Policiais militares do Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Policia de Choque (BPChoque), capturaram nesta quinta-feira (5), em Fortaleza, um dos bandidos mais procurados do estado, apontado como chefe de uma facção criminosa que teria ordenado a maior chacina já ocorrida no Ceará, quando 14 pessoas – oito mulheres e seis homens – foram executados, a tiros, em uma casa de shows conhecida como “Forró do Gago”.
O homem preso foi identificado como Misael de Paula Moreira, o “Afeganistão”, um dos chefes da facção Guardiões do Estado (GDE). Na tarde desta quinta-feira (5), o bandido foi localizado nas proximidades do Ginásio Poliesportivo da Parangaba. Estava em um veículo modelo Jeta. Ao perceber a aproximação dos PMs, o bandido tentou fugir, mas não teve êxito. Com ele foi apreendida uma pistola de calibre 9 milímetros, munições de reserva além de aproximadamente R$ 1,5 mil em espécie. Seria dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Misael de Paula Moreira foi encaminhado à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde deverá ser interrogado acerca do seu envolvimento na matança ocorrida na madrugada do dia 27 de janeiro último, no bairro Cajazeiras.
Naquele dia ocorria uma festa no “Forró do Gago” que estaria sendo promovida pela facção criminosa Comando Vermelho (CV). Seria uma “comemoração” pelo assassinato do dono de outra casa de forró (“Forró do Damásio”), morto pelo CV. Ao saberem disso, os bandidos da GDE prepararam a emboscada e se armaram com pistolas, espingardas, submetralhadoras e fuzis. Invadiram o forre e mataram oito mulheres e seis homens.
Nomes
Nas investigações realizadas pela DHPP, 13 pessoas foram responsabilizadas pela chacina. São elas: Djair de Souza Silva, o “De Deus”; Noé de Paula Moreira, o “Gripe Suína”; Auricélio Sousa Freitas, o “Celinho”; Zaqueu Oliveira da Silva, o “H20”; Misael de Paula Moreira, o “Afeganistão”; Renan Gabriel da Silva, o “Biel”; Frandisco Kelson Ferreira do Nascimento, o “Susto”; Joel Anastácio de Freitas, o “Gaspar”; Ruan Dantas da Silva, o “RD”; Fernando Alves de Santana, o “Robin Hood”; Ayalla Duarte Cavalcante, o “Zóio”; e uma adolescente de 17 anos, além de um jovem de 18 anos que na época do crime era menor.
Oito já estavam presos e um em liberdade concedida pela Justiça. Estavam foragidos Misael e Auricélio. Misael agora está preso.
(Fernando Ribeiro)
Seleção Brasileira faz primeiro tempo desastroso, diminui vantagem belga no segundo tempo, mas não garante vaga na semifinal.
O Brasil está fora da Copa do Mundo da Rússia. A Seleção Brasileira perdeu para a Bélgica por 2 x 1, nesta sexta-feira (6/7), pelas quartas de final, e se despediu da competição. Já os belgas asseguraram vaga na semifinal para enfrentar a França, que eliminou o Uruguai, nesta sexta. Agora, apenas equipes europeias disputam o título. Neste sábado (7), pelas quartas, a Rússia mede forças com a Croácia, enquanto a Suécia duela com a Inglaterra, pela mesma fase.
Em cobrança de escanteio, o volante Fernandinho, substituto do suspenso Casemiro, desviou para o fundo da rede defendida por Alisson e abriu vantagem para os belgas. O drama brasileiro aumentou quando Lukaku puxou contra-ataque e tocou para De Bruyne ampliar o placar. Apesar disso, Renato Augusto, que entrou no segundo tempo, diminuiu a vantagem belga ao marcar de cabeça.
A Bélgica tem o melhor ataque da competição. A equipe europeia balançou a rede 14 vezes em cinco partidas neste Mundial. A Seleção Brasileira, por sua vez, tem a segunda defesa menos vazada entre os remanescentes do torneio – três gols em cinco jogos.
Antes do jogo
Se para o país pentacampeão mundial o confronto vale a permanência no torneio, para os adversários o peso é maior, pois se trata da chance de garantir sobrevida de uma geração badalada e talentosa, mas que ainda não se consolidou no futebol internacional.
Nomes como Courtois, Vertonghen, Hazard, De Bruyne e Lukaku representam a maior esperança de a Bélgica voltar a uma semifinal de Copa depois de 32 anos. A equipe, formada quando esses atletas eram apenas jovens promissores, agora chega à decisão contra o Brasil composta por estrelas consagradas. Porém, todos buscam um resultado pela Seleção capaz de legitimar a fama que durante anos o time levou.
Toda essa expectativa pode ruir diante do Brasil pelas quartas de final. Como em uma espécie de autodefesa, a Bélgica tem lançado todo o favoritismo para o adversário e buscado tirar o peso do momento. Afinal, em jogos eliminatórios anteriores, como contra a Argentina, na última Copa, e País de Gales, na Eurocopa de 2016, os belgas mostraram inexperiência para lidar com decisões.
O problema é que talvez, nos próximos anos, esta mesma geração não tenha o vigor para chegar tão longe e ter outra oportunidade. “Jogar com o Brasil é um teste e tanto para vermos como está nossa equipe”, comentou o atacante Lukaku, autor de quatro gols na Copa do Mundo de 2018. Nessa quinta-feira (5), ele demonstrou simpatia ao conceder entrevista em português e defender Neymar das críticas por simular falta.
Cerca de dois terços do grupo belga estiveram na Copa de 2014 e chegou à Rússia com discurso de usar a experiência a favor. “Como nunca ganhamos uma Copa, temos essa barreira psicológica. Então, o Brasil leva vantagem nisso, pois sabe o caminho para ganhar”, resumiu o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martínez.
Na opinião dele, a equipe demonstrou um caráter diferente ao ter batido o Japão de virada após levar dois gols nas oitavas de final. A determinação e o equilíbrio emocional foram fatores do quanto esta Bélgica pode estar à altura do apelido de Diabos Vermelhos.
Acostumada a ver os vizinhos e rivais holandeses destacarem-se em Copas, a Bélgica considera a partida com o Brasil uma das mais importantes da história do país. Ao mesmo tempo, a equipe pode igualar a melhor campanha em um Mundial, mostrar força, superar a tradição do Brasil e comprovar o poderio.
“Para jogos assim não é preciso motivação. Quando se enfrenta o Brasil em uma partida de quartas de final é o bastante. Trabalhamos dois anos para chegar até aqui"
Roberto Martínez, técnico da Bélgica
O Brasil terá ainda a presença do volante Fernandinho na vaga de Casemiro, suspenso, e uma grande presença de torcedores. A cidade de Kazan está cheia de brasileiros. Eles andam pelas ruas com camisas amarelas cantando músicas. A movimentação levou a imprensa belga a questionar o treinador Martinez se o otimismo do público não significava excesso de confiança, tema que ele evitou comentar.
Para o Brasil, de certa forma, o encontro também tem a importância de carimbar a equipe como favorita ao título. A Seleção chegou até aqui sem derrotar adversários de muita tradição em Copas e, pela primeira vez, terá um confronto com um time de nível técnico e de talento parecidos.
Nomeado novamente capitão, o zagueiro Miranda elogiou o adversário e respondeu uma provocação feita pelo zagueiro adversário Kompany de que os belgas já estariam preocupados com a semifinal. “Conhecemos todos os tipos de provocações. É uma forma de ocultar o medo e mostrar confiança, pois é sempre difícil jogar com a Seleção Brasileira”, comentou. (Com informações da Agência Estado)
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