Segundo a Polícia, o homem assaltou um coletivo e quando desceu do veículo foi perseguido e agredido até a morte (Foto: Reprodução/Diário do Nordeste)
Um homem, suspeito de ter tentado roubar os passageiros de um ônibus, foi linchado por populares no começo da tarde de ontem, na Avenida Augusto dos Anjos, bairro Bonsucesso. As agressões foram filmadas e divulgadas em redes sociais. Este foi o segundo caso de linchamento registrado em Fortaleza em menos de 48 horas.
De acordo com a Polícia, dois homens entraram no coletivo por volta das 13h e, conforme relataram populares, estariam armados com facas. Um deles teria descido do veículo e atacado uma mulher, de quem tomou a bolsa, fugindo em seguida, a pé. O outro, quando teria anunciado o assalto dentro do ônibus, foi detido por passageiros, que tomaram a faca e o dominaram.
Contido, ele foi levado para fora do coletivo, sob socos e chutes. Já na calçada, defronte a um estabelecimento comercial, foi espancado até morrer. A faca que ele supostamente teria usado para anunciar o assalto, foi usada contra ele pelos agressores. Enquanto alguns populares feriam o homem, outros filmavam a ação.
Nas imagens, é possível identificar algumas das pessoas que participam do espancamento. Em alguns detalhes, é possível enxergar no chão dois dentes do homem, que foram arrancados da boca dele com os golpes.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), através do delegado Fábio Torres, esteve no local e deu início às investigações. Conforme o delegado, os trabalhos serão conduzidos como a apuração de um homicídio.
"Ele anunciou o assalto, teve a confusão, a população foi pra cima e tomou a faca. As pessoas que agiram ali se excederam. Deviam, no máximo, imobilizar o suspeito e chamar a Polícia. Além de tomar a faca e o render, agrediram o homem até a morte. A partir dali, uma tentativa de roubo acabou transformada em uma ocorrência de homicídio", disse Torres.
Filmagens
Segundo o delegado, as imagens do linchamento feitas pelos populares e divulgadas nas redes sociais já foram vistas pela Polícia. Câmeras de segurança instaladas próximo ao local, além das do ônibus, também terão as gravações solicitadas pelos investigadores, com o objetivo de apurar o que aconteceu e identificar os envolvidos.
"Estamos checando as imagens das câmeras, inclusive do ônibus, e vamos fazer o levantamento. Aguardamos ainda a resposta da empresa nesse sentido. Vamos tentar identificar todos os envolvidos", relatou.
O homem morto, até o fechamento desta edição, não foi identificado. O suposto comparsa dele, segundo a Polícia, fugiu também sem ser identificado. As imagens das câmeras de segurança poderão ajudar os investigadores a localizá-lo.
Sequência
No fim da noite de quarta-feira (16), um homem, suspeito de ter roubado uma mulher, foi espancado até a morte por seis homens no bairro São João do Tauape, também na Capital.
Para o sociólogo César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC),a sequência de linchamentos causa preocupação.
"Acho preocupante, pois em todos esses atos violentos de vingança, que não passam pela mediação do Estado, há grande possibilidade de se condenar pessoas inocentes. Já tivemos casos, o mais notório de uma mulher, em São Paulo. Estamos vivendo uma sociedade muito intolerante, com valores muito fortes de competição, individualidade. É como se negassem o Estado como o administrador", disse.
Fique por dentro
Agressão é crime e pode resultar em prisão
Fazer ´justiça´ com as próprias mãos, como nos dois casos ocorridos quarta-feira e ontem, é crime. Conforme autoridades e especialistas ouvidos pela reportagem, pessoas envolvidas em linchamentos são investigadas e, após identificadas, autuadas por homicídio ou lesão corporal grave seguida de morte, a depender da interpretação. Nos dois casos de Fortaleza, contudo, as fontes ouvidas são unânimes: o crime de homicídio, constante no artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB), está claramente caracterizado.
Fonte: Diário do Nordeste
De acordo com a Polícia, dois homens entraram no coletivo por volta das 13h e, conforme relataram populares, estariam armados com facas. Um deles teria descido do veículo e atacado uma mulher, de quem tomou a bolsa, fugindo em seguida, a pé. O outro, quando teria anunciado o assalto dentro do ônibus, foi detido por passageiros, que tomaram a faca e o dominaram.
Contido, ele foi levado para fora do coletivo, sob socos e chutes. Já na calçada, defronte a um estabelecimento comercial, foi espancado até morrer. A faca que ele supostamente teria usado para anunciar o assalto, foi usada contra ele pelos agressores. Enquanto alguns populares feriam o homem, outros filmavam a ação.
Nas imagens, é possível identificar algumas das pessoas que participam do espancamento. Em alguns detalhes, é possível enxergar no chão dois dentes do homem, que foram arrancados da boca dele com os golpes.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), através do delegado Fábio Torres, esteve no local e deu início às investigações. Conforme o delegado, os trabalhos serão conduzidos como a apuração de um homicídio.
"Ele anunciou o assalto, teve a confusão, a população foi pra cima e tomou a faca. As pessoas que agiram ali se excederam. Deviam, no máximo, imobilizar o suspeito e chamar a Polícia. Além de tomar a faca e o render, agrediram o homem até a morte. A partir dali, uma tentativa de roubo acabou transformada em uma ocorrência de homicídio", disse Torres.
Filmagens
Segundo o delegado, as imagens do linchamento feitas pelos populares e divulgadas nas redes sociais já foram vistas pela Polícia. Câmeras de segurança instaladas próximo ao local, além das do ônibus, também terão as gravações solicitadas pelos investigadores, com o objetivo de apurar o que aconteceu e identificar os envolvidos.
"Estamos checando as imagens das câmeras, inclusive do ônibus, e vamos fazer o levantamento. Aguardamos ainda a resposta da empresa nesse sentido. Vamos tentar identificar todos os envolvidos", relatou.
O homem morto, até o fechamento desta edição, não foi identificado. O suposto comparsa dele, segundo a Polícia, fugiu também sem ser identificado. As imagens das câmeras de segurança poderão ajudar os investigadores a localizá-lo.
Sequência
No fim da noite de quarta-feira (16), um homem, suspeito de ter roubado uma mulher, foi espancado até a morte por seis homens no bairro São João do Tauape, também na Capital.
Para o sociólogo César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC),a sequência de linchamentos causa preocupação.
"Acho preocupante, pois em todos esses atos violentos de vingança, que não passam pela mediação do Estado, há grande possibilidade de se condenar pessoas inocentes. Já tivemos casos, o mais notório de uma mulher, em São Paulo. Estamos vivendo uma sociedade muito intolerante, com valores muito fortes de competição, individualidade. É como se negassem o Estado como o administrador", disse.
Fique por dentro
Agressão é crime e pode resultar em prisão
Fazer ´justiça´ com as próprias mãos, como nos dois casos ocorridos quarta-feira e ontem, é crime. Conforme autoridades e especialistas ouvidos pela reportagem, pessoas envolvidas em linchamentos são investigadas e, após identificadas, autuadas por homicídio ou lesão corporal grave seguida de morte, a depender da interpretação. Nos dois casos de Fortaleza, contudo, as fontes ouvidas são unânimes: o crime de homicídio, constante no artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB), está claramente caracterizado.
Fonte: Diário do Nordeste
Joelma estreia carreira solo, agita fãs e alfineta: `Tomei as rédeas de tudo´
Joelma estreia carreira solo, agita fãs em Goiânia (Foto: Sílvio Túlio/G1)
A cantora Joelma iniciou sua carreira solo com um show na madrugada deste sábado (19), em Goiânia. Os fãs foram à loucura com a primeira apresentação dela depois da separação do ex-marido, o guitarrista Ximbinha, e consequente dissolução da Banda Calypso. Entre novos e antigos sucessos, a artista, antes de subir ao palco - com 3 horas de atraso -, acabou alfinetando o ex-companhanheiro, ainda que sem citar o seu nome.
Questionada pelo G1 no camarim, pouco antes do show começar, sobre o que iria marcar a nova fase de sua carreira solo após vários anos integrando a Calypso, ela disse que estava "acomodada" e que pretende tomar um caminho diferente.
"É complicado falar porque eu acho que estava acomodada com aquilo tudo, sempre todo mundo dirigindo meu trabalho e minha vida. Agora tomei as rédeas de tudo. Isso mudou completamente tudo. Renasceu uma Joelma que eu pensei que não existia mais, aquela lá do início. Levantar e fazer tudo com muita energia e muita garra, sem pensar no amanhã. Vamos que vai dar certo. Me surpreendi até comigo mesma", afirmou.
Joelma salientou ainda que a maneira de cantar, dançar e se vestir sempre foi uma criação dela e que não vai abandonar, mas apenas dar uma "repaginada". No entanto, prometeu mudanças mais drásticas em relação à carreira artística. "Musicalmente falando, os arranjos e tudo mais, era 40% meu e agora é 100% parecido comigo. Sou 100% eu", diz.
A artista também afirmou que se surpreendeu com a aceitação dos fãs depois que resolveu tocar sua carreira sozinha. “99% dos fã-clubes da Calypso migraram para Joelma. Foi uma surpresa muito boa, não esperava, fiquei muito feliz porque isso me levantou mais rápido, me fez esquecer o passado”, calcula.
Público vai ao delírio
Em cima do palco, Joelma demonstrou que seu trabalho ainda carrega muito do que foi construído na Calypso. Grande parte do repertório era composto de grandes e antigos sucessos da banda, como "Cavalo Manco", que abriu o show, "Dudu" e "Imagino", mesclado com novas canções do seu CD que será lançado em breve, como "Aí coração", que fez vários presentes chorarem.
Quem foi acompanhar o show aprovou a nova roupagem. "Sou suspeito para falar, pois acompanho ela há 15 anos. Está maravilhoso. Apesar de tudo que aconteceu, ela deu a volta por cima e não perdeu a humildade. Abraçou e deu certo. É muito especial. Saiu de um patamar para outro", disse o cabeleireiro Hiago Pereira, de 23 anos.
Para a gerente de pet shop Taiany de Lima, a apresentação superou todas suas expectativas. "O show está ótimo. Gritei muito, fique até descontrolada. Ela está muito a vontade", elogiou.
Durante 1h50, Joelma trocou de roupa por duas vezes, tocou violão, citou praticamente todos os fã-clubes e se emocionou logo após a quinta música. "Foi muito trabalho para chegar até aqui. Mas quem tem Deus, tem tudo", disse ela com a voz embargada.
Loucuras de fãs
O show estava previsto para começar às 22 horas, mas só foi iniciado às 1h da manhã. Nada que desanimasse o público que formava uma longa fila do lado de fora. Nela, havia pessoas de lugares como Amazonas, Piauí, Distrito Federal, São Paulo e Acre, além de goianos.
Dentre eles, um grupo de dez pessoas que viajou de São Luís, no Maranhão, especialmente para a estreia da nova turnê. Segundo um deles, o estudante Hiago dos Santos, de 21 anos, eles estavam na capital desde a última segunda-feira (14) para acompanhar todos os passos da ídola.
Em primeiro lugar na fila, ele pouco se importou em esperar por mais de 14 horas para ver a cantora. "Estou aqui desde as 8 horas [os portões foram abertos às 22h30]. O show de estreia a gente fica apreensivo, quer ficar mais perto. Sou fã há mais de dez anos e agora acompanho ela. Ela é a estrela", pontua ele, que faltou uma semana de aulas para viajar.
Integrante do mesmo grupo, a atendente Crislene Lima, de 23 anos, foi além. Ela perdeu o emprego para acompanhar Joelma. "Trabalho eu arrumo outro, mas a Joelma é única. O que eu mais gosto é o ritmo dançante, que me emociona e não deixa a gente ficar para baixo", opina.
Outro que também não mediu esforços foi o fotógrafo Leonardo Vieira, de 23 anos. Ele e mais 12 pessoas, membros do fã-clube "A gente se encontra", alugaram uma van e saíram de Brasília para o show.
"A expectativa está a mil, confiantes no que ela plantou. Ela quer sempre o melhor para os fãs. Viemos aqui para ver ela brilhar. Ela tem garra, poder na cultura brasileira e humildade. Nós só retribuímos o esforço", derrete-se.
O mecânico Ferdinando Assis, 25, já perdeu as contas do que já fez para acompanhar Joelma. Entre as loucuras, está uma viagem sem nenhum centavo no bolso e gastos exorbitantes para uma ocasião especial.
"Já fui para ver show dela no Rio de Janeiro e São Paulo. Nem sei explicar isso. Hoje fiquei tão nervoso que mal consegui dormir. Viajei uma vez para o Rio Grande do Norte sem dinheiro nenhum e dormi na rodoviária, mas assisti ao show, que era gratuito. Outra vez, paguei R$ 3 mil para ir à Belém ver a gravação de um DVD", enumera.
Fonte: G1
Questionada pelo G1 no camarim, pouco antes do show começar, sobre o que iria marcar a nova fase de sua carreira solo após vários anos integrando a Calypso, ela disse que estava "acomodada" e que pretende tomar um caminho diferente.
"É complicado falar porque eu acho que estava acomodada com aquilo tudo, sempre todo mundo dirigindo meu trabalho e minha vida. Agora tomei as rédeas de tudo. Isso mudou completamente tudo. Renasceu uma Joelma que eu pensei que não existia mais, aquela lá do início. Levantar e fazer tudo com muita energia e muita garra, sem pensar no amanhã. Vamos que vai dar certo. Me surpreendi até comigo mesma", afirmou.
Joelma salientou ainda que a maneira de cantar, dançar e se vestir sempre foi uma criação dela e que não vai abandonar, mas apenas dar uma "repaginada". No entanto, prometeu mudanças mais drásticas em relação à carreira artística. "Musicalmente falando, os arranjos e tudo mais, era 40% meu e agora é 100% parecido comigo. Sou 100% eu", diz.
A artista também afirmou que se surpreendeu com a aceitação dos fãs depois que resolveu tocar sua carreira sozinha. “99% dos fã-clubes da Calypso migraram para Joelma. Foi uma surpresa muito boa, não esperava, fiquei muito feliz porque isso me levantou mais rápido, me fez esquecer o passado”, calcula.
Público vai ao delírio
Em cima do palco, Joelma demonstrou que seu trabalho ainda carrega muito do que foi construído na Calypso. Grande parte do repertório era composto de grandes e antigos sucessos da banda, como "Cavalo Manco", que abriu o show, "Dudu" e "Imagino", mesclado com novas canções do seu CD que será lançado em breve, como "Aí coração", que fez vários presentes chorarem.
Quem foi acompanhar o show aprovou a nova roupagem. "Sou suspeito para falar, pois acompanho ela há 15 anos. Está maravilhoso. Apesar de tudo que aconteceu, ela deu a volta por cima e não perdeu a humildade. Abraçou e deu certo. É muito especial. Saiu de um patamar para outro", disse o cabeleireiro Hiago Pereira, de 23 anos.
Para a gerente de pet shop Taiany de Lima, a apresentação superou todas suas expectativas. "O show está ótimo. Gritei muito, fique até descontrolada. Ela está muito a vontade", elogiou.
Durante 1h50, Joelma trocou de roupa por duas vezes, tocou violão, citou praticamente todos os fã-clubes e se emocionou logo após a quinta música. "Foi muito trabalho para chegar até aqui. Mas quem tem Deus, tem tudo", disse ela com a voz embargada.
Loucuras de fãs
O show estava previsto para começar às 22 horas, mas só foi iniciado às 1h da manhã. Nada que desanimasse o público que formava uma longa fila do lado de fora. Nela, havia pessoas de lugares como Amazonas, Piauí, Distrito Federal, São Paulo e Acre, além de goianos.
Dentre eles, um grupo de dez pessoas que viajou de São Luís, no Maranhão, especialmente para a estreia da nova turnê. Segundo um deles, o estudante Hiago dos Santos, de 21 anos, eles estavam na capital desde a última segunda-feira (14) para acompanhar todos os passos da ídola.
Em primeiro lugar na fila, ele pouco se importou em esperar por mais de 14 horas para ver a cantora. "Estou aqui desde as 8 horas [os portões foram abertos às 22h30]. O show de estreia a gente fica apreensivo, quer ficar mais perto. Sou fã há mais de dez anos e agora acompanho ela. Ela é a estrela", pontua ele, que faltou uma semana de aulas para viajar.
Integrante do mesmo grupo, a atendente Crislene Lima, de 23 anos, foi além. Ela perdeu o emprego para acompanhar Joelma. "Trabalho eu arrumo outro, mas a Joelma é única. O que eu mais gosto é o ritmo dançante, que me emociona e não deixa a gente ficar para baixo", opina.
Outro que também não mediu esforços foi o fotógrafo Leonardo Vieira, de 23 anos. Ele e mais 12 pessoas, membros do fã-clube "A gente se encontra", alugaram uma van e saíram de Brasília para o show.
"A expectativa está a mil, confiantes no que ela plantou. Ela quer sempre o melhor para os fãs. Viemos aqui para ver ela brilhar. Ela tem garra, poder na cultura brasileira e humildade. Nós só retribuímos o esforço", derrete-se.
O mecânico Ferdinando Assis, 25, já perdeu as contas do que já fez para acompanhar Joelma. Entre as loucuras, está uma viagem sem nenhum centavo no bolso e gastos exorbitantes para uma ocasião especial.
"Já fui para ver show dela no Rio de Janeiro e São Paulo. Nem sei explicar isso. Hoje fiquei tão nervoso que mal consegui dormir. Viajei uma vez para o Rio Grande do Norte sem dinheiro nenhum e dormi na rodoviária, mas assisti ao show, que era gratuito. Outra vez, paguei R$ 3 mil para ir à Belém ver a gravação de um DVD", enumera.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário