Dos 35 veículos escolares do Município, dez estão inoperantes, afetando quatro rotas - incluindo zonas rural e urbana ( Foto: André Costa ) |
O ano de 2017 já chegou ao segundo mês, no entanto, para mais de 17 mil alunos da rede pública de ensino deste município, na região do Cariri cearense, 2016 ainda não acabou. Isso porque, diante da greve de professores no ano passado, que durou quase dois meses, o ano letivo de 2017 para os alunos só deve começar em março. Apesar disso, o atraso na reposição das aulas não é o problema mais grave enfrentado pelos estudantes do Crato. Desde o ano passado, vários alunos estão sem transporte escolar.
Dos 35 veículos escolares do Município, dez estão inoperantes. De acordo com a Secretaria de Educação da cidade, os problemas vão desde a falta de pneus até problemas na parte hidráulica e elétrica. Sem a frota completa, quatro rotas - incluindo zona rural e urbana - estão afetadas e mais de 500 alunos estão sem transporte escolar.
A solução, segundo as famílias, é arcar com custos extras para manter os alunos na escola. "Por dia, estou gastando R$ 12 só de mototáxi. São R$ 6 para ir e outros R$ 6 para voltar. Valor que está pesando no orçamento", lamenta o aposentado Raimundo Luís Neto.
Segundo o secretário de Educação interino do Município, Luís Carlos Saraiva, o problema teve início na gestão anterior. Conforme Saraiva, já foram encaminhados processos licitatórios para "compra de pneus e de reparo e manutenção da frota. Em breve estaremos com esses problemas sanados".
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) entrou no caso e solicitou, junto à Prefeitura do Crato, uma audiência pública para colher dados sobre a licitação do transporte escolar. Essa audiência pública está prevista para este mês.
Merenda
Das 68 escolas da rede municipal, entre colégios de Educação Infantil e Ensino Fundamental, nem todas estão completamente abastecidas. Conforme a Secretaria de Educação, "todas as escolas têm um estoque razoável de merenda escolar", porém, reconheceu que "em algumas delas faltam itens, como frutas, verduras e frios". Saraiva informou que "encaminhou a demanda de todos os itens em falta" e garantiu que "há o propósito de não deixar faltar merenda escolar em nossa gestão".
Ele mais uma vez atribuiu o problema à gestão anterior. "A Secretaria está empenhada em solucionar os problemas ocorridos no ano passado. Acredito que, em até 45 dias, tudo seja normalizado, tanto no que se refere ao transporte, quanto à merenda escolar", afirmou.
Rotas
Atualmente há quatro rotas sem transporte e somente três rotas para escolas da rede municipal estão ativas: Escola Rosa Ferreira, Escola Antônio José Soares, Colégio Municipal, CEI Maria Pia e Escola Dom Vicente. Para as escolas da rede estadual, cujo transporte é feito pelo Município, falta transporte para: Colégio Estadual, Violeta Arraes, Teodorico Teles, Presidente Vargas, Liceu do Crato e Virgílio Távora.
Todas essas rotas serão regularizadas, segundo a Secretaria, com a aquisição dos pneus para os micro-ônibus e o conserto de três ônibus.
"Não negamos a existência dos problemas, mas estamos trabalhando forte para solucioná-los o mais breve possível", concluiu o secretário. Os ônibus apresentam falta de motor na porta, falta de pneu, motor de partida com defeito e ausência de bateria. Alguns deles apresentam, ainda, uma estrutura interna precária.
Fonte Diário do Nordeste
Sem policiamento, Espirito Santos tem 62 homicídios em três dias
Ao menos 62 homicídios foram registrados desde sábado (4) em todo o Estado do Espírito Santo, quando um movimento de mulheres de policiais passou a impedir que eles saíssem às ruas. A informação é do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis do Estado) do Espírito Santo. Segundo a associação, apenas nesta segunda-feira (6), 37 pessoas morreram até as 17h30. A cada hora desta segunda, pelo menos duas pessoas foram assassinadas no Estado. Do total de homicídios, 47 aconteceram na Grande Vitória; 15 foram no interior capixaba.
No DML (Departamento Médico Legal), em Vitória, ainda segundo o Sindipol, há corpos espalhados pelos corredores da instituição por falta de espaço e de pessoal para a realização das autópsias.
A Secretaria de Segurança Pública não confirma os números, pois ainda está fazendo o levantamento.
Mais cedo, em entrevista à rádio BandNews FM, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, admitiu o aumento no número de mortes. "Não fechamos ainda os números porque a prioridade agora é outra. Mas temos um aumento no número de homicídios no Estado nos últimos três dias. Não há como negar isso."
Para o presidente do Sindipol, Jorge Emilio Leal, as mortes "refletem o descaso por parte do governo do Espírito Santo com a segurança pública". Antes da paralisação dos policiais, a média diária de homicídios no Estado não chegava a 3, disse Leal ao UOL.
Em função da situação no Estado, o sindicato recomenda que a população não saia de casa. "O crime está solto", disse, reforçando que as delegacias estão superlotadas.
Nesta segunda, o presidente Michel Temer autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para o Estado a fim de "garantir a lei e a ordem". Segundo o Ministério da Justiça, também serão enviados 200 agentes da Força Nacional, que devem chegar a Vitória ainda nesta segunda.
Sobre o fato de o secretário ter cortado o diálogo durante a paralisação, Leal viu a medida como uma "postura radical". "O policial é ser humano. Ele tem que ter retribuição mínima para dar condições à sua família".
No DML (Departamento Médico Legal), em Vitória, ainda segundo o Sindipol, há corpos espalhados pelos corredores da instituição por falta de espaço e de pessoal para a realização das autópsias.
A Secretaria de Segurança Pública não confirma os números, pois ainda está fazendo o levantamento.
Mais cedo, em entrevista à rádio BandNews FM, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, admitiu o aumento no número de mortes. "Não fechamos ainda os números porque a prioridade agora é outra. Mas temos um aumento no número de homicídios no Estado nos últimos três dias. Não há como negar isso."
Para o presidente do Sindipol, Jorge Emilio Leal, as mortes "refletem o descaso por parte do governo do Espírito Santo com a segurança pública". Antes da paralisação dos policiais, a média diária de homicídios no Estado não chegava a 3, disse Leal ao UOL.
Em função da situação no Estado, o sindicato recomenda que a população não saia de casa. "O crime está solto", disse, reforçando que as delegacias estão superlotadas.
Nesta segunda, o presidente Michel Temer autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para o Estado a fim de "garantir a lei e a ordem". Segundo o Ministério da Justiça, também serão enviados 200 agentes da Força Nacional, que devem chegar a Vitória ainda nesta segunda.
Sobre o fato de o secretário ter cortado o diálogo durante a paralisação, Leal viu a medida como uma "postura radical". "O policial é ser humano. Ele tem que ter retribuição mínima para dar condições à sua família".
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