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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Reportagem da Globo aponta que Ceará é o segundo estado brasileiro com mais bandidos membros da facção PCC

Reportagem
Reportagem do Bom-Dia Brasil mostrou o avanço das taxas de homicídios no Ceará neste ano
VEJA A REPORTAGEM DO BOM-DIA BRASIL: 
O Ceará é o segundo estado do país com maior número de integrantes de uma organização criminosa que domina o Sistema Penitenciário e comanda ataques a delegacias, bancos e ao sistema de transporte. São cerca de seis mil bandidos. A informação foi revelada em reportagem especial apresentada nesta quarta-feira (30) no telejornal “Bom-Dia Brasil”, da rede Globo de Televisão.
Sem citar o nome da organização criminal, mas se referindo ao PCC (Primeiro Comando da Capital), a reportagem ouviu especialistas em Segurança Pública sobre o avanço do crime no estado. E os números apresentados são assustadores. Nos primeiros seis meses do ano, 2.229 pessoas foram assassinadas no Ceará, um aumento da ordem de 25 por cento em comparação ao primeiro semestre de 2016.
Segundo ainda a reportagem, o Ceará só perde para São Paulo no número de criminosos ligados ao PCC, lembrando que foi nos presídios paulistas onde a organização criminosa se originou. Atualmente, 73 por cento dos bandidos da facção que atuam no Nordeste se concentram no Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas.  Os dados segundo a Globo, foram obtidos junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).
Ordem de ataques
Luiz Fábio Paiva, integrante do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), diz que entre 40 a 60 por cento dos presos recolhidos nas unidades penais do Ceará estão atrás das grades indevidamente, e quando são colocados nos grandes presídios se vêem obrigados a aderir às facções como forma de proteção.
Também ouvido na reportagem, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará, Francisco Lucas da Silva , diz que as facções estão, cada vez mais, se organizando e as ordens para os ataques fora das cadeias partem das CPPLs (Casas de Privação Provisória da Liberdade).
Já o promotor de justiça Linconl Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao crime Organizado (Gaeco), de São Paulo, afirma que as facções estão ligadas umbilicalmente ao tráfico de entorpecentes e a “guerra” travada entre elas inicialmente apenas dentro das cadeias agora se expandiu para as ruas das cidades e as mortes estão impactando nas estatísticas dos homicídios no País e, em especial, no Nordeste.
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Justiça suspende realização de vaquejada no Ceará


A 28ª Vaquejada de Quixeramobim esta impedida de acontecer, por ordem da Justiça. O evento estava previsto para acontecer nos dias 7, 8 e 9 de setembro, mas foi suspenso por decisão da juíza Kathleen Nicola Kilian, titular da 1ª Vara da Comarca do município. Em caso de descumprimento, a organização da vaquejada deverá pagar multa diária de R$ 100 mil, além de ter todo o equipamento e animais utilizados apreendidos.

A decisão foi proferida nesta quarta-feira (28) a partir de ação ajuizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) para que os organizadores do evento não autorizassem, apoiassem ou realizassem qualquer ato que colabore com a realização de vaquejada ou outro evento similar, que envolva maus-tratos e crueldade aos animais.

O pedido foi deferido pela juíza sob o entendimento de que a vaquejada é uma prática inconstitucional. A magistrada explicou que a Constituiçao Federal expõe o direito fundamental da coletividade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. "Apesar da tradição da prática da vaquejada em algumas regiões do país, como neste Estado do Ceará, entendo que a prática é incompatível com os preceitos constitucionais que impõem ao Poder Público assegurar um meio ambiente equilibrado, evitar desnecessário tratamento cruel de animais e preservar a fauna", ressaltou.

Registro de patrimônio cultural

Embora a Emenda Constitucional nº 96/2016 traga a possibilidade de considerar atividades com animais como manifestação cultural, a magistrada reiterou que a vaquejada não atende nenhuma das duas condições limitadoras para receber essa classificação. A norma constitucional diz que é necessário o registro da atividade como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, assim como ela deve ser regulamentada por uma lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.

A juíza ainda destacou a falta de um registro de que a vaquejada seja considerada um patrimônio cultural junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão responsável pelo registro.

Fonte: G1

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