Tenente Carlos Scheifer |
Um grupo de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Mato Grosso forjou a morte do tenente Carlos Henrique Scheifer, de 28 anos, ocorrida em maio deste ano. Uma perícia da Corregedoria da Polícia Militar comprovou que o tiro que matou o oficial partiu da arma de um dos policiais e não de assaltantes durante um confronto, como defenderam os agentes no primeiro depoimento.
Ao UOL, a assessoria da PM do estado confirmou o resultado do laudo, que será enviado ao Ministério Público Estadual (MPE) ainda nesta semana. Já o inquérito policial militar deve ser enviado para a Justiça Militar.
Segundo o Corregedor da PM no Mato Grosso, coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva, o disparo aconteceu em uma operação noturna, durante uma tocaia em um matagal na zona rural de Matupá. "Naquela manhã, já haviam capturado quatro homens suspeitos de integrarem uma mesma quadrilha", diz a assessoria da PM.
"Durante o inquérito, o oficial encarregado solicitou exame de balística e constatou, lamentavelmente, que o disparo que vitimou o Tenente Scheifer partiu da arma de outro policial militar que o acompanhava", diz a PM.
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Agora, a versão dos oficiais do Bope mudou. De acordo com eles, o tenente teria se levantado abruptamente na ocasião, assustando um dos companheiros, que atirou ao confundi-lo com um criminoso. "Quando perceberam que não era nenhum suspeito, eles inventaram essa história de que seria um confronto", afirmou a assessoria.
Por enquanto, os policiais estão afastados das atividades operacionais do Bope e vão responder criminalmente por mentir no boletim de ocorrência. "O inquérito policial militar busca individualizar as condutas e, após conclusão, será enviado para a Justiça Militar."
Enquanto três policiais serão indiciados por prevaricação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime, o cabo que matou o tenente responderá por homicídio.
Procurada, a assessoria do Bope do Mato Grosso não comenta o assunto.
Fonte: Uol Notícias
Carboidrato causa mais risco para coração do que carne, aponta estudo
As gorduras não são os principais "assassinos" do coração, mas sim os carboidratos, é o que diz um estudo apresentado nessa terça-feira (29) no Congresso Europeu de Cardiologia, que ocorre em Barcelona, na Espanha. A pesquisa "PURE" (Prospective Urban Rural Epidemiology), conduzida pela Universidade de Hamilton, em Ontário, no Canadá, foi publicada na revista científica "Lancet" e questiona dezenas de estudos e trabalhos científicos já debatidos até agora sobre a prevenção da saúde cardíaca.
De acordo com Mahshid Dehghan, pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde da População da Universidade McMaster, "a redução da gordura não melhoraria a saúde das pessoas".No entanto, os benefícios resultariam da redução de glicídios, ou seja, carboidratos, e "do aumento da gordura total em até 35%".
Os resultados das análises em mais de 135 mil indivíduos de 18 países de baixa, média e alta renda demonstram que a alta ingestão de carboidratos gera um grande risco de mortalidade cardiovascular".
A ingestão de gordura, de acordo com os dados, está surpreendentemente associada a menores riscos. As pessoas que mais consumiram gordura apresentaram uma redução de 23% no risco total de mortalidade, além de ter 18% a menos de chances de sofrer um acidente vascular cerebral.
Cada tipo de gordura foi associada a uma redução no percentual total dos riscos de mortalidade: saturada (-14%); monoinsaturada (-19%), poliinsaturadas (-29%). Entretanto, uma maior ingestão de gordura saturada também foi associada a uma redução de 21% no risco de um acidente cardiovascular (AVC).
Fonte: Ansa
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