Cleilton de Oliveira Júnior e Ygor Werik são as vítimas do ataque em um bar do bairro Oscar Passos
A guerra entre facções criminosas deixou cinco pessoas mortas e 10 feridas entre sábado (7) e domingo (8). Após uma série de ataques em Rio Branco, a Segurança Pública reforçou o policiamento com cerca de 150 policiais nas ruas.
Apenas no período da tarde e início da noite de sábado, sete pessoas ficaram feridas, uma pessoa morreu e duas encaminhadas em estado grave para o hospital – e Cidade do Povo. As vítimas da ação são Cleiton Oliveira da Silva Júnior, de 24 anos, e Ygor Werik de Lima Cavalcante, de 16 anos, que chegou a ser socorrido, mas morreu horas depois.
Três pessoas da mesma família foram atingidas a tiros. A ocorrência foi registrada na Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco. Uma das vítimas, o pedreiro e serralheiro Pedro Batista de Lima, de 50 anos, chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Um adolescente identificado como José de Oliveira Silva, de 16 anos, foi executado com mais de 20 tiros. O crime ocorreu no Ramal São João Batista, no bairro Liberdade.
Uma mulher foi assassinada no bairro Recanto dos Buritis, região do Segundo Distrito de Rio Branco.
Polícia fez abordagem, colocou policiais em pontos estratégicos e reforçou o policiamento ordinário em Rio Branco
Defesa de Lula diz que Moro, de férias, atuou para impedir soltura
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, divulgou nota em que afirma que o juiz Sérgio Moro, da primeira instância na Justiça Federal, de férias e sem jurisdição no processo atualmente, atuou “decisivamente para impedir o cumprimento da ordem de soltura emitida por um desembargador federal do TRF4 em favor de Lula, direcionando o caso para outro desembargador federal do mesmo tribunal, que não poderia atuar neste domingo (8).”
“É incompatível com a atuação de um juiz agir estrategicamente para impedir a soltura de um jurisdicionado privado de sua liberdade por força de execução antecipada da pena que afronta o texto constitucional — que expressamente impede a prisão antes de decisão condenatória definitiva (CF/88, art. 5º, LVII)”, diz Zanin.
“O juiz Moro e o MPF de Curitiba atuaram mais uma vez como um bloco monolítico contra a liberdade de Lula, mostrando que não há separação entre a atuação do magistrado e o órgão de acusação”, acrescenta a defesa.
Segundo Cristiano Zanin, a atuação do juiz Moro e do Ministério Público Federal para impedir o cumprimento de uma decisão judicial do Tribunal de Apelação reforçam que Lula é vítima de “abuso” e “má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”.
"A defesa do ex-presidente usará de todos os meios legalmente previstos nos procedimentos judiciais e também no procedimento que tramita perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU, para reforçar que o ex-presidente tem permanentemente violado seu direito fundamental a um julgamento justo, imparcial e independente e que sua prisão é incompatível com o Estado de Direito", finaliza a nota.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.
Na manhã de hoje (8), o desembargador federal Rogério Favreto, do TRF-4, concedeu habeas corpus ao ex-presidente. Em seguida, o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que o desembargador não tem poderes para autorizar a libertação. O Ministério Público Federal também se posicionou de forma contrária à soltura.
O desembargador Rogério Fraveto reiterou a decisão de mandar soltar imediatamente o ex-presidente.
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