Se tornou rotina para a Polícia prender bandidos assaltando nas ruas usando tornozeleiras
Bandidos são mortos usando o equipamento que deveria servir para o monitoramento 24h
Em seis anos de implantação no Ceará, o sistema de monitoramento à distância de detentos egressos do Sistema Penitenciário Estadual, através da colocação de tornozeleiras eletrônicas, fracassou. Atualmente, são mais de dois mil presos considerados foragidos. Eles destruíram ou conseguiram retirar o equipamento que permitia às autoridade acompanhar os seus passos.
Dos 2.152 foragidos, as autoridades policiais e da própria Secretaria da Justiça e da Cidadania (órgão responsável pela administração penal do estado e pelo sistema de monitoramento eletrônico) só conseguiram recapturar 490, o que representa apenas 22,7 por cento do total de detentos que quebraram as regras impostas pela Justiça.
Neste ano, a Sejus já colocou tornozeleiras eletrônicas – por ordem da Justiça – em 588 presos e 213 deles já destruíram ou se desfizeram do equipamento, estando atualmente na condição de foragidos.
São apenas 36 funcionários destacados para o trabalho de monitoramento. Eles se revezam nos plantões durante 24 horas por dia, mas não conseguem mapear e acompanhar todos os detentos que receberam as tornozeleiras. O resultado disso, é que, praticamente, todos os dias, bandidos são presos praticando assaltos e assassinatos na Grande Fortaleza e no Interior mesmo usando o equipamento. Também é registrado um alto índice de bandidos mortos usando as tornozeleiras.
“Desaparecem”
O monitoramento também registra constantes casos de presos que “somem” do rastreamento por defeito do equipamento. O mais comum é quando a bateria da tornozeleira descarrega. A carga total dura até 72 horas (três dias) e precisa ser realimentada pelo próprio detento.
Os aparelhos são instalados em presos beneficiados com a progressão de regime penal, isto é, aqueles que estavam na cadeia e passaram a cumprir a pena em regime de semiliberdade, ou quando praticam crimes de menor gravidade. Isso se aplica também aos adolescentes infratores.
Nas ruas de Fortaleza já é comum a cena de homens e mulheres transitando nas ruas, praças e até supermercados e shoppings usando tornozeleiras eletrônicas. Alguns tentam esconder da vista da população o equipamento. Outros não se importam e circulam de forma desinibida com o aparelho, certos de que não estão sendo vigiados eletronicamente.
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Mulher morre eletrocutada ao colocar as mãos dentro da máquina de lavar roupa
Filha de Seu Godô, que tem comércio próximo da Unidade Mista do Coroadinho, Suziane caiu sem os sentidos quando recebeu a descarga elétrica, mas ainda foi socorrida e levada ao posto de saúde e depois transferida para a UPA do Bacanga, onde veio a óbito.
Fonte: MassapeCeara.Com
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