Detido na Superintendência da Polícia Federal desde o último sábado (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem recusado as refeições oferecidas pela corporação. Ele tem se alimentado apenas com comida preparada pela família e auxiliares próximos.
Segundo aliados, as refeições levadas a Bolsonaro pela família seguem recomendações médicas: simples e com baixo teor de gordura.
O cardápio padrão na PF é arroz, feijão, salada e uma proteína, tanto no almoço quanto no jantar. O líder conservador também tem alegado falta de apetite e, segundo interlocutores, ele está calmo e conversando normalmente.
Além de comida, a família tem levado itens pessoais, como produtos de higiene, que passam por inspeção da PF antes de entrar. Na tarde deste domingo (23), Bolsonaro recebeu a visita de sua esposa, Michelle Bolsonaro.
Horas depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes permitiu que três filhos do ex-presidente o visitem: o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro. As visitas deverão ocorrer separadamente, com a duração máxima de 30 minutos cada.
Fonte: Pleno News
Moraes pede análise sobre perda da patente militar de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (25) que o Superior Tribunal Militar (STM) analise a perda da patente de Jair Bolsonaro. A determinação aparece na mesma decisão em que Moraes declara o trânsito em julgado da ação penal do suposto golpe de Estado, na qual o ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Bolsonaro é capitão reformado do Exército. Embora tenha ingressado na política há mais de três décadas, sua condição de militar da reserva é mantida formalmente, e a perda da patente depende de julgamento próprio na Justiça Militar.
A defesa de Bolsonaro não apresentou novos recursos dentro do prazo final encerrado nesta segunda (24). Com isso, Moraes considerou esgotadas todas as vias recursais na Primeira Turma do Supremo e certificou o trânsito em julgado, etapa que abre caminho para execução definitiva da pena.
Na decisão, o ministro aponta que a defesa deixou esgotar o prazo para novos embargos de declaração e afirma que os embargos infringentes são incabíveis, já que o julgamento do Núcleo Crucial da trama golpista teve apenas um voto divergente, abaixo do mínimo de dois exigido pela jurisprudência da Corte para esse tipo de recurso. Somente o ministro Luiz Fux divergiu.
Moraes também cita precedentes que permitem o reconhecimento imediato do trânsito, sobretudo quando recursos são usados com propósito meramente protelatório, isto é, para atrasar o cumprimento da pena.
O ministro declarou ainda o trânsito em julgado para Alexandre Ramagem e Anderson Torres. Ramagem (PL-RJ) deixou o país em setembro, após ser condenado pelo STF, e é considerado foragido.
*AE


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