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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Iniciado processo de expulsão de 3 nomes do PMDB


Agenor Neto

Audic Mota

Silvana Oliveira

A presidência do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), no Ceará, iniciou o processo de expulsão de três deputados estaduais da legenda com assento na Assembleia Legislativa. Com a decisão, sobe para cinco o número de parlamentares que podem deixar seus partidos, uma vez que o PSD, já há alguns meses, quer expulsar dois de seus filiados com mandato legislativo estadual. A bancada peemedebista na Casa tem, atualmente, cinco deputados.
O processo de expulsão dos peemedebistas tem relação direta com a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), uma vez que uma das alegações do partido diz respeito ao desrespeito dos três parlamentares à decisão da legenda, que fechou questão contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pôs fim à Corte de Contas. Silvana Oliveira, Agenor Neto e Audic Mota votaram a favor da matéria e fazem parte da base de apoio ao governador Camilo Santana (PT) na Casa, indo de encontro à determinação partidária, visto que o PMDB é oposição à gestão estadual.
Desde dezembro do ano passado, quando da votação da composição da Mesa Diretora, Audic Mota e Agenor Neto se alinharam ao Governo. Mota, inclusive, foi eleito primeiro-secretário em chapa encabeçada pelo pedetista Zezinho Albuquerque. Já Silvana Oliveira se aproximou da gestão de Camilo mais recentemente, quando da votação da PEC do TCM, após ela assumir a liderança do bloco formado por PMDB, PSD e PMB.
Defesa
O PMDB notificou os deputados a apresentarem defesa, no prazo de 15 dias, assim como provas e testemunhas no processo que começou a partir da notificação. Não obedecendo o prazo, eles terão aceitado como verdadeiro o que consta no processo. A audiência de instrução dos peemedebistas está marcada para 11 de setembro, às 9 horas. Os representados deverão comparecer, contestando ou não, para depoimento pessoal e oitiva de testemunhas. Estas deverão comparecer independentemente de uma intimação formal.
O conselho de ética do PMDB foi acionado pela comissão executiva do partido do Ceará, na pessoa de seu presidente em exercício, Gaudêncio Lucena. Na decisão, o dirigente autoriza a instalação de processo ético-disciplinar contra os parlamentares Audic Cavalcante Mota Dias, Agenor Gomes de Araújo Neto e Silvana Oliveira de Sousa.
De acordo com o regimento da sigla, o descumprimento de "fechamento de questão" pode ensejar em algumas sanções, que vão desde advertência até a expulsão, conforme descrito no código de ética do partido.
Os deputados Agenor Neto e Silvana Oliveira foram notificados ainda na manhã de ontem. Já Audic Mota disse ao Diário do Nordeste que não estava ciente do ocorrido. "Eu ainda não conversei com os outros deputados sobre isso, mas o que sei é que vou dar muito trabalho para ser expulsa", disse Silvana.
"Eu entrei no PMDB com as minhas próprias pernas e provarei que minha guinada tem motivação lógica e tenho como comprovar. Jamais colocaria minha coerência em risco", afirmou a parlamentar, que tem feito críticas ao presidente Michel Temer. Segundo ela, o correligionário tem atuado contra a população.
Outro partido
Dois deputados do PSD também estão em vias de colisão com a legenda, uma vez que atuaram de forma contrária à decisão partidária. Osmar Baquit chegou a ser expulso do partido, mas recorreu à Justiça e permanece na agremiação sob força de liminar. Já o deputado Gony Arruda, também do PSD, disse que não recebeu qualquer intimação do partido quanto à sua expulsão, afirmando ainda que não tem mantido diálogo com o grêmio.
O PMDB, diferente do que aconteceu no PSD em relação a Osmar Baquit, está adotando todos os trâmites para permitir a defesa e a contestação por parte de seus filiados. Já no PSD, a decisão da legenda não ouviu o contraponto de nenhum de seus representantes, o que permitiu contestação junto à Justiça.
A deputada Bethrose, do PMB, é outra que pode ser convocada pelo partido para prestar esclarecimentos sobre seu posicionamento na Assembleia. Dentre os membros do bloco formado por PMDB, PMB e PSD, somente Roberto Mesquita (PSD), Odilon Aguiar (PMB), Leonardo Araújo (PMDB) e Danniel Oliveira (PMDB) fazem oposição à gestão Camilo Santana. Os demais são favoráveis ao governador.
Fonte: Diário do Nordeste

Famílias de Pernambuco fazem gás de cozinha com esterco, e param de comprar botijão


Pelo menos 500 famílias do Nordeste estão sem despesa com a compra de botijão de gás de cozinha depois que ganharam biodigestores em suas propriedades para produção de gás por meio de esterco de animais. Em Caruaru (PE), por exemplo, duas famílias de assentamentos do MST (Movimento Sem Terra) ganharam biodigestores e cozinham nos fogões com o gás produzido com esterco de gado que criam em suas propriedades.

A agricultora Lúcia da Silva, 40, relata o alívio de não ter mais a despesa com a compra de gás de cozinha para a família, que tem nove integrantes, desde que o biodigestor entrou em funcionamento, em 2015. A economia feita com biodigestor incrementa a alimentação dos filhos e netos. A informação é do UOL.

"Um botijão custa R$ 55 e não dá para o mês todo porque somos nove pessoas. Vivíamos com dificuldade, até usando lenha quando faltava o gás, mas hoje temos a tranquilidade de ter gás o tempo todo e sem pagar nada."

Para alimentar o biodigestor, de três em três dias, a agricultora coloca três latas de esterco de gado e três latas de água no tanque de mescla, que é interligado com o recipiente do biodigestor onde ocorre a fermentação das fezes com bactérias anaeróbicas que produzem vários gases, sendo metano o principal.


Em seguida, o sistema a ser ligado por uma válvula começa a liberar o gás para os canos, que chegam até o fogão, que fica na cozinha da família.
Esterco é reutilizado como adubo

O biodigestor ainda tem um reservatório de descarte de esterco que é usado para adubar as plantações do lote de terra da família.

"Em quase dois anos de uso, nunca tivemos problema. Não compramos gás e ainda usamos como adubo o resto do esterco que é maturado dentro do biodigestor nas nossas plantações", diz a agricultora.

A pequena propriedade está dentro do assentamento do MST Lagoa Azul, que fica localizada no sítio Lages, zona rural de Caruaru. Lá são plantados milho, mandioca, feijão, tomate, hortaliças, como cebolinha, coentro e alface.

O agente comunitário de saúde, Marcelino Luiz Silva, que trabalha na área há mais de 15 anos, destaca a importância do biodigestor para beneficiar famílias carentes. Ele observa que as duas famílias do assentamento que ganharam o equipamento hoje estão com mais qualidade na alimentação devido ao adubo usado nas plantações e também porque não têm mais a despesa de comprar gás.

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