Web Radio Cultura Crato

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Paraplégicos recuperam mobilidade e vida sexual após tratamento com Nicolelis


Os pacientes paraplégicos acompanhados pelo grupo do Neurocientista Miguel Nicolelis receberam treinamentos com uso de realidade virtual e de robótica, como o exoesqueleto da foto (Foto: Reprodução/Nature/Lente Viva Filmes)

Pacientes paraplégicos com antigas lesões na medula espinhal apresentaram melhoras sem precedentes na mobilidade e nas sensações com um treinamento de realidade virtual e o uso da robótica controlada pelo cérebro, informou nesta quinta-feira (11)  uma equipe de cientistas liderada pelo brasileiro Miguel Nicolelis.

Alguns pacientes conseguiram até mesmo reiniciar sua vida sexual graças a esse tratamento de reeducação cerebral e física experimentado no Brasil.

Seis homens e duas mulheres que perderam completamente o uso dos membros inferiores registraram progressos significativos, relataram os pesquisadores na revista "Scientific Reports".

Em quatro casos, os médicos foram capazes de melhorar seu status para "paralisia parcial", um nível inédito de melhoria através de técnicas não-invasivas.

Um deles --uma mulher de 32 anos paraplégica há mais de uma década - pode ter vivenciado a transformação mais dramática. No início dos testes, realizados em uma clínica de São Paulo, ela era incapaz de permanecer de pé mesmo com a ajuda de suportes. Treze meses depois, ela conseguia andar com a ajuda desses suportes e de um terapeuta, e passou a realizar o movimento de andar suspensa a partir de um arnês.

"Nós não poderíamos ter previsto este resultado clínico surpreendente quando o projeto começou", explicou o paulista Miguel Nicolelis, neurocientista da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, e o principal arquiteto desta pesquisa de reabilitação.

"Até agora, ninguém viu a recuperação dessas funções em um paciente tantos anos depois de ter sido diagnosticado com paralisia completa", contou a jornalistas em uma entrevista por telefone.

Uma das mulheres recuperou suficientemente as sensações --em sua pele e dentro do corpo-- "que decidiu ter um bebê", contou Nicolelis. "Ela conseguia sentir as contrações", afirmou.

O progresso se traduziu em uma melhor qualidade de vida, segundo relatos dos próprios pacientes, acrescentou.

A terapia inovadora combinou diversas técnicas para estimular partes do cérebro que antes da paralisia controlavam os membros dos pacientes, inativas há muito tempo.

A reabilitação começou por fazer com que eles aprendessem como operar um Doppelganger digital (ou avatar) dentro de um ambiente de realidade virtual.

Ao mesmo tempo, os pacientes usavam gorros justos revestidos com 11 eletrodos para registrar a atividade cerebral através de EEG, ou eletroencefalografia.

Desempenho sexual

Inicialmente, quando eles foram convidados a se imaginar caminhando enquanto estavam imersos em um mundo digital 3D, as partes do cérebro associadas ao controle motor das pernas não conseguiam acender.

"Se você falasse ´use suas mãos´ havia atividade cerebral", explicou Nicolelis. "Mas o cérebro apagou quase completamente a representação de seus membros inferiores".

Depois de meses de treinamento, estas partes do cérebro há muito tempo adormecidas começaram a despertar.

Nesse ponto, os pacientes aprenderam a utilizar equipamentos mais desafiadores que exigiam algum controle de sua postura, equilíbrio e capacidade de usar os membros superiores, incluindo arnês suspensos --comuns em centros de fisioterapia-- que carregam o peso do corpo.

Eles também utilizaram exoesqueletos robóticos, não muito diferentes das armaduras articuladas e de alta tecnologia do herói dos quadrinhos Homem de Ferro.

Nestes testes, os pacientes usavam um dispositivo no braço equipado com uma tecnologia ´touch´, chamada de "haptic feedback", que utiliza uma série de vibrações únicas - algo como os solavancos e zumbidos que os jogadores de videogame sentem com o controle nas mãos - para ajudar o cérebro a treinar.

Quando um avatar anda na areia, por exemplo, o paciente sente uma pressão diferente em relação à constatada na grama ou no asfalto.

"O cérebro do paciente cria a sensação de que eles estão andando sozinhos, não com a ajuda de aparelhos", uma espécie de ilusão, explicou Nicolelis.

Sua teoria --que ainda não foi provada-- é que este processo estimula alterações não apenas no cérebro, mas também na medula espinhal danificada. Os resultados vistos até agora parecem confirmar isso.

Com os oito pacientes atualmente em seu segundo ano de treinamento, Nicolelis prepara um estudo de acompanhamento buscando mudanças em sua qualidade de vida.

"Eles constataram, em seus próprios termos, uma melhoria muito significativa - em termos de mobilidade, ser capaz de sentir as pernas e a pele", contou aos jornalistas. "Também houve uma melhoria no desempenho sexual para os homens", acrescentou, notando que alguns deles recuperaram "a possibilidade de ter relações sexuais e ereções.".

Fonte: AFP


Mulher é morta com tiros na cabeça em Natal; ex-namorado é suspeito


Mykaella Ruanna foi morta com 5 tiros na cabeça (Foto: Arquivo pessoal)


Uma mulher de 21 anos foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (11) em frente a uma academia no bairro das Rocas, na Zona Leste de Natal. De acordo com a Polícia Militar, Mykaella Ruanna Pereira Fagundes estava conversando com uma amiga quando foi baleada na cabeça. O ex-namorado da vítima é o principal suspeito do crime.

Segundo a PM, o crime aconteceu por volta das 20h30. Mykaella e uma amiga estavam em frente a uma academia quando um carro prata se aproximou e o criminoso que estava no banco do passageiro atirou. A amiga não foi atingida, mas Mykaella levou cinco tiros na cabeça.

A vítima trabalhava como diarista. A mãe da jovem informou à polícia que a filha havia terminado recentemente com o namorado, que está preso. O detento teria ligado para Mykaella para avisar que mandaria dinheiro para o filho do casal, que tem 3 anos. Na hora marcada do encontro para receber a quantia, os criminosos atiraram na mulher.

A Polícia Civil vai investigar se o crime tem mesmo motivação passional. Até o momento ninguém foi preso.

Fonte: G1 RN

14 mil motoristas têm CNH suspensa por mês em SP


O número, recorde, é 194% maior do que o registrado em 2013, primeiro ano da gestão Fernando Haddad (Foto: Divulgação)

Por mês, 14 mil motoristas, em média, têm a carteira nacional de habilitação (CNH)suspensa em São Paulo. O número, recorde, é 194% maior do que o registrado em 2013, primeiro ano da gestão Fernando Haddad (PT), que teve média mensal de 4,7 mil suspensões. As punições por excesso de multas avançam desde o ano passado, quando a Prefeitura reduziu os limites de velocidade, o que já leva a 12 autuações por dia - como a reportagem mostrou nesta quinta-feira, 11.

Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e não incluem motoristas que perderam a habilitação por embriaguez ao volante. A carta é suspensa quando se atinge 20 pontos. Ao longo de 2013, houve 55 mil suspensões. Neste ano, até junho, foram 81 mil. Em 2014, a média mensal foi de 6,9 mil, saltando para 13,1 mil em 2015 - quando a redução de velocidade das Marginais foi implementada. Há 4,5 milhões CNHs na capital.

O crescimento das autuações ainda criou uma dificuldade extra na capital paulista. O Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV), órgão da Prefeitura, vem perdendo prazos para envio ao Detran de solicitações para indicação de condutor quando uma pessoa é multada dirigindo o carro de outra. Assim, os pontos estão indo para proprietários que não cometeram infrações.

Faz tantos meses que o metalúrgico Leonardo Alves, de 31 anos, enviou pelos Correios um pedido de transferência de multa da sua CNH que ele não se lembra da data da infração. "Sei que foi no ano passado", disse.

Alves emprestou o veículo para um amigo e, ao receber a notificação de penalidade em casa, reuniu documentação e enviou por correspondência.

"Tinha mandado por carta e estava tranquilo. Tomei um susto quando chegou uma correspondência informando que a minha carteira seria suspensa. Tive de vir pessoalmente no Detran para resolver", afirmou. Na terça-feira, 10, o metalúrgico aguardou por mais de quatro horas e passou por três setores até concluir o processo.

A Prefeitura, que admite o problema, não informa o total de prejudicados. "Posso passar o número dentro de 15 dias", diz o diretor do DSV, Afonso Alonso. Segundo ele, após contato com o Detran, as multas de trânsito da cidade estão sendo reprocessadas e os motoristas que perderam pontos que deveriam ser transferidos serão avisados por correio da falha - e da correção do problema. "Também reforçamos as equipes."

Infratores

Na quarta-feira, 10, , em entrevista à TV Estadão, o prefeito Haddad lembrou que cerca de 5% dos motoristas são responsáveis por 50% das multas de trânsito aplicadas na capital paulista e defendeu as políticas de redução de velocidade e aumento da quantidade de radares, destacando a redução de acidentes e de vítimas - cerca de 9 mil acidentes e 250 mortes a menos no último ano, segundo ele.

O professor de engenharia de trânsito Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI), concorda com a iniciativa como forma de reduzir os acidentes. Para ele, no entanto, "a quantidade alta de infrações é resultado do fato de que o dinheiro arrecadado (com as multas) não está sendo usado na educação de trânsito". O professor acredita que, se fossem educados sobre os riscos do excesso de velocidade, os infratores tirariam o pé do acelerador.

Na terça-feira, a Justiça determinou que a gestão deixe de usar as verbas do Fundo Municipal do Desenvolvimento de Trânsito de São Paulo para pagamento de despesas operacionais e de custeio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), "inclusive folha de pagamento dos funcionários". Para a juíza Carmen Cristina Oliveira, "a receita com as multas deve ser empregada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação".

Fonte:estadao

Nenhum comentário:

Postar um comentário