A reprovação ao governo do presidente Michel Temer continua aumentando e apenas 3% dos brasileiros consideram sua administração ótima ou boa, revelou uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta-feira (28). No último levantamento, 5% achavam o atual governo bom.
Já para 77% dos entrevistados, a administração é ruim ou péssima - alta de 7% na comparação com a pesquisa anterior - e 16% consideram o governo regular. Em julho, eram 21% nesse quesito. Outros 3% das pessoas não souberam ou não quiseram opinar.
Esse é o pior resultado para um presidente brasileiro desde 1986, com José Sarney, no início da redemocratização do país.
Além dessa avaliação, o Ibope questionou o que os brasileiros estão achando sobre a maneira de governar de Temer: 89% disseram que desaprovam, 7% que aprovam e 4% não opinaram. Já na questão da confiança, apenas 6% disseram que confiam em Temer e 92% que não confiam.
O Ibope ainda fez uma comparação com o governo anterior, de Dilma Rousseff. Para 8%, o governo atual é melhor, para 31% é igual, para 59% é pior e 2% não quiseram ou não sabiam opinar.
O levantamento foi feito com duas mil pessoas entre os dais 15 e 20 de setembro em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Ansa
Brasileiro é o que menos confia nos políticos no mundo
Que a população desconfia de Brasília todos nós já sabemos. Mas um estudo publicado pelo Fórum Econômico Mundial mostrou que as suspeitas são muito mais graves do que parecem: em uma lista com 137 países, o Brasil é o que menos confia em seus políticos.
O resultado foi obtido por meio de pesquisa com 14.375 executivos de diferentes nações. Quando os empresários brasileiros foram indagados sobre padrão ético da classe política nacional, o índice de confiança foi o mais baixo registrado em todos os países pesquisados.
Na outra ponta da tabela, Singapura é o lugar onde a população mais confia em seus representantes.
Para o professor de direito constitucional da Fundação Dom Cabral Cláudio Pinho, o Brasil tem uma boa legislação, mas sofre com uma "classe política permissiva" e uma aplicação da lei que, também, é permissiva.
"É um sistema viciado e corrupto, salvo raríssimas exceções de grande visibilidade com o público, como a Lei Maria da Penha e leis contra a corrupção, você não consegue aprovar uma legislação que vai fazer o bem para o país sem enfrentar o sistema."
Pinho destaca que nomes associados ao "novo" deverão ganhar mais destaque nas eleições presidenciais de 2018. Figuras como o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) devem atrair a atenção dos eleitores.
Contudo, destaca o professor da Fundação Dom Cabral, "para se eleger, você precisa de uma base eleitoral — e nesse ponto a velha guarda domina".
Fonte: Sputnyk News
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