O número de mortes por covid-19 está caindo no país, mas os índices de novos casos continuam em ascensão. Os dados fazem parte do Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na terça-feira (27). O levantamento mostra ainda que foi registrada redução na ocupação de leitos de UTI covid-19 no SUS (Sistema Único de Saúde). Os índices são referentes à última semana epidemiológica, de 18 a 24 de julho.
A taxa de mortalidade diminuiu 0,3% em relação à semana anterior. No entanto, houve um aumento da taxa de incidência de casos de covid-19 em 2,9%. A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício, segundo os cientistas da Fiocruz, da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes. “É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado”, afirmaram os pesquisadores do Observatório Covid-19.
De acordo com o boletim da Fiocruz, a análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de covid-19 frente à redução da demanda. Dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%.
Vacina contra a covid-19
Segundo dados do Ministério da Saúde, o país vacinou mais de 59,6% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e cerca de 23% com o esquema completo de imunização. As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta. Os cientistas do Observatório, no entanto, destacam que a proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo. “Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos”, alertaram os pesquisadores.
Fonte: R7
Bolsonaro recria Ministério do Trabalho e coloca Onyx na pasta
O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta quarta-feira (28) Onyx Lorenzoni para assumir o Ministério do Trabalho e Previdência. A nomeação surge junto com a recriação da pasta extinta em 2019 para o estabelecimento do superministério da Economia. As alterações foram oficializadas pelo Diário Oficial da União.
Como a recriação da pasta foi estabelecida por uma MP (Medida Provisória), assim como aconteceu com o Ministério das Comunicações, ela ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 60 dias, O prazo pode ser prorrogado por igual período, mas a MP pode perder validade se não for analisada.
Com a mudança, Onyx ocupará o quarto ministério diferente em menos de três anos de governo. Aliado de Bolsonaro, ele partilha da oposição ao PT e também é desafeto de Rodrigo Maia, seu colega de partido.
Na dança das cadeiras, Onyx deiou a Secretaria-Geral da Presidência para dar lugar ao general Luiz Eduardo Ramos, que deixou a Casa Civil, principal ministério do governo, para dar lugar ao senador Ciro Nogueira (PP-PI). De acordo com Bolsonaro, as trocas levam em conta a necessidade de buscar apoio no Congresso.
Ao definir a recriação do ministério, Bolsonaro estabelece que as políticas e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador passam a ser de responsabilidade de Onyx, não mais do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Conforme a publicação, também será de responsabilidade do Ministério do Trabalho a administração do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e do Conselho Deliberativo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
"Irão compor o novo ministério as áreas de previdência, política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador, política e diretrizes para a modernização das relações de trabalho e fiscalização do trabalho", aponta o Ministério da Economia.
Coringa do Governo
Ao lado de Bolsonaro desde a campanha eleitoral, o então deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) coordenou a montagem da equipe ministerial do governo eleito em 2018.
Desde então, ocupou o Ministério da Casa Civil entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020, quando foi transferido para o ministério da Cidadania.
O cargo depois foi utilizado para contemplar o também deputado João Roma (Republicanos-BA) em uma primeira aproximação de Bolsonaro às legendas do Centrão.
Com a movimentação, Onyx assumiu a Secretaria Geral da Presidência e agora será o responsável por assumir o repaginado Ministério do Trabalho em mais um ajuste para alinhar a aproximação entre o governo e o parlamento.
Fonte: R7
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