Com a informação de que o acordo de delação estava em processo de celebração publicada pelo jornal O Globo, veio a pública nesta terça-feira (23) que Lessa teria prestado novo depoimento às autoridades que investigam o caso da vereadora. Segundo o Portal The Intercept Brasil, o ex-policial militar teria apontado o ex-deputado estadual do Rio de Janeiro Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.
Explica-se que esta não é a primeira vez que Brazão aparece nas investigações do caso Marielle. Em julho do ano passado, Élcio Queiroz – preso por participar da morte da política – já havia fechado acordo de deleção e apontado o possível envolvimento de Domingos Brazão no crime. Ainda em 2019, um relatório da Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que o ex-deputado fosse investigado como suposto mandante do assassinato da vereadora do Psol.
Frisa-se que hoje o ex-deputado ocupa cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, o que lhe confere foro privilegiado. Assim, no momento em que a primeira delação o citou como envolvido o caso foi remetido ao STJ, foro responsável por averiguar condutas criminosas, em tese, cometidas por autoridades de âmbito estadual. Frisa-se que até este momento Brazão não deu nenhuma declaração pública sobre a delação de Lessa, todavia, em outras situações sempre negou qualquer tipo de envolvimento.
Neste momento as ações são conduzidas pela Polícia Federal, que assumiu as investigações do crime em fevereiro de 2023, e promete encerrar o inquérito ainda no primeiro trimestre de 2024.
Lembre o caso
A vereadora Marielle Franco foi executado com vários disparos em 14 de março. A política estava voltando para casa após participar de uma atividade em uma comunidade carioca, quando o carro em ela estava passou a ser alvejado. Marielle era conduzida pelo motorista Anderson Gomes, que foi vitimado. Desde que as investigações começaram a titularidade do caso já mudou em diversos momentos, várias pessoas também foram presas acusadas de criar dificuldades ao seguimento dos trabalhos.
Em 2023 a condução do caso foi federalizada, e a PF assumiu a condução das diligências. No início do ano, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que uma resposta definida da situação seria apresentada à sociedade no primeiro trimestre de 2024.
Bairros Triângulo, Frei Damião e João Cabral lideraram em Juazeiro os homicídios ano passado
Enquanto isso, ano passado, o bairro Santa Tereza foi o segundo colocado com 7 homicídios ou 8,6% dos 81 em 2023, mas já liderou no ano de 2021 com 13 assassinatos. Na terceira colocação vem o Campo Alegre com seis (7,45%). Com quatro homicídios vem o Pio XII (4,9%). Depois, Antonio Vieira, Carité, Jardim Gonzaga, Pedrinhas e Salesianos com três cada ou 3,7% do total de assassinatos ano passado em Juazeiro.
Eis o número de homicídios ano passado nas demais áreas juazeirenses, segundo levantamento exclusivo feito pela editoria de polícia do Site Miséria: Aeroporto, Centro, Horto, Limoeiro, Pirajá, Romeirão, São José e Tiradentes (02 cada ou 2,46%). Com apenas um homicídio aparecem os bairros Betolandia, Geli de Sá Barreto, José Geraldo da Cruz, Juvêncio Santana, Lagoa Seca, Timbaúbas, Três Marias, Vila Fátima e Sítio Sabia ou 1,23% do total.
Em se tratando de bairros, não tivemos homicídios ano passado no Cidade Universitária, Franciscanos, Leandro Bezerra, Monsenhor Murilo, Novo Juazeiro, Planalto, Salgadinho, Socorro, São Miguel. Inclusive, este último bairro está há oito anos sem o registro de homicídios se constituindo no mais tranquilo de Juazeiro neste sentido.
Já dos 1.538 homicídios nos últimos 14 anos em Juazeiro, o João Cabral participa com 10,4% dessa matança apresentando um total de 160 assassinatos. Depois vem o Frei Damião com 142 (9,2%); Triângulo com 135 (8,7%); Santa Tereza com 106 (6,9%); Pio XII com 77 (5%); Timbaúbas com 76 (4,9%); Salesianos 67 (4,35%); Tiradentes com 66 (4,29%); Antonio Vieira com 58 (3,77%); Pedrinhas e São José com 46 cada (3%); Pirajá com 42 (2,73%); e com 41 homicídios o bairro Limoeiro ou 2,66% do total.
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