Secretário André Costa afirma que abordagens policiais nos coletivos reduziu o número de assaltos
Mesmo com 84 delegacias do Interior fechadas ou funcionando precariamente apenas para o registro de Boletins de Ocorrência (B.O.), por falta de delegados, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, disse, ontem (20), na Assembleia Legislativa do Estado, que vai implantar três delegacias especializadas em investigação de homicídios na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
A declaração de Costa aconteceu logo após ele ser sabatinado na AL por 16 deputados estaduais acerca da violência no estado. O secretário atribuiu o aumento dos casos de assassinatos no Ceará à atuação das facções criminosas e disse que o governo federal precisa auxiliar no combate a estes grupos, já que os bandos locais receberiam apoio de outros estados. Ele ressalta que “ações de Inteligência” estão sendo feitas para combater as facções.
Costa não especificou quais as cidades da Região Metropolitana que deverão ser contempladas com as três delegacias especializadas, nem falou como fará para arregimentar pessoal – delegados, escrivães e inspetores – já que a Polícia Judiciária passa por um momento de sucateamento e falta de pessoal para atender à demanda de combate ao crime.
Costa ressaltou as ações de combate ao tráfico de drogas. Salientou que, pelo terceiro mês seguido, a Polícia apreende mais de uma tonelada de entorpecentes em operações distintas na Grande Fortaleza e no Interior.
Aplicativo
Sobre os roubos, ele afirma que o Ceará apresenta uma redução de 20 por cento nos casos de ataques a bancos neste ano em comparação a 2016 e quanto aos assaltos diários em ônibus, na Capital, a Secretaria da Segurança está firmando uma parceria com o Sindicato das Empresas de Ônibus (Sindiônibus) e que serão aumentadas as abordagens aos coletivos nas ruas da cidade.
“Restabelecemos que haverá um mínimo de 10 abordagens por dia aos coletivos em cada uma das Áreas Integradas de Segurança”, revela. Disse, ainda, que será criado um aplicativo exclusivo para os policiais onde eles poderão localizar as vias onde estejam ocorrendo assaltos.
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"Guerra" de facções nas ruas de Fortaleza deixa cenas de barbárie, com corpos queimados, decapitados e esquartejados
Na manhã de hoje, corpo decapitado foi deixado no bairro Vila Velha. Cabeça a 100 metros do tronco
Corpos carbonizados, crivados de balas, esquartejados e decapitados se tornaram rotina em meio à “guerra” declarada entre duas facções criminosas nas ruas da Grande Fortaleza. Em menos de 72 horas, a Polícia fez o registro de diversos casos do gênero na Capital e cidades de sua região metropolitana. As nas de barbárie não são mais exceções no dia a dia das equipes responsáveis pelo policiamento ostensivo da Capital.
Na manhã desta quarta-feira (20), moradores da Rua dos Prados, no bairro Via Velha, na zona Oeste de Fortaleza, acordaram com uma cena brutal naquela comunidade. O corpo de um homem foi deixado na frente de residências. Estava decapitados. A cabeça foi encontrada a alguns metros do restante do corpo. A Polícia acredita que o crime tenha sido praticado durante a madrugada e em outro lugar. A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acionadas para iniciar as investigações e recolher os restos mortais para, também, tentar identificar o homem assassinado.
Na tarde de terça-feira (19), após um intenso tiroteio entre membros de duas facções na comunidade Babilônia no limite dos bairros Passaré e Barroso, na zona da Capital, a Polícia se deparou com o corpo de um homem que foi esquartejado e em seguida, queimado. A vítima da brutalidade não foi identificada oficialmente, mas moradores informaram que se tratava de um ex-presidiário, também traficante e envolvido em crimes no Município de Senador Pompeu, no Sertão Central.
Na noite de domingo último (17), os corpos de dois homens foram encontrados com sinais de crueldade nas margens de uma lagoa, no bairro Picí, em Fortaleza. As vítimas teriam sido mortas a tiros dentro de uma residência na Rua Cláudio Manuel, retiradas dali pelos assassinos, arrastadas até as margens da lagoa, onde foram queimadas. Um dos mortos apresentava, ainda, uma estava enfiada na cabeça. Os mortos não foram identificados.
Já na madrugada do mesmo dia, duas adolescentes foram assassinadas com vários tiros e seus corpos arrastados até o alto do Morro de São Tiago, na comunidade das Goiabeiras, na Barra do Ceará (zona Oeste da Capital). Além dos tiros e marcas de torturas, os corpos apresentavam pichações com a sigla GDE de uma das facções em “guerra” pelo território das drogas naquela comunidade.
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