O Senado Federal deve votar nesta semana o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que torna o crime de estupro imprescritível. Já aprovada em primeira votação, a matéria está na pauta desde antes do recesso parlamentar, em julho, mas ainda não foi avaliada por falta de quórum.
No total, 28 senadores assinam a PEC. Se aprovada, a proposta permitirá que vítimas possam denunciar o agressor a qualquer momento, mesmo que o crime tenha sido cometido há muitos anos. Atualmente, estupros prescrevem, ou seja, o autor não pode ser condenado pelo ato, em até 20 anos.
No Brasil, são imprescritíveis os crimes de racismo e o de ação de grupos armados contra a Ordem Constitucional e o Estado Democrático. Estudo do IPEA diz que, da média de 527 mil tentativas de estupro ou estupro consumado, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia.
Entre os principais motivos para essa realidade, diz a pesquisa, estão o receio das vítimas em sofrerem preconceito e serem expostas, além do medo de ser ridicularizada e questionada ao fazer a denúncia, já que muitas delas, ao relatarem o crime, são acusadas de causá-lo por estarem de roupas curtas ou terem bebido, por exemplo
No total, 28 senadores assinam a PEC. Se aprovada, a proposta permitirá que vítimas possam denunciar o agressor a qualquer momento, mesmo que o crime tenha sido cometido há muitos anos. Atualmente, estupros prescrevem, ou seja, o autor não pode ser condenado pelo ato, em até 20 anos.
No Brasil, são imprescritíveis os crimes de racismo e o de ação de grupos armados contra a Ordem Constitucional e o Estado Democrático. Estudo do IPEA diz que, da média de 527 mil tentativas de estupro ou estupro consumado, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia.
Entre os principais motivos para essa realidade, diz a pesquisa, estão o receio das vítimas em sofrerem preconceito e serem expostas, além do medo de ser ridicularizada e questionada ao fazer a denúncia, já que muitas delas, ao relatarem o crime, são acusadas de causá-lo por estarem de roupas curtas ou terem bebido, por exemplo
Ceará tem 157 casos de leishmaniose e 10 pessoas mortas
Representantes do Centro de Controle de Zoonoses estiveram na manhã no Parque do Cocó com ação de conscientização sobre a doença e vacinação de animais |
Transmitida pelo mosquito palha, a leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar, já fez 10 vítimas humanas fatais no Ceará somente em 2017. De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), já são 157 casos confirmados no Estado, estando a doença presente em quase todos os municípios.
Diante desses números e para abrir a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que ocorre entre os dias 7 e 11 de agosto, a Sesa em parceria com a Secretaria de Saúde de Fortaleza, Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estiveram na manhã de hoje (6), no Parque do Cocó com ação de conscientização sobre a doença. A iformaçao é do Diário do Nordeste.
A médica veterinária e assessora técnica do Grupo de Leishmanioses do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet) da Sesa, Ana Paula Bouty, explica que a leishmaniose está disseminada e passa por uma urbanização desde a década de 80. "Isso occore devido ao crescimento desordenado da cidade e as transformações ambientais, então, hoje, a gente encontra o mosquito do calazar em todos os bairros de Fortaleza e em quase todos os municípios do Ceará".
Ela lembra que o mosquito palha é atraído pelo lixo em decomposição. "Uma das formas de prevenir é com limpeza, não deixando os resíduos de matéria entrarem em decomposição, acondicionando e dando destino correto ao lixo", destaca Ana Paula.
A transmissão da leishmaniose visceral ocorre por meio da picada do mosquito palha, que introduz no hospedeiro o protozoário causador. Dessa forma, o mosquito pode transportar a doença ao picar um animal doente e picar um ser humano.
Animais
O secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, destaca a parceria com órgãos protetores para reduzir o número de animais em situação de abandono, o que contribui para controlar a doença. "O animal abandonado tem muito mais possibildiade de adoecer e inclusive essa doença chegar aos seres humanos do que o animal doméstico que é cuidado dentro de casa, levado para clínicas"
Para isso, ele destaca o trabalho da Sema realizando campanhas contra o abandono, crime conforme a Lei 9605/98, e campanhas de adoção de animais e de castração em parceria com o curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Sintomas
De acordo com Ana Paula, os principais sintomas da doença nos humanos são febre alta, falta de apetite e perda de peso. Em casos mais avançados, a pessoa infectada também pode apresentar aumento da região do abdômen devido ao crescimento do baço e do fígado. "Um dos primeiros sintomas que aparecem é uma febre alta de sete dias e que não regride com medicamento", frisa Ana Paula.
"A gente sempre recomenda que, se a pessoa mora em uma região que ela já tenha tomado conhecimento de que há casos de leishmaniose e está apresentando esses sintomas, que ela procure a unidade de saúde mais próxima. O tratamento para o humano é gratuito e tem como hospital de referência o São José", ressalta a médica veterinária da Sesa.
Alguns desses sintomas também aparecem no animal infectado, segundo Ana Paula. "Ele também tem perda de peso e perda de apetite. O animal pode ainda apresentar queda de pelos, lacrimejamento, lesões no focinho e na ponta das orelhas e também pode ter feridas pelo corpo, distenção do abdômen e crescimento acelerado das unhas", detalha.
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