Batizada de Operação Xepa, esta etapa é um desdobramento da Operação Acarajé, a 23ª etapa, que atingiu o publicitário João Santana, ex-marqueteiro das campanhas eleitorais da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a mulher e sóciaMonica Moura.
João Santana e Monica Moura estão presos preventivamente em Curitiba, base da Lava-Jato. Em Brasília, a PF está no hotel Golden Tulip, onde moram vários políticos. O local fica próximo ao Palácio da Alvorada.
"Tendo em vista que, em decorrência da análise de parte do material apreendido, descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no âmbito do Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculo direto com o poder público em todas as esferas", informa nota da PF.
Segundo a Polícia Federal, o material indicou a realização de entregas de recursos em espécie a terceiros indicados por altos executivos do Grupo Odebrecht nas mais variadas áreas de atuação do conglomerado da empresa.
"Há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos", diz a PF.
Os investigados conduzidos coercitivamente serão ouvidos em suas cidades e os presos serão levados para Curitiba, base da operação.
Os mandados estão sendo cumpridos um dia depois da Operação Polimento, 25ª etapa da Lava-Jato, deflagrada em Portugal nesta segunda-feira (21). A fase internacional pegou o empresárioRaul Schmidt Felipe Junior, investigado que estava foragido desde julho de 2015.
Discriminação dos Mandados Judiciais
28 mandados de condução coercitiva
(Alvos com múltiplos endereços)
11 mandados de prisão temporária
(Alvos com múltiplos endereços)
04 mandados de prisão preventiva
(Alvos com múltiplos endereços)
67 mandados de busca e apreensão divididos da seguinte forma:
29 - Estado de São Paulo: 01 - Guarujá/SP - 01 - Guarulhos/SP - 02 - Jundiaí/SP - 01 - Valinhos/SP - 25 - São Paulo/SP
18 - Estado do Rio de Janeiro: 01 - Angra dos Reis/SP - 17 - Rio de Janeiro
08 - Estado da Bahia: 07 - Salvador / 01 - Mata de São João
04 - Distrito Federal: 04 - Brasília
04 - Estado de Pernambuco: 04 - Recife
03 - Estado de Minas Gerais: 02 - Belo Horizonte / 01 - Nossa Fazenda
01 - Estado do Rio Grande do Sul - 01 - Porto Alegre
Wesley Safadão cobra até R$ 800 mil por show e perde só para Roberto Carlos
Segundo informações da revista Veja São Paulo do último final de semana, Wesley Safadão está cobrando R$ 800 mil por show. Dessa forma, ele fica atrás apenas do cantor Roberto Carlos, que pede cerca de R$ 1 milhão para subir no palco.
Wesley segue na contramão de outros cantores que estão reduzindo seus cachês, como Naldo, que precisou baixar em mais de R$ 50 mil seu cachê.
Wesley Safadão já conseguiu faturar o mesmo cachê de Roberto Carlos quando se apresentou uma única noite na Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Desde 2015, quando iniciou sua carreiro solo, Safadão decolou ainda mais.
Ainda segundo informações da revista, apresentações agendadas para os dias 27 e 28 de abril na casa de espetáculos Villa Country estão em alta. "Iniciamos a venda dos ingressos no começo de março e, em poucas semanas, uma das datas já estava esgotada, algo raro de acontecer tão rápido", disse Marco Tobal Júnior, um dos sócios do local.
Em tempo
Em alta, Wesley Safadão está na mira da Globo. Ele pode ser contratado nos próximos tempos para ser integrante do "The Voice" ou participar da "Danças dos Famosos", do "Domingão do Faustão".
Odebrecht tinha setor especial para propinas
A Odebrecht tinha um setor específico pra o pagamento de propinas, afirmaram nesta terça-feira (22) integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, os pagamentos continuaram a acontecer mesmo com a empresa sendo investigada.
Deflagrada hoje, a 26ª fase da Lava Jato, chamada Operação Xepa, cumpre 110 mandatos, em um desdobramento da Operação Acarajé, a partir de depoimentos do marqueteiro do PT (Partido dos Trabalhadores) João Santana e da mulher dele, que estão presos em Curitiba.
Segundo a procuradora da República Laura Gonçalves Tessler, a contabilidade paralela, feita na área da empresa denominada Setor de Operações Estruturadas, era comandada diretamente pelo dono da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht. As investigações apontam que ele era indicado nas planilhas para organizar a propina pela sigla MBO, formada pelas iniciais de seu nome.
“Não há qualquer dúvida da participação direta da Odebrecht”, afirmou a delegada Renata Rodrigues durante a coletiva.
O sistema de corrupção do qual a Odebrecht fazia parte estava relacionado a várias obras públicas, federais, estaduais e municipais, entre elas a construção da Arena Cotinthians.
“Nós temos diversas diretorias [da empresa] envolvidas, não apenas a Petrobras. Óleo e gás, ambiental, infraestrutura, estádio de futebol, canal do sertão e diversas outras obras e áreas da Odebrecht que estão sendo investigadas hoje pelo pagamento de propina”, afirmou Carlos Fernando Santos de Lima, procurador do MPF.
A Polícia Federal apurou que no mínimo R$ 66 milhões em propinas foram pagos para cerca de 30 pessoas, segundo os dados de apenas uma conta examinada.
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