O vereador Marquito (PTB-SP); ele ficou famoso por ser humorista no Programa do Ratinho (Foto: Bruno Santos/Folhapress)
O Ministério Público Estadual (MPE) abriu investigação contra o vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), por suspeita de que funcionários que trabalham no gabinete dele são obrigados a devolver parte dos salários para o parlamentar. Edson Roberto Pressi, apresentado na Câmara Municipal de São Paulo como assessor, chefe de gabinete e advogado de Marquito, é investigado por participar do suposto esquema.
Marquito, Pressi - que negou as acusações em conversa informal com a reportagem - e também os atuais funcionários do gabinete serão intimados a depor. O parlamentar não respondeu aos pedidos da reportagem para comentar a investigação.
A Rádio Estadão e o jornal "O Estado de S. Paulo" tiveram acesso à investigação. Na semana passada, dois ex-funcionários de Marquito (conhecido por ser humorista do Programa do Ratinho) prestaram depoimento ao promotor de Justiça Cassio Conserino. Um deles afirmou que foi nomeado assessor parlamentar em fevereiro de 2013, com salário de R$ 8 mil. Logo no primeiro pagamento, porém, teve de devolver metade dos rendimentos ao gabinete, por ordem de Pressi.
Pego de surpresa, o funcionário reclamou e, por isso, teve seu salário reduzido ainda mais: dos R$ 8 mil, passaram a sobrar para ele somente R$ 2,5 mil mensais. As regras do chamado "dízimo" cobrado por Marquito são reveladas em um vídeo apreendido pela promotoria. Nele, Pressi explica ao então funcionário que ele teria de devolver R$ 3.390 do seu rendimento todos os meses.
O outro ex-funcionário ouvido por Conserino contou que tinha salário de R$ 2,5 mil. Mas em um mês foram depositados R$ 5 mil em sua conta. O homem afirmou que teve de devolver metade para o gabinete de Marquito. No mês seguinte, recebeu R$ 8 mil, mas ficou com os mesmos R$ 2,5 mil.
A testemunha mostrou os holerites nos quais constam os depósitos dos valores acima do seu salário e deixou também com o promotor cópia de extratos bancários nos quais constam saques de valores altos em dinheiro feitos sempre no dia de pagamento.
Por questão de segurança, a identidade das testemunhas já ouvidas pela promotoria não foi revelada. Para Conserino, há suspeita de crimes de peculato (apropriação de bem ou de dinheiro público para fins particulares) e, na área cível, de improbidade administrativa (desonestidade na condução da função pública com fins de enriquecimento ilícito e prejuízo aos cofres públicos).
"A investigação, que ainda está no começo, não se resume a declarações apenas. Já há um conjunto de provas materiais que vão desde extratos bancários com os saques na boca do caixa de valores altos para supostamente repassar ao vereador a vídeos que registraram o tal pedido. Os fatos são graves", afirma o promotor.
Nesta semana, Conserino deve ouvir depoimentos de outros ex-funcionários.
Supersalários
Outro fato que chamou a atenção do promotor é que alguns funcionários do vereador recebem salário muito acima do valor de mercado. No site da Câmara Municipal consta, por exemplo, que o motorista do parlamentar tem renda líquida superior a R$ 11 mil mensais. Conserino vai investigar se o valor é alto para gerar uma devolução substancial a Marquito. A maioria dos motoristas que trabalham na Casa recebe entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.
Segundo o site da Câmara, a chefe de gabinete nomeada de Marquito é Maria das Graças Silva Pressi, mulher de Edson Pressi, que raramente é vista no gabinete. Ela recebe o teto do funcionalismo municipal, hoje fixado em R$ 24,1 mil, mesmo salário do prefeito Fernando Haddad (PT). Mas, segundo informações passadas à promotoria, o cargo é apenas de fachada, uma vez que é Edson Pressi quem exerce de fato a função.
A ONG Movimento Voto Consciente avalia que a disponibilidade de cargos e verbas para cada vereador facilita a corrupção. "É preciso acabar com os gabinetes de vereadores e deixar apenas o espaço de cada partido, com uma assessoria técnica de cinco ou seis pessoas", sugere a diretora da entidade, Rosangela Giembinsky.
Fonte: Estadão Conteúdo
Marquito, Pressi - que negou as acusações em conversa informal com a reportagem - e também os atuais funcionários do gabinete serão intimados a depor. O parlamentar não respondeu aos pedidos da reportagem para comentar a investigação.
A Rádio Estadão e o jornal "O Estado de S. Paulo" tiveram acesso à investigação. Na semana passada, dois ex-funcionários de Marquito (conhecido por ser humorista do Programa do Ratinho) prestaram depoimento ao promotor de Justiça Cassio Conserino. Um deles afirmou que foi nomeado assessor parlamentar em fevereiro de 2013, com salário de R$ 8 mil. Logo no primeiro pagamento, porém, teve de devolver metade dos rendimentos ao gabinete, por ordem de Pressi.
Pego de surpresa, o funcionário reclamou e, por isso, teve seu salário reduzido ainda mais: dos R$ 8 mil, passaram a sobrar para ele somente R$ 2,5 mil mensais. As regras do chamado "dízimo" cobrado por Marquito são reveladas em um vídeo apreendido pela promotoria. Nele, Pressi explica ao então funcionário que ele teria de devolver R$ 3.390 do seu rendimento todos os meses.
O outro ex-funcionário ouvido por Conserino contou que tinha salário de R$ 2,5 mil. Mas em um mês foram depositados R$ 5 mil em sua conta. O homem afirmou que teve de devolver metade para o gabinete de Marquito. No mês seguinte, recebeu R$ 8 mil, mas ficou com os mesmos R$ 2,5 mil.
A testemunha mostrou os holerites nos quais constam os depósitos dos valores acima do seu salário e deixou também com o promotor cópia de extratos bancários nos quais constam saques de valores altos em dinheiro feitos sempre no dia de pagamento.
Por questão de segurança, a identidade das testemunhas já ouvidas pela promotoria não foi revelada. Para Conserino, há suspeita de crimes de peculato (apropriação de bem ou de dinheiro público para fins particulares) e, na área cível, de improbidade administrativa (desonestidade na condução da função pública com fins de enriquecimento ilícito e prejuízo aos cofres públicos).
"A investigação, que ainda está no começo, não se resume a declarações apenas. Já há um conjunto de provas materiais que vão desde extratos bancários com os saques na boca do caixa de valores altos para supostamente repassar ao vereador a vídeos que registraram o tal pedido. Os fatos são graves", afirma o promotor.
Nesta semana, Conserino deve ouvir depoimentos de outros ex-funcionários.
Supersalários
Outro fato que chamou a atenção do promotor é que alguns funcionários do vereador recebem salário muito acima do valor de mercado. No site da Câmara Municipal consta, por exemplo, que o motorista do parlamentar tem renda líquida superior a R$ 11 mil mensais. Conserino vai investigar se o valor é alto para gerar uma devolução substancial a Marquito. A maioria dos motoristas que trabalham na Casa recebe entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.
Segundo o site da Câmara, a chefe de gabinete nomeada de Marquito é Maria das Graças Silva Pressi, mulher de Edson Pressi, que raramente é vista no gabinete. Ela recebe o teto do funcionalismo municipal, hoje fixado em R$ 24,1 mil, mesmo salário do prefeito Fernando Haddad (PT). Mas, segundo informações passadas à promotoria, o cargo é apenas de fachada, uma vez que é Edson Pressi quem exerce de fato a função.
A ONG Movimento Voto Consciente avalia que a disponibilidade de cargos e verbas para cada vereador facilita a corrupção. "É preciso acabar com os gabinetes de vereadores e deixar apenas o espaço de cada partido, com uma assessoria técnica de cinco ou seis pessoas", sugere a diretora da entidade, Rosangela Giembinsky.
Fonte: Estadão Conteúdo
Dois homicídios em Crato e Juazeiro e mais cinco tentativas durante o feriadão no Cariri
Duas irmãs discutiram no bairro Romeirão e uma terminou lesionando a outra (Foto: Reprodução)
Além dos assassinatos de Rafael Cardoso Silva, de 29, e Cícero Ferreira Caldas, de 49 anos, respectivamente, em Crato e Juazeiro, cinco tentativas foram registradas durante o feriadão da Semana Santa no Cariri. Em Juazeiro, ocorreram duas a golpes de faca e uma à bala, enquanto outra à faca se deu em Caririaçu e mais um atentado à bala em Barbalha. Além disso, foram registrados três casos de violência doméstica, sendo dois no bairro São José e outro no Santa Tereza todos em Juazeiro.
Por volta das 13h30min deste domingo, na Travessa Porfírio Alves de Barros ou Rua do Meio no bairro Romeirão em Juazeiro do Norte, houve uma briga envolvendo duas irmãs. Uma delas identificada apenas por “Francisca” lesionou a outra com facadas e esta foi socorrida pelo SAMU. Três horas depois a polícia de Caririaçu prendeu Cícero G da Silva, de 53, residente no bairro Bico da Arara naquele município, Ele esfaqueou Luís José de Lima, de 27, morador do mesmo bairro o qual foi trazido ao Hospital Regional do Cariri.
Antes, ainda na Quinta-feira Santa, a polícia esteve na Travessa Maria Otilia Barbosa (São José) em Juazeiro após ser avisada que um homem tinha agredido sua companheira. Quando os PMs chegaram, Juliana Silva, de 21, negou, mas, mesmo assim, ela e Jusceildo Ferreira, de 30 anos, foram levados à Delegacia. Às 21 horas, em Barbalha, Francisco da Silva Santos, residente no bairro Cirolândia, foi lesionado com um tiro no braço por Carlos Antonio dos Santos Junior, que fugiu numa moto Honda Fan de cor preta.
No mesmo horário, porém na Rua do Pau (Jardim Gonzaga) em Juazeiro, o mototaxista José T. Filho, de 27 anos, residente no Sitio Venha Ver em Barbalha, foi lesionado com um tiro de raspão na orelha. Quando o mesmo ia deixando o passageiro fretante da ocorrida, surgiram dois homens tentando roubar sua moto, mas fugiu e foi baleado. Já às 22h30min, no bairro Franciscanos, Damião S. Pereira, de 25 anos, foi lesionado com uma facada pelo seu próprio irmão Luiz Pereira, que fugiu.
Na manhã da Sexta-feira Santa, na Rua Daniela Matos de Mendonça (São José), o jovem José Ivan da Silva, de 24 anos, discutiu com seu sogro que o lesionou nas costas e fugiu. A vítima seguiu com a polícia até onde o acusado se encontrava no bairro Frei Damião. Ao chegar no local, a companheira de Ivan, Cícera Duarte, de 21 anos, disse ter sido agredida pelo mesmo e que seu pai apenas a defendeu. Ela apresentou lesões pelo corpo e os três foram levados à Delegacia. Já na tarde de sábado, no bairro Santa Tereza, Leão José Alves, de 32 anos, foi preso após agredir sua esposa Maria Pereira.
Por volta das 13h30min deste domingo, na Travessa Porfírio Alves de Barros ou Rua do Meio no bairro Romeirão em Juazeiro do Norte, houve uma briga envolvendo duas irmãs. Uma delas identificada apenas por “Francisca” lesionou a outra com facadas e esta foi socorrida pelo SAMU. Três horas depois a polícia de Caririaçu prendeu Cícero G da Silva, de 53, residente no bairro Bico da Arara naquele município, Ele esfaqueou Luís José de Lima, de 27, morador do mesmo bairro o qual foi trazido ao Hospital Regional do Cariri.
Antes, ainda na Quinta-feira Santa, a polícia esteve na Travessa Maria Otilia Barbosa (São José) em Juazeiro após ser avisada que um homem tinha agredido sua companheira. Quando os PMs chegaram, Juliana Silva, de 21, negou, mas, mesmo assim, ela e Jusceildo Ferreira, de 30 anos, foram levados à Delegacia. Às 21 horas, em Barbalha, Francisco da Silva Santos, residente no bairro Cirolândia, foi lesionado com um tiro no braço por Carlos Antonio dos Santos Junior, que fugiu numa moto Honda Fan de cor preta.
No mesmo horário, porém na Rua do Pau (Jardim Gonzaga) em Juazeiro, o mototaxista José T. Filho, de 27 anos, residente no Sitio Venha Ver em Barbalha, foi lesionado com um tiro de raspão na orelha. Quando o mesmo ia deixando o passageiro fretante da ocorrida, surgiram dois homens tentando roubar sua moto, mas fugiu e foi baleado. Já às 22h30min, no bairro Franciscanos, Damião S. Pereira, de 25 anos, foi lesionado com uma facada pelo seu próprio irmão Luiz Pereira, que fugiu.
Na manhã da Sexta-feira Santa, na Rua Daniela Matos de Mendonça (São José), o jovem José Ivan da Silva, de 24 anos, discutiu com seu sogro que o lesionou nas costas e fugiu. A vítima seguiu com a polícia até onde o acusado se encontrava no bairro Frei Damião. Ao chegar no local, a companheira de Ivan, Cícera Duarte, de 21 anos, disse ter sido agredida pelo mesmo e que seu pai apenas a defendeu. Ela apresentou lesões pelo corpo e os três foram levados à Delegacia. Já na tarde de sábado, no bairro Santa Tereza, Leão José Alves, de 32 anos, foi preso após agredir sua esposa Maria Pereira.
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