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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Pesquisa: Temer bate recorde de impopularidade

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A pesquisa Pulso Brasil, realizada pelo Instituto Ipsos, mostrou que o presidente Michel Temer bateu todos os recordes de impopularidade. Segundo o levantamento, divulgado nesta terça-feira (25), a porcentagem de brasileiros que reprovam seu governo chegou a 94%. Além disso, em julho, a avaliação do governo federal chegou ao seu pior nível desde 2003.

Segundo a pesquisa, 95% dos entrevistados acreditam que o país está no rumo errado. Para os analistas do instituto, os números mostram que os efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista, da JBS, ainda se mantêm.

Para Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos, o aumento dos impostos e dos combustíveis devem fazer com que a desaprovação sobre Temer continue alta nos próximos meses.

Dentro da pesquisa, o ranking Barômetro Político analisa a popularidade de 33 nomes, entre personalidades e políticos. Temer aparece com a maior desaprovação (94%), seguido pelo ex-deputado Eduardo Cunha (93%) e pelo senador Aécio Neves (90%). Renan Calheiros e Dilma Rousseff aparecem empatados com 80%.

Logo depois, aparecem os tucanos José Serra, com 75% de rejeição, Fernando Henrique Cardoso (71%) e Geraldo Alckmin (67%).

Entre os melhores avaliados, estão nomes da mídia do Poder Judiciário, como o juiz Sérgio Moro (64%), Luciano Huck (45%) e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (44%).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 29% de aprovação, seguido da ministra do STF Cármen Lúcia (28%) e do procurador-geral da República Rodrigo Janot (24%).

Entre os outros possíveis candidatos à Presidência em 2018, Marina Silva tem 59% de desaprovação e 21% de aprovação; Jair Bolsonaro, 53% e 15%, respectivamente; Ciro Gomes, 52% e 10%; João Doria 45% e 17%; e Luciana Genro, 44% e 4%.

Outros nomes que também aparecem no ranking são o de Rodrigo Maia, com 60% de reprovação e 4% de aprovação; Gilmar Mendes, com 58% e 5%, respectivamente; Romero Jucá, com 57% e 2%; Henrique Meirelles, com 50% e 5%; Edson Fachin, com 41% e 15%; e Deltan Dallagnol, com reprovação de 36% e aprovação de 11%.

Foram realizadas 1200 entrevistas presenciais em 72 cidades brasileiras, com margem de erro de 3 pontos percentuais.

Propostas acabam com a vitaliciedade de agora

Na proposta de Reforma Política feita pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP) há um tópico sobre o fim da vitaliciedade para os integrantes dos Tribunais de Contas. No Congresso Nacional tramita uma emenda à Constituição com a mesma finalidade, ao estipular o mandato dos conselheiros e ministros do Tribunal de Contas da União. E na Assembleia Legislativa cearense, nos últimos dias, deputados trataram da mesma matéria.

Integrado por sete conselheiros, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará será o destino daqueles que hoje compõem o Tribunal de Contas dos Municípios, após votação final na Assembleia Legislativa. Atualmente seus conselheiros são escolhidos da seguinte forma: três pelo governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público Especial junto ao TCE, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, observando-se os critérios de antiguidade e merecimento; e quatro apontados pela Assembleia Legislativa.

Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e somente podem aposentar-se com as vantagens do cargo quando tiverem exercido o cargo por mais de cinco anos.

Conselheiro de Tribunal de Contas ocupa um cargo vitalício na estrutura do Estado. Todavia, isso pode mudar porque dentro do pacote de mudanças presentes no relatório apresentado deputado federal Vicente Cândido para a Reforma Política está a instituição de mandatos para os cargos de Cortes superiores.

"Resta que todo o poder mediata ou imediatamente político deve ser limitado, contraposto por outras competências e prerrogativas, de modo que seu exercício se adeque à limitação devida em uma sociedade democrática. Dessa maneira, não nos parece adequado que indicações de natureza política, muitas delas com um poder crescente na sociedade, sejam dotadas de vitaliciedade, característica, aliás, fundamental quando falamos de cargos e magistraturas não eletivas", sustenta o propositor.

DN Online

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