Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento ocorre em plenário virtual, formato no qual não há debate entre os ministros, apenas o registro dos votos, que pode ser alterado até as 20h.
A Primeira Turma é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Até o momento, todos acompanharam o voto de Moraes, relator do caso.
Motivos da prisão
Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22) e levado para a Superintendência da Polícia Federal, após determinação de Moraes. O ministro considerou que havia risco de fuga e ameaça à ordem pública.
A decisão levou em conta a violação da tornozeleira eletrônica, admitida pelo próprio ex-presidente, e a convocação de uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ato estava marcado para ocorrer nas proximidades do condomínio onde Bolsonaro mora e, segundo Moraes, poderia ser usado como cobertura para uma possível fuga.
No despacho, o ministro destacou que o condomínio fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, onde está localizada a Embaixada dos Estados Unidos. Para Moraes, a concentração de pessoas aumentaria o risco de tumultos e abriria margem para uma tentativa de buscar asilo ou escapar da ação policial.
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