Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Formado pelo Senado Federal e a Câmara de Deputados, o Poder Legislativo custa R$ 1,16 milhão por hora aos cidadãos brasileiros, em todos os 365 dias do ano. Essa é uma conclusão da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, divulgada nesta semana. O custo inclui fins de semana, recessos parlamentares e as segundas e sextas-feiras, quando os parlamentares deixam a capital federal e retornam para suas bases eleitorais. O valor também inclui, segundo a Agência Brasil, o salário do parlamentar. Cada deputado federal, por exemplo, recebe um salário bruto de R$ 33,7 mil. Os 513 deputados federais custam, em média, R$ 86 milhões ao mês e um custo anual de R$ 1 bilhão. Cada senador também tem um salário bruto de R$ 33,7 mil. De acordo com o fundador e secretário-geral da ONG, Gil Castello Branco, o levantamento dá ao cidadão "a dimensão exata de quanto custa nossa representação". "A democracia não tem preço, mas o nosso Congresso tem custos extremamente elevados. Ele tem uma péssima imagem junto à população e pode, sim, reduzir seus custos. Cada parlamentar pode ter 25 assessores, um senador pode ter 50, 60, inclusive no seu próprio escritório de representação. Há privilégios e mordomias que podem ser contidos", diz. Branco reforça que os abusos, verificáveis em todos os Poderes, têm o aval do presidente Michel Temer. "O dado do orçamento deles está na Lei Orçamentária Anual [LOA], sancionada pelo presidente da república. Temos criticado os 60 dias de férias de membros do Judiciário, auxílios a magistrados, os benefícios fiscais, que precisam ser revistos. Quando se tem um déficit de R$ 139 bilhões e o orçamento da saúde é de R$ 125 bilhões, o natural é que se tente reduzir essas despesas em todos os Poderes. Deveria partir dos próprios titulares dos Poderes a tentativa de reduzir [esses gastos]". No cálculo, foram incluídos os recessos parlamentares e finais de semana. A ONG decidiu quantificar ainda os gastos gerados nas segundas e sextas-feiras, quando não há sessões deliberativas ordinárias. Nesses dias, porém, o Senado e a Câmara continuam funcionando, porque podem ocorrer sessões de debates, solenidades e reuniões de suas comissões. Em seu site, a ONG destacou que, nesses períodos, "os parlamentares deixam a capital federal para fazer política em suas bases eleitorais".
Governo planeja anunciar mais ajustes para garantir rejeição de denúncia na Câmara
Foto: Beto Barata / PR
O presidente Michel Temer deixou por volta das 21h, deste domingo (30), o Palácio do Alvorada, após uma reunião de cerca de 1h30 com aliados. Depois de passar a tarde no Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho das Forças Armadas, o presidente Michel Temer chegou por volta das 19h30 em Brasília e seguiu direto para o Alvorada para mais um encontro de domingo com aliados. Desde que a crise política eclodiu com a gravação de Joesley Batista, Temer tem feito encontros aos domingos para articular as estratégias da semana. Neste domingo, o governo quer fazer mais ajustes no discurso e nas ações para garantir que a denúncia de corrupção passiva contra o presidente seja derrubada já nesta semana, quando está marcada a sessão na Câmara. Apesar de interlocutores do presidente afirmarem que a preocupação em derrubar a denuncia não é do governo, que segue trabalhando, o presidente Michel Temer reitera sempre aos auxiliares que quer "tirar logo essa pauta do caminho". Participaram do encontro os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e alguns parlamentares como André Moura, Darcisio Perondi e Beto Mansur. por Carla Araújo | Estadão Contéudo
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