O cearense era um dos 'Irmãos Coragem', apontado como chefe de uma facção paulista
Evaldo Batista Ferreira, um dos "Irmãos Coragem", morreu ao lado de dois homens
Três homens morreram em uma ação policial fruto de uma parceria entre as forças de segurança do Ceará e da Bahia nesta quinta-feira (18), no município de Juazeiro, no interior da Bahia. Entre eles estava Evaldo Batista Ferreira, conhecido como "Evaldo Coragem", de 59 anos, que estava na lista dos Mais Procurados do Ceará feita pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Evaldo era um dos “Irmãos Coragem”, grupo criminoso que atua em Sobral (Região Norte do Estado) desde os anos 2000 em crimes como roubo a banco, homicídio e tráfico de drogas. Ele ainda havia aderido à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), organização em que ocupava cargo de chefia.
Evaldo Coragem não era localizado desde outubro de 2022, quando foi solto após decisão judicial e passou a descumprir as medidas cautelares que havia contra ele.
Além de Evaldo, morreram no confronto: Francisco Janilson Alves de Vasconcelos, de 48 anos; e Rozinaldo Ferreira, de 53 anos, ambos naturais de Pernambuco. Outras pessoas que estavam na fazenda no momento da intervenção policial, conseguiram fugir. Os policiais apreenderam no local duas espingardas e uma pistola, carregadores, munição e R$ 30 mil em espécie. A Polícia ainda investiga o que Evaldo estava fazendo em Juazeiro, assim como qual era o envolvimento dos dois outros mortos com o grupo criminoso.
Além de Evaldo, outros dois de seus irmãos também eram conhecidos como “Irmãos Coragem” e constaram na lista de Mais Procurados. Marcos Batista Ferreira Mendes, de 42 anos, conhecido como “Marquim Coragem”, foi preso em 2021. Ele, porém, já se encontra em liberdade. Já José Eraldo Mesquita do Nascimento, o “Eraldo Coragem”, foi autuado em julho passado e segue preso.
Saidinha de Natal beneficiou 52 mil presos
No Ceará, 10 detentos não retornaram e estão foragidos
Pouco mais de 52 mil presos deixaram a prisão na saidinha de Natal de 2023, que foi permitida em 17 das 27 unidades da federação, segundo dados dos governos estaduais. Dos 52 mil, 49 mil retornaram, cerca de 95%, e 2,6 mil, não e, por isso, são considerados foragidos.
Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Sergipe registraram os maiores percentuais de não retorno – nesses quatro, mais de 10% dos presos não voltaram para a prisão. No Ceará, dos 21.162 presos, 103 saíram para o Natal e 10 não retornaram.
A saída temporária existe para que o preso seja reintegrado à vida em sociedade de forma progressiva, aos poucos, durante o cumprimento da pena. A secretaria de Polícias Penais tem trabalhado para criar uma norma técnica que ajude os estados a aplicar melhor as saidinhas. O documento deve ser editado até o início de fevereiro.
A saidinha de Natal – e em outras datas festivas, como o Dia das Mães – é um benefício que costuma ser concedido aos presos do regime semiaberto pela Justiça com base na Lei de Execuções Penais. O benefício só é concedido aos detentos que tenham bom comportamento; não tenham praticado faltas graves no último ano; e tenham cumprido parte da pena. Além disso, as unidades prisionais precisam avaliar se a saída cumpre os objetivos da pena da pessoa.
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