Web Radio Cultura Crato

domingo, 7 de janeiro de 2024

Nove em cada dez brasileiros reprovam invasões de 8 de janeiro

 

Para 47%, Bolsonaro teve influência em atos golpistas, aponta pesquisa
Agência Brasil   Foto: Marcelo Camargo
Oitenta e nove por cento dos brasileiros não aprovam as invasões aos prédios dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro do ano passado na capital federal. Os atos, que resultaram em depredação do patrimônio público e prejuízo ao Erário, são aprovados, no entanto, por 6%. Quatro por cento não souberam ou não quiseram responder.

Os dados, tornados públicos neste domingo (7), são de pesquisa de opinião realizada pela empresa Quaest, entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023, por meio de 2.012 entrevistas presenciais com questionários estruturados junto a brasileiros com 16 anos ou mais, em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi financiado pela plataforma Genial Investimentos, que opera no mercado financeiro.

De acordo com a apuração, a atitude de terrorismo em Brasília é rejeitada majoritariamente em todas as grandes regiões do país, por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e renda familiar, tanto por eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os resultados da pesquisa revelam a reprovação por 94% dos que declararam voto em Lula no segundo turno das eleições em 2022 e por 85% de quem declarou voto em Bolsonaro; por 87% dos entrevistados no Sul (menor percentual) e 91% no Nordeste (maior percentual). A rejeição é de 88% dos entrevistados com até o ensino fundamental, 90% daqueles com ensino médio (incompleto ou completo) e 91% dos que têm ensino superior (incompleto ou completo). Também desaprovam os atos 89% de quem tem renda familiar até cinco salários mínimos e 91% dos que vivem com renda de mais de cinco salários mínimos.

Influência de Bolsonaro

De acordo com a pesquisa, as opiniões se dividem na pergunta “Bolsonaro teve algum tipo de influência no 8 de janeiro?” Avaliam que sim 47% dos entrevistados e 43% acreditam que não. Dez por cento não souberam ou não quiseram responder.

Todos os dados apresentados acima são próximos dos percentuais encontrados para a versão da pesquisa da Quaest realizada em fevereiro do ano passado. “A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, aponta em nota à imprensa Felipe Nunes, diretor da empresa.

Na opinião dele, diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos – que sofreu com a invasão ao prédio do Congresso (Capitólio) em 6 de janeiro de 2001 – no Brasil as opiniões a respeito dos atos de vandalismo sofrem pouca influência das escolhas das legendas políticas. “É imperativo que esse debate não seja contaminado por cores partidárias, porque trata-se de um problema do Estado brasileiro. É a defesa das regras, da Constituição e da própria democracia que está em jogo neste caso.”

Livro recente

Felipe Nunes é cientista político e também trabalha como professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No final do ano, ele lançou o livro Biografia do Abismo – Como a Polarização Divide Famílias, Desafia Empresas e Compromete o Futuro do Brasil (editora HarperCollins), escrito em parceria com o jornalista Thomas Traumann.

A publicação descreve que as posições políticas passaram a ser parte da identidade de cada brasileiro, e na última eleição presidencial o país “viveu a consolidação de um processo de polarização extrema” – quando se “calcificou” o mecanismo de escolha do voto, “em que os interesses perderam força para as paixões.”

PM do Ceará inicia testes de patrulhamento com bicicletas elétricas

 

Os testes foram iniciados nesta sábado (6) em Fortaleza.
Maurício Júnior https://www.miseria.com.br/Foto: PMCE/Divulgação
Uma nova modalidade de policiamento ostensivo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) está em fase de testes. Por meio do uso de bicicleta elétrica, o agentes de segurança poderão ter mais um o equipamento para realização do patrulhamento.

Os testes foram iniciados neste sábado (6) em Fortaleza, no entanto, conforme a PM, a iniciativa poderá ser implementada no Interior do Estado e na Região Metropolitana da capital cearense.

Após esse período, será realizada uma avaliação para ver a viabilidade do uso de forma permanente e de emprego do equipamento em outras áreas da Capital, Região Metropolitana e Interior do Estado. Outras polícias militares do país já utilizam essa forma de emprego do policiamento“, disse.

A PM ainda destaca que o uso das bicicletas é de “uma excelente mobilidade e capacidade de uma área maior de cobertura” bem como “de fácil uso e adaptação aos espaços urbanos já existentes“.

Até então, apenas policias militares do Batalhão Turístico (BPTUR) estão participando da iniciativa, nas regiões das Praias de Iracema, Futuro, Beira Mar e Barra do Ceará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário