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sexta-feira, 30 de julho de 2021

CPI da Covid avalia pedir prisão de dono da Precisa e avançar investigação sobre compra de vacinas


A CPI da Covid retoma os trabalhos no próximo dia 3 para avançar na investigação de um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em reunião na noite de quarta-feira, 28, a cúpula da CPI definiu um roteiro que abrange depoimentos, pedido de prisão e afastamento de servidores do Ministério da Saúde. 

O depoimento de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, estava inicialmente previsto para ocorrer antes do recesso parlamentar e foi adiado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garantiu o direito de o empresário ficar em silêncio na CPI. A presença dele na semana que vem é incerta – o depoimento está marcado para quarta-feira, 4. A comissão recebeu a informação que ele viajou para a Índia e avalia pedir a prisão preventiva de Maximiano. 

“Evadir-se do país quando tem uma investigação em curso é crime e nós não titubearemos em pedir a prisão preventiva”, afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em áudio enviado à imprensa na manhã desta quinta-feira, 29.

A Precisa Medicamento chegou a assinar um contrato com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, um dos principais focos de investigação. Os senadores apontam indícios de superfaturamento e corrupção na negociação.

3ª dose da vacina Coronavac



O Ministério da Saúde anunciou que iniciaria estudo para avaliar a eficácia da aplicação da terceira dose da CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

A pesquisa será realizada em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido. Nela, será analisada a possibilidade de aplicação de outras vacinas como 3ª dose para quem tomou as duas primeiras da CoronaVac.

A principal pesquisadora, Sue Anne Clemens, da instituição britânica, afirma que serão analisados casos de uso da terceira dose com diferentes imunizantes, de outras farmacêuticas.

 “Vamos vacinar pessoas que já tenham tomado duas doses da CoronaVac, seis meses depois da segunda dose. Temos quatro grupos [de estudo]: um com reforço da CoronaVac, outros com Janssen, Pfizer e AstraZeneca”, diz.
Segundo a pesquisadora da Universidade de Oxford, o estudo serviria para subsidiar uma nova estratégia de vacinação. Contudo, a pesquisadora e o Ministério não explicaram que nova estratégia seria esta e por que a necessidade de intercambialidade para quem tomou duas doses da CoronaVac.

Segundo o Ministério da Saúde, 12 mil voluntários participarão da pesquisa.

Fonte: Jornal Jangadeiro

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