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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Alta na apreensão de armas não é suficiente para reduzir homicídios no Ceará

O número de apreensões de armas de fogo no Ceará, no último mês de maio, foi o maior desde 2013 — dados mais antigos disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública (SSPDS). Ao todo, 657 armas foram recolhidas pela Polícia no mês passado. Tal investimento não tem sido suficiente para impactar nas estatísticas de homicídios. Maio foi também o mês recorde de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), com registro de 471 assassinatos no Estado.

De janeiro a maio deste ano, conforme a SSPDS, foram apreendidas 3.019 armas, enquanto no mesmo período de 2016 o número ficou em 2.464. Um aumento de 22,5%. Desde o início do ano passado até maio, o arsenal retirado de circulação chegou a 8.928. Do total, 58,66% são revólveres (5.237).

Para o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Marcos Silva, o aumento das apreensões evidencia a epidemia de violência e a disseminação da arma de fogo em um vasto mercado ilegal. “É fomentada pelo contrabando internacional e ligado a grupos criminosos internacionais e locais. Então tem mais armas circulando”, ressalta.

Neste contexto, Marcos analisa, ocorre a substituição das armas brancas. “Não há números de circulação de arma de fogo. Há um mercado potencializado e uma dinâmica racionalizada e orquestrada por lideranças que estão dentro do sistema prisional”, diz.

Ele reforça que o acesso às armas, inclusive por jovens e adolescentes, resulta em mais homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). “O Mapa da Violência aponta que os homicídios por arma de fogo são a maioria. A morte no Brasil é pautada pela arma de fogo”, resume.

Na avaliação do titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, há aumento na entrada de armas no País. Com a pacificação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ele acredita que o armamento tem entrado no Brasil. Em relação aos homicídios, Vilarinho diz que, apesar das apreensões de arma de fogo, a briga acirrada das facções criminosas é influenciadora.

O assessor de desenvolvimento institucional da Polícia Militar, tenente-coronel Jano Emanuel, defende que o aumento do número de apreensões é resultado da ampliação das bases do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio). Contudo, para o sociólogo César Barreira, além da ênfase na apreensão de arma de fogo, é necessária uma política efetiva, com mapeamento do armamento para identificar de onde veio, se é nacional, estrangeiro, para saber como entrou no Brasil. 
Além disso, na opinião de Marcos, não basta apreender armas dentro de uma ação policial ostensiva, sem atuação preventiva e políticas públicas sociais.
 

Fonte O Povo

Facebook quer impedir que outras pessoas usem suas fotos de perfil



O Facebook começou a testar ferramentas que tornam as fotos de perfil mais seguras ao impedir (ou ao menos desencorajar) o seu uso inapropriado. A iniciativa é composta por quatro medidas de proteção e uma de desencorajamento. Todas estão sendo testadas, ao menos por ora, apenas na Índia.

A primeira parte consiste em possibilitar que os usuários impeçam outras pessoas de baixar, compartilhar ou enviar a foto de perfil por mensagem, e que também consigam bloquear marcações de estranhos na imagem.

No Android, a rede social vai até mesmo impedir capturas de tela de perfis protegidos. Quem optar por ativar as ferramentas verá que a foto de perfil ganhará uma moldura azul com um selo da iniciativa, num esforço de mostrar aos demais que há ali recursos de proteção.
 
Além disso, a rede social pediu para a ilustradora Jessica Singh criar templates inspirados em desenhos texturizados indianos para que os que desejam ainda mais segurança possam aplicar filtros aos perfis. Os templates lembram aqueles que protegem fotos de bancos de imagem. “Com base em testes preliminares, descobrimos que, quando alguém adiciona uma camada extra de design à sua foto de perfil, outras pessoas ficam pelo menos 75% menos inclinadas a copiar aquela foto”, explicou, em nota, a gerente de produto Aarati Soman.
Reprodução

A empresa informou que pretende disponibilizar as ferramentas em outros mercados “em breve”, e explicou que escolheu começar pela Índia devido a peculiaridades locais. “Em nossa pesquisa com pessoas e organizações de segurança na Índia, ouvimos que algumas mulheres escolhem não compartilhar fotos de perfil que incluam seus rostos em lugar algum da internet porque estão preocupadas sobre o que pode acontecer com suas fotos”, comentou Soman.

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