico. O ponto também foi um dos problemas constatados na pesquisa. “Eu tive que dormir no hospital para conseguir”, conta a aposentada.

A quantidade de casos notificados de chikungunya diminuiu de 2016 para 2017. Mesmo assim, Pernambuco já contabiliza 2.800 neste ano. A doença costuma alterar a rotina do paciente por conta das dores nas articulações.

Ao fim do estudo, médicos de vários estados se reuniram para elaborar uma recomendação para ajudar os especialistas a partir de tudo que se sabe até o momento sobre a doença. “É uma forma de auxiliar os médicos, lá a gente tem como dar o diagnóstico na fase aguda, na fase crônica e como tratar. Então, que medicamentos eu devo usar para qual tipo de paciente eu devo usar o medicamento, por quanto tempo”, concluiu Cláudia Marques.

Ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, é preso por ligação com tráfico de drogas


edinho
O ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, filho de Pelé, se apresentou ao 5º Distrito Policial de Santos na tarde desta sexta-feira (21), atendendo uma determinação judicial. Edinho terá que cumprir período de reclusão de 12 anos, dez meses e 15 dias, em regime fechado, em razão do envolvimento em caso de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Na última quinta-feira, a 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou por unanimidade os embargos apresentados pela defesa do ex-jogador do Santos. O TJ-SP ainda determinou a expedição do mandado de prisão do réu assim que fosse publicada a decisão, em desdobramento que aconteceu nesta sexta.

Preso nesta sexta-feira, Edinho divide a cela com outros detentos do 5º Distrito Policial de Santos. A expectativa, no entanto, é que o ex-jogador, atualmente com 46 anos, seja transferido para outro local de detenção nos próximos dias.

Edinho foi preso provisoriamente em 2005, durante a Operação Indra, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O filho de Pelé foi acusado de envolvimento com a quadrilha comandada por Naldinho, Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, um amigo de infância. Na oportunidade, o ex-jogador ficou detido por seis meses, até a concessão de um habeas corpus por parte do Superior tribunal Federal (STF).

Vice-campeão brasileiro com o Santos em 1995, Edinho foi inicialmente condenado em 2014 a 33 anos e quatro meses de prisão, mas permaneceu em liberdade em razão da oferta de recursos. Em fevereiro deste ano, o TJ-SP confirmou a condenação do ex-jogador, mas reduziu a pena para 12 anos e dez meses.

"Eu o apresentei hoje. É aguardar julgamento. Estamos discutindo as penas e interpondo recursos especiais e extraordinários. Consegui duas liminares no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os embargos foram rejeitados, mas ainda cabem recursos no STJ e no STF", afirmou o advogado de Edinho, Eugênio Malavasi, em contato com a reportagem.

Como jogador profissional, Edinho defendeu as camisas de Santos, Ponte Preta, Portuguesa Santista e São Caetano. Recentemente, o filho de Pelé havia iniciado a carreira como treinador de futebol, com passagens por clubes como Mogi Mirim (SP) e Tricordiano (MG).

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