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sexta-feira, 20 de junho de 2025

PF diz que Bolsonaro e Carlos integravam organização criminosa na Abin

 

A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o seu filho, Carlos Bolsonaro, fizeram parte uma organização criminosa para comandar a realização de ações de espionagem clandestina de opositores na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A conclusão consta no relatório final das investigações do caso “Abin Paralela“, que foi finalizado ontem, quando a PF indiciou cerca de 30 investigados, entre eles, Carlos Bolsonaro. O sigilo do documento foi retirado hoje pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

O ex-presidente não foi indiciado porque responde às acusações sobre o uso clandestino da Abin na ação penal da trama golpista, que tramita no STF.

Conforme conclusão dos investigadores, ficou comprovado nas investigações o uso ilegal da Abin contra quem se opusesse ao denominado núcleo político, formado pelo ex-presidente e seu filho.

“As evidências colecionadas ao longo da presente investigação não deixam dúvidas sobre a existência de um núcleo de propagação de desinformação, responsável pela produção e desinformação direcionada contra aqueles que se opusessem de forma contrária ao intento do núcleo político”, afirmou a PF.

De acordo com as investigações, foram monitorados ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, os ex-deputados Jean Willys, Rodrigo Maia, Joyce Hasselmann, o ex-governador de São Paulo João Dória e os jornalistas Leandro Demori e Mônica Bergamo.

Para os investigadores, Bolsonaro era o principal beneficiado pelas ações clandestinas.

“Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatários do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da Abin”, diz o relatório.

A investigação também apontou o uso ilegal do órgão para a propagação de desinformação para desacreditar o sistema eleitoral.

“Esta estrutura utilizou-se dos recursos da agência para atender interesses particulares de ordem política, incluindo ações destinadas a influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022”.

Conforme a apuração, as ações clandestinas foram implementadas durante a gestão do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que é réu na ação penal da trama golpista e também foi indiciado, por meio do uso de policiais federais e outros servidores de confiança cedidos ao órgão e com a utilização ilegal do programa de monitoramento Firstmile.

Atual cúpula

A PF também indiciou a atual cúpula da Abin, formada pelo diretor-geral, Luiz Fernando Correa, sob a acusação de tentar obstruir a investigação sobre a “Abin Paralela”. José Fernando Moraes Chuy, atual corregedor, também foi indiciado.

“Este núcleo atuou para dificultar as investigações sobre a ORCRIM da gestão anterior, por meio de estratégias conjuntas com investigados, recalcitrância na entrega de provas (logs), ações para assediar e desacreditar a ex-corregedora, omissão sobre operações ilegais e potencial manipulação de informações e procedimentos internos”, concluiu a investigação.

Próximos passos

Após receber o relatório final da PF, o ministro Alexandre de Moraes deve enviar o documento para apreciação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Caberá à procuradoria decidir se uma nova denúncia será protocolada contra os acusados ou se o caso será apensado nas ações penais sobre a trama golpista ocorrida durante o governo de Bolsonaro.

Defesa

Após as conclusões da PF, Carlos Bolsonaro foi às redes sociais e insinuou que o indiciamento tem motivação política.

“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, declarou.

Por Agência Brasil

Mulher morta a facadas pelo esposo em Barbalha que ainda tentou se matar e foi preso


Uma mulher foi morta a facadas nesta sexta-feira (20) em Barbalha se constituindo o nono assassinato deste ano no município ou 43% em relação aos 21 registrados ano passado.
Demontier Tenório. (Foto: Reprodução)   site miséria

Danieli foi morta na madrugada desta sexta-feira em Barbalha
Uma mulher foi morta nesta sexta-feira (20) em Barbalha se constituindo o nono assassinato deste ano no município ou 43% em relação aos 21 registrados ano passado. Por volta de uma hora da madrugada Maria Danieli Pereira Brasilino, de 38 anos, foi assassinada a golpes de faca pelo seu companheiro e reciclador Leonardo Barbosa Terra, da mesma idade, que ainda se auto esfaqueou tentando o suicídio e foi preso por policiais militares após atendimento ambulatorial.

Ela residia na Rua São Luiz (Bairro Bulandeira) em Barbalha e o crime aconteceu na Rua 22 de Abril naquele bairro. Leonardo não tinha passagens pela polícia e ela respondia por ameaça e furto de celular. Em janeiro de 2015, a mesma foi denunciada pelo Ministério Público por furtar o celular de um homem na Vila Santo Antonio em Barbalha e oferecido a uma pessoa na troca de dívida. Existem informações que Danieli já tinha tentando matar o seu companheiro a golpes de faca.

Esta foi a primeira mulher assassinada este ano em Barbalha e a oitava no Cariri ou 31% em relação às 26 registradas ano passado. A última mulher morta em Barbalha tinha sido a comerciante Maria Claudeneide Graciano, de 47 anos, a “Neide” no dia 30 de dezembro do ano passado. Ela residia no Sítio Mata dos Dudas e foi baleada em frente ao seu bar na Avenida Paulo Marques (Bairro Bulandeira) por dois homens que fugiram numa moto.

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