O STF tem dado jurisprudência para a versão de que o furto de um celular com valor de até R$ 500 cai no princípio da insignificância, quando se entende que o acionamento da Justiça é desproporcional e não compensatório para o crime cometido.
O princípio da insignificância é usado para o caso do roubo famélico – quando o ladrão rouba comida, ou rouba algo ínfimo para se alimentar – ou em casos de somas minúsculas, como o furto de uma caneta. Agora, o entendimento do STF, a mais alta corte do país, é que o furto de celulares de até R$ 500 deve ser enquadrado no mesmo princípio, para “desafogar a Justiça”.
Em reportagem da Record, populares se indignaram com a visão do STF. Seja um celular ou sejam 10 centavos, “é meu”. A população brasileira tem noção do valor da propriedade privada, fruto do trabalho, perante o roubo, fruto da violência e da subtração do trabalho de outrem. Um cria uma riqueza, outro destrói riqueza e trabalho alheio pela violência.
O entendimento do STF aduz uma diferença fundamental entre esquerda e direita. A esquerda presume que a sociedade pode ser ordenada por princípios gerais, “científicos”. Por exemplo, de que um crime de pouca monta não vale a pena ser punido (custa mais caro punir o crime do que o crime em si). A direita, baseada muito mais em costumes, presume construir uma sociedade por costumes testados pelo tempo. O costume de roubar não fará uma boa sociedade. Se o custo da Justiça é mais alto do que o daquilo que foi subtraído pela violência, mesmo que seja um celular, ainda assim é preferível a Justiça.
É o que Frédéric Bastiat, na obra A Lei – Por que a esquerda não funciona, explica sobre o que se vê e o que não se vê: não vemos o custo da Justiça, mas também não vemos que o dinheiro para substituir aquele celular roubado poderia ser usado para algo melhor. É como substituir uma janela quebrada: os vidraceiros existem devido a janelas quebradas, mas nem por isso é útil para a economia quebrar janelas.
Outros pesquisadores a também usarem janelas quebradas como exemplo, que refletem bem o caso do roubo de celulares e da diferença entre teoremas “racionais” ou costumes para construir a sociedade, são George L. Kelling e Catherine Coles, do famoso livro de criminologia Fixing Broken Windows: Restoring Order and Reducing Crime in Our Communities.
Basicamente, a Teoria das Janelas Quebradas diz que se um edifício tem janelas quebradas por vândalos, a tendência é que outros vândalos quebrem mais janelas. A lição óbvia é para consertar os problemas enquanto são pequenos para evitar vandalismo. A lição óbvia, mas nem sempre lembrada, é que um crime que cause algum resultado (nem que seja chocar a sociedade) é imediatamente repetido. Os roubos de celular falam por si.
Ou seja, de que adianta um teorema econômico ou burocrático sobre Justiça, supondo que furtos ou mesmo roubos de celular são de pouca monta, quando isso, por óbvio, vai gerar uma epidemia de roubos de celulares que tornará a vida no Brasil bem mais cara, preocupante, violenta?
Se é para se focar tão somente na economia, vale ainda o que disse nosso colunista Tom Martins:
Isto tudo para não falar da fundação moral da sociedade, que deveria ser baseada na idéia de trabalho e não-agressão, e não do roubo. É fácil notar a diferença entre uma sociedade de trabalhadores e de gafanhotos. Na prática, o que o STF faz ao tentar julgar casos (não criando leis, mas gerando jurisprudência) de roubo de celulares de até R$ 500 (como se ladrões fossem auferir o valor antes de arrancá-los das mãos de homens, mulheres e crianças por aí), é tão somente uma coisa: legalizar o furto de celulares. É como a Justiça pensa hoje no Brasil.
Via sensoincomum
Adolescente transmite própria morte ao vivo pelo Facebook; entenda
Mais uma morte transmitida ao vivo por redes sociais aconteceu este dia, dessa vez, no Brasil, mais precisamente no estado do Acre. Uma jovem de apenas 19 anos postou uma mensagem em sua cona no Facebook muito estranha, o que ninguém imaginava, é que aquela mensagem era um aviso do que estava por vir.
Infelizmente, quando as pessoas não encontram saídas para as dores diárias tudo o que se sente vai transformando-se em uma espécie de ‘lixo psicológico‘ e por isso, muitas vezes, o que se procura quando uma pessoa tenta suicídio, não é matar a si mesmo mas matar a dor que se sente.
Uma corda no pescoço torna-se verdadeiro bálsamo para os problemas existenciais, as guerras internas por fim acabam quando a vida termina. A garota identificada como Bruna, estava em seu quarto na cidade de Rio Branco quando resolveu pôr um fim em sua vida, ela se enforcou e transmitiu tudo em uma live para 286 seguidores, tudo em tempo real.
Bruna era estudante de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Acre (UFAC), muito inteligente, já cursava o terceiro período, amigos e familiares estão desolados, ela teria sido encontrada morta pelos familiares em seu quarto. O major do Corpo de Bombeiros contou que os amigos de Bruna entraram em contato ao assistirem a live, mas infelizmente não sabiam ao certo o endereço e quando os bombeiros chegaram até a residência de Bruna já era tarde demais.
“Os amigos ligaram, mas passaram o endereço errado, que era onde ela morava antes. Corremos até lá, mas ninguém sabia informar onde ela estava morando atualmente. Infelizmente, não chegamos a tempo devido a esse desencontro” exlplicou Cláudio Falcão.
Ainda antes de se enforcar a jovem teria postado um texto em seu Facebook desabafando o quanto estava se sentindo mal, “Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”.
Em total descontentamento com o mundo e decepcionada ela ainda teria escrito “o ser humano é a pior arma que o mundo criou”.
Em um outro momento a jovem estudante teria publicado uma mensagem que chamou atenção depois do fato, no entanto, se alguém estivesse deduzido o que Bruna tinha em mente talvez o pior tivesse sido evitado,“Peço desculpas aos poucos que me restaram e que tanto me aconselharam, simplesmente não consigo”.
Minutos antes de se matar a moça fez uma última indagação “Já viram alguém morrer ao vivo?”, a pergunta chamou atenção dos amigos virtuais que tentaram impedir mas não conseguiram.
Fonte: virgulistas
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