Interrupção no ritmo e na quantidade de remessas de vacinas enviadas ao Ceará coloca em risco meta de imunizar todos os adultos até o fim de agosto. A situação é apontada por Rilson Andrade, secretário da saúde de Pindoretama e vice-presidente do Conselho das Secretárias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE).
"Se continuar recebendo na mesma quantidade, acho complicado alcançar a meta. Só se tiver uma avalanche de doses na segunda quinzena de julho e em agosto. Chegando doses, a gente consegue em um mês e meio. Ceará sempre foi exemplo em campanhas de imunização e consegue", analisa.
Ele explica que cada município elege a melhor estratégia de imunização para sua realidade. "Muitos fazem mutirão porque é mais prático. Nos outros dias, faz aplicação D2 e aplica a vacina contra H1N1", diz.
O secretário explica que estão chegando muitas unidades de vacinas destinadas à segunda dose. "A turma que recebeu a primeira dose em abril e que o prazo para a D2 vence agora", completa. Rilson frisa a lentidão no processo ocorre porque o Ceará recebe um quantitativo limitado de doses. "Não é a distribuição pelo Estado ou a aplicação dos municípios", ressalta.
Brasil ultrapassa marca de 110 milhões de doses de vacinas aplicadas
Mais de 110 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram aplicadas no Brasil, o que significa que mais da metade da população vacinável já receberam pelo menos uma dose de imunizante, ou seja, mais de 80 milhões de pessoas.
No país, considera-se público vacinável pessoas maiores de 18 anos, correspondendo a cerca de 160 milhões de brasileiros. Já foram distribuídas, pelo Ministério da Saúde, mais 143 milhões de doses de vacinas para os estados e o Distrito Federal, possibilitando a imunização de 100% dos grupos prioritários da campanha, com pelo menos uma dose da vacina.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que essa marca vai além dos números. “Os efeitos da nossa campanha de vacinação podem ser percebidos na redução de óbitos e de internações decorrentes da doença. Estamos no caminho certo para salvar cada vez mais vidas”.
O ministro ressaltou a importância de a população completar o esquema vacinal com as duas doses dos imunizantes. “A melhor vacina é aquela aplicada no braço do brasileiro. E, para que ela tenha o efeito desejado, é preciso que a pessoa vá até o local de vacinação no prazo correto e tome a segunda dose. Só assim a imunização estará completa”, disse.


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