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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Ceará tem redução de 63% em casos de dengue em 2023

 


Em 2023, os casos de dengue no Ceará tiveram diminuição de 63,2%, quando comparados aos de 2022. Foram 14.151 casos confirmados da doença, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No ano anterior, o número chegou a 38.487. Em Fortaleza, a quantidade de registros também diminuiu em 70%.

A partir de fevereiro, 16 estados e o Distrito Federal serão contemplados com a vacina contra a dengue, distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nenhum município cearense foi incluído na primeira remessa.

O Ceará segue a tendência de outros estados do Nordeste, que também apresentaram redução no número de casos no período. As regiões Sul e Sudeste foram as que tiveram maior crescimento de infecções pela doença.

Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Estado, explica que estados com maior incidência de casos foram priorizados pelo Ministério da Saúde devido à capacidade insuficiente de produção de doses da vacina por parte da farmacêutica responsável. “O estado do Ceará, analisando nos últimos anos, não tem ocorrência elevada de casos como nós temos hoje em dia na região do Sul e Sudeste”, afirma.

A redução registrada em 2023 não pode ser explicada por um único fator, segundo Nélio Moraes, coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza. Aspectos como calor, chuva e umidade, bem como a exposição prolongada da população aos sorotipos 1 e 2 da dengue, adquirindo imunidade, podem influenciar.

Ele também destaca as ações de controle feitas pela pasta para diminuir a quantidade de focos de Aedes Aegypti na Capital, prevenindo a proliferação do mosquito e, consequentemente, a transmissão das arboviroses. O coordenador lamenta Fortaleza não receber doses da vacina, mas reconhece que há municípios em situação mais crítica.

“Fizemos o dever de casa, respondemos à altura, mas nesse cenário ficamos de fora. Mas espero que em 2025, em harmonia com o laboratório, a produção seja ampliada e que a gente tenha vacina suficiente para proteger a população”, diz. O Ministério da Saúde realizou a compra de 5,2 milhões de doses para 2024 e 9 milhões para 2025.

Ressurgimento de sorotipo 3 preocupa

Quem se infecta com um sorotipo da dengue adquire imunidade contra ele. No entanto, ainda está suscetível a infecções por outros sorotipos da doença. No Ceará, o sorotipo DENV 1 e 2 são predominantes há anos, o que significa que grande parte da população já teve contato com eles. Já os DENV 3 e 4 não causaram tantas doenças no Estado. Por isso, o ressurgimento do sorotipo 3 em Pernambuco no fim de 2023 preocupa.

Para Nélio, é possível que o sorotipo chegue ao Ceará devido ao intercâmbio intenso entre os dois estados. Como a última vez que o DENV 3 foi detectado no Estado foi em 2015, há uma parcela da população que não tem imunidade contra ele, pois nunca foi infectada. Isso pode resultar em um aumento de casos. “É aí que mora realmente o imenso perigo para todos nós”, diz.

“Sempre que é introduzido um novo sorotipo é uma preocupação”, diz Ana Cabral. A coordenadora acredita que é preciso fortalecer a rede de saúde e seguir os protocolos de contingência e controle do vetor da doença. Devido ao caráter endêmico da dengue, com casos sendo registrados todos os anos, a preparação para o combate precisa ocorrer independente de novos sorotipos ou fatores climáticos agravantes, como o El Niño.

O POVO

Gasolina, diesel, gás de cozinha terão aumento a partir de 1º de fevereiro


Brasileiros estão se preparam para o impacto no bolso com o aumento dos preços da gasolina, do diesel e do botijão de gás a partir de quinta-feira (1º/2), reflexo das novas alíquotas do ICMS, ajustadas pelos estados em outubro. A mudança implicará em um acréscimo de R$ 0,15 no ICMS sobre cada litro de gasolina, que agora custará R$ 1,37. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) projeta que o preço médio da gasolina no país suba de R$ 5,56 para R$ 5,71 por litro.

Para o diesel, especificamente o S-10, o reajuste será de R$ 0,12 por litro, o que deve elevar o preço para mais de R$ 6. Já o ICMS sobre o gás de cozinha sofrerá um aumento de R$ 0,16 por quilo, fixando a nova alíquota em R$ 1,41. Isso significa que o preço de um botijão de 13 kg saltará de R$ 100,98 para R$ 103,60.

(Hora Brasília)

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