Claudia Rodrigues apresentou melhora no estado clínico e deixou a Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no último sábado (17). Empresária da artista, Adriane Bonato gravou um vídeo detalhando o caso da humorista e publicou no Instagram. Ela confirmou que a atriz teve um pré-surto provocado pela falta da medicação que trata a esclerose múltipla.
"Agora, que estamos mais calmos, vou contar o que aconteceu com a Claudia. Ela teve alta da Unidade de Terapia Semi-Intensiva na tarde de sábado e está no quarto. Na sexta feira [16], ela não fez a infusão do Ocrevus [remédio que trata a esclerose múltipla] para fazer uma infiltração no braço direito que está muito inflamado por consequência de uma ruptura parcial no tendão", disse.
Adriane disse também que a confusão na relação da vacina contra a Covid-19 e o tratamento da doença autoimune não foi por parte da equipe médica que trata da atriz.
"Quero deixar claro que cada caso é um caso. Além de ter esclerose múltipla há 21 anos, ela é transplantada, tem desautonomia e tem outros problemas de saúde. Não houve imprudência do médico dela, mas, sim, de quem está coordenando a questão das vacinas", acusou.
A piora do quadro da artista de 51 anos ocorreu dois meses após a interrupção da medicação para que ela pudesse ser vacinada contra a Covid-19. Porém, como ela só tomaria a segunda dose do imunizante em 17 de agosto, ela poderia voltar a se medicar apenas em dezembro. Segundo a empresária, a situação seria inviável e poderia causar um surto fatal.
Por isso, a equipe médica optou por antecipar a segunda dose da vacina para que ela fique menos tempo sem a medicação. Claudia Rodrigues deu entrada no hospital em 13 de julho com dormência no braço e na perna direita, além de apresentar quadro grave de cefaleia, febre e confusão mental. A atriz segue internada sem previsão de alta.
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"É uma vacina para 2022", afirma reitor da Uece sobre imunizante cearense
O imunizante contra Covid-19 desenvolvido pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) tem previsão de ficar pronto em 2022. A informação é do reitor da Universidade, professor Hidelbrando Soares, em entrevista à Rádio O POVO CBN nesta segunda-feira, 19. Segundo ele, a HH120 Defenser (nome da vacina cearense) encontra-se em fase de pré-submissão para o início dos testes em humanos e deve apresentar em breve os documentos solicitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar continuidade ao desenvolvimento da vacina.
Os pesquisadores cearenses estão em diálogo com a Fiocruz afim de formalizar uma pareceria no processo de pesquisa do imunizante cearense. Assim que os resultados e documentos da fase pré-clínica forem entregues e aprovados pela Anvisa, o processo deve engrenar mais rápido, de acordo com o reitor. Isso porque o imunizante da Uece trabalha a partir da adaptação de uma vacina contra o coronavírus aviário (IBV) atenuado, que é manuseado há décadas na avicultura e não causa infecção em seres humanos.
"Se a gente correr bem, com todo o apoio financeiro necessário, com esse aporte também de apoio tecnológico e cientifico... é uma vacina para 2022", afirma o professor Hidelbrando Soares. Além de apresentar resultados satisfatórios nesta fase pré-clínica, a Uece deve ainda comprovar a capacidade de produção industrial, pelo menos, para as fases futuras.
Na fase seguinte, a clínica, os trabalhos devem demorar, pois será preciso ampliar a escala de estudos. Neste momento, haverá o acompanhamento dos pacientes que participarão dos testes para se obter os resultados da vacinação. A estimativa é de que entre 3 a 6 mil pessoas sejam chamadas para os testes, categorizadas por idade e quadros clínicos, quando autorizada.
"Ninguém faz pesquisa e principalmente pesquisa nessa complexidade sem recursos de investimentos forte", ressaltou o reitor. Segundo ele, a Universidade recebeu R$ 700 mil do Governo Estadual para manter as condições básicas e a continuidade das atuações, mas a produção não deve ser ainda mais cara, com estimativas na casa dos milhões. Além dos recursos estaduais, a Uece estuda o apoio de verbas federais.
A HH120 Defenser tem o diferencial de ser aplicada por meio de gostas via intranasal, diferente das vacinas já aplicadas no Brasil e no mundo, por meio de injeção intramuscular no braço. Além disso, a vacina da Uece não precisa de temperaturas muito baixas para ser armazenada, um benefício para regiões com geladeiras regulares nos postos de saúde.
Confira as etapas dos estudos clínicos da vacina
Fase 1
Voluntários sadios (100 adultos) - entre 18 e 60 anos.
Nesta etapa, serão realizados testes com pessoas sem comorbidades
Fase 2
Voluntários (100 - 1.000 adultos)
Nesta etapa, será a vez de pessoas acima de 60 anos, com comorbidades
Fase 3
Milhares de voluntários (30 mil a 60 mil), de preferência de outros estados do País, com perfis diversificados. É realizada comparação entre grupo imunizado e grupo controle.
Fase 4
Após a aprovação da Anvisa e vacinação em massa com o imunizante, há monitoramento da produção, sistema de notificação de eventos adversos e avaliação da segurança real e efetividade da vacina.
Com informações do O Povo.
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