
Com o fim do casamento entre PMDB e PT, que dura 14 anos, a presidente Dilma Rousseff reconstruirá a base de apoio parlamentar e, nos estados, trocará dirigentes de cargos importantes da União. Um dos cargos dessa lista é o de presidente do BNB, hoje ocupado pelo economista Nilson Holanda – afilhado político do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira.
A indicação de Holanda significou uma vitória de Eunício na queda de braço com os irmãos Cid e Ciro Gomes e o Governador Camilo Santana (PT). Eunício perdeu a eleição ao Governo do Estado em 2014 para Camilo, mas, no ano passado, levou um dos cargos mais cobiçados do Governo Federal no Nordeste. O BNB, assim como a Companhia Docas do Ceará, ficou sob o comando do líder do PMDB no Senado.
Se os dirigentes nacionais do PMDB confirmarem nesta terça-feira o rompimento com o PT e o Governo Federal, a troca de comando no BNB será inevitável. Aliados de Eunício consideram, porém, que essa mudança poderá representar um curto intervalo de tempo uma vez que, na visão dos peemedebistas, Eunício terá ainda mais poder com a possível ascensão de Michel Temer à Presidência da República.
A extinção da aliança com o Governo Federal fará o PMDB se integrará às ações para cassar o mandato da presidente Dilma Rousseff. O BNB voltará a ser troféu bem disputado entre os aliados do Governo Federal na Região Nordeste. Nos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no primeiro mandato da presidente Dilma, o comando do BNB ficou com nomes indicados pelo PT e pelos irmãos Cid e Ciro Gomes. O rearranjo de forças políticas aliadas ao Governo Federal abrirá caminhos para mudanças na direção do Banco do Nordeste.
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Eunício, que também é tesoureiro da legenda, participou do encontro dos dois realizado nesta segunda-feira na residência oficial do presidente do Senado. O líder peemedebista ressaltou que, com a decisão, os cargos ficarão à disposição da presidente Dilma Rousseff e não poderão ser mais considerados cota do partido no governo.
Atualmente, o PMDB ocupa sete pastas na Esplanada dos Ministérios. Segundo ele, a tendência é que não haja qualquer prazo extra para os ministros devolverem os postos. “Se ficar (no cargo), estará na cota pessoal da presidente”, explicou Eunício.
A tendência é que a decisão de desembarque do governo deverá ocorrer por aclamação. Logo depois do encontro entre Renan, Temer e Eunício, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, referendou a primeira baixa do partido ao pedir exoneração do cargo. Segundo informações de bastidores, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Saúde, Marcelo Castro, são os dois que mais resistem a devolver os cargos.

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