O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entregou ontem (23) mais 3,8 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Com a nova remessa, o total de doses liberadas pela fundação chega a 74,2 milhões.
O montante sobe para 78,2 milhões com as 4 milhões de doses produzidas pelo Instituto Serum, da Índia. Essas doses foram importadas prontas do país asiático, mas tiveram que passar pela Fiocruz para checagem e rotulagem em português.
Com sede no Rio de Janeiro, Bio-Manguinhos vai liberar 197 mil doses da entrega desta semana diretamente para o governo fluminense, enquanto as demais seguem para o almoxarifado do Ministério da Saúde.
O total de vacinas já liberado pela Fiocruz se aproxima de 75% das 100,4 milhões de doses previstas no acordo de encomenda tecnológica assinado com a farmacêutica anglo-sueca. Segundo o contrato, Bio-Manguinhos receberá ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado para produzir as doses.
Covid-19: Anvisa diz que não há estudo conclusivo sobre 3ª dose
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou em comunicado nesta sexta-feira (23) que ainda não há evidências suficientes para uma recomendação do uso de terceira dose como reforço às duas doses já tomadas contra a covid-19 na maioria dos imunizantes, com exceção dos de dose única, como o da Janssen.
A discussão e os estudos sobre terceira dose começaram, especialmente diante do surgimento e circulação de variantes do novo coronavírus. Em seu informe, a Anvisa diz que não se sabe por quanto tempo a proteção dada pelas duas doses (ou dose única) durará e se haverá necessidade de doses de reforço com intervalos.
A Anvisa lembrou que há uma discussão dentro da comunidade internacional de autoridades de saúde, que pondera o fato de se pensar em uma terceira dose quando a maioria do mundo está longe de imunizar o total da população com mais de 18 anos.
“Especialistas e instituições como a Organização Mundial da Saúde dizem que os formuladores de políticas públicas de saúde precisam olhar para o cenário mais amplo quando estão considerando a possibilidade de oferecer doses de reforço, incluindo o fato de que muitas pessoas vulneráveis e profissionais de saúde podem não ter recebido sequer a primeira dose de uma vacina contra a covid-19”, explica a agência.
O órgão informou que avaliará se e quando uma terceira dose será necessária. A agência acrescentou que acompanha os estudos sobre o surgimento de novas variantes e impactos nas vacinas.
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