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sábado, 1 de setembro de 2018

Feminicídios e guerra de facções já deixaram mais de 300 mulheres morta no Ceará

A violência armada contra a mulher se expande em todas as regiões do Ceará

322 mulheres já foram assassinadas no Ceará em 2018. O ano pode fechar com mais de 400 vítimas. Os crimes do gênero parecem ter sido “turbinados” pela guerra travada entre as facções criminosas que dominam o estado a partir do Sistema Penitenciário. Mas, além das execuções sumárias decretadas pelos traficantes dessas organizações, há também diversos casos de feminicídios, mulheres que acabaram pagando com a própria vida a intolerância, o ciúme descontrolado e o machismo de seus ex-companheiros, ex-namorados ou mesmo maridos.
Somente nesta semana, ao menos, dois casos chamaram a atenção das autoridades. Em dois Municípios do interior cearense a história se repetiu: o ex-marido matou a ex-companheira e logo depois praticou o suicídio. Os casos aconteceram     em Cedro e em Brejo Santo.  No Brasil, uma mulher é assassinada a cada hora. E, por conta disso, já tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa tornar mais duras as penas para aqueles que cometem feminicídios. A lei deverá ser alterada para tornar mais rígida a punição para os assassinos que praticarem o crime contra mulheres menores de 14 anos e maiores de 60 anos. Também vai atingir aqueles que praticam os assassinatos na presença de parentes ascendentes ou descendentes e cujas vítimas são portadores de distúrbios mentais ou outras doenças graves.

Técnica de enfermagem morta a tiros tinha medida protetiva contra o ex-namorado


A técnica de enfermagem de 27 anos, que foi morta com cinco tiros na frente da casa dela, na noite de quarta-feira (29), tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado, suspeito de ter cometido o crime em São José do Rio Preto (SP). A Polícia Civil pediu na Justiça a prisão do suspeito, que sumiu após o crime.

Ana Cláudia Santos de Oliveira estava na rua, no bairro Lealdade e Amizade, quando foi atingida pelos tiros. Uma câmera de segurança mostra o momento em que dois homens a abordam na rua antes do crime.

Segundo a polícia, um desses homens é o ex-namorado de Ana Cláudia, Maurício Azevedo, de 34 anos. 

Segundo a polícia, ela já tinha medida, além de ter registrado dois boletins de ocorrência de ameaça contra o ex-companheiro.

“Ninguém espera um desfecho desse, já tínhamos uma carta precatória para ouvi-lo em São Paulo. Mas infelizmente ele voltou para a cidade para acabar com a vida”, afirma a delegada Dálice Ceron.

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas viram Maurício chegando no local com um homem. Essas testemunhas foram ouvidas na Delegacia de Defesa da Mulher.

Segundo a Polícia Civil, o ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento de dois anos e oito meses. Ana Cláudia havia acabado de chegar do trabalho quando foi assassinada. O suspeito mora em São Paulo.

Ana Cláudia trabalhava em um hospital da cidade e deixa dois filhos pequenos.

Fonte: G1

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