Suspeitos capturados por agentes em rodovia em Duque de Caxias, na Baixada
Em uma ação em conjunta de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), mais de mil projéteis de fuzil foram apreendidos durante uma abordagem na Rodovia Washington Luís. A ação aconteceu na tarde deste sábado, na altura do município de Duque de Caxias da via, na Baixada Fluminense. Além do material encontrado, uma mulher e um homem foram presos pelo crime de tráfico de drogas e de munição. Segundo a Polícia Civil, eles foram identificados como William Sebastião Pessoas, de 61 anos; e Jennifer Libiano Gonçalves, de 21 anos. O carregamento seria entregue no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.
A dupla estava em um automóvel de cor prata na pista sentido do Rio de Janeiro da rodovia quando se depararam com agentes que realizavam uma ação de fiscalização no local. De acordo com PRF, a jovem não portava documentos. Com o nervosismo apresentado pelo motorista, os policiais iniciaram uma busca no interior do veículo.
Momentos depois foram encontrados caixas contendo a munição — os calibres eram variados, informou a polícia: dez pacotes com projéteis calibre 7.62 e 18 com balas para fuzis 5.56. Todos da marca CBC. Ao todo foram encontradas 1.500 cápsulas, acrescentou a PRF.
O material estava escondido embaixo do banco traseiro e também no interior do painel frontal do automóvel. O motorista contou aos policiais que havia saído de Brasília e, pelo valor de R$ 1,5 mil, estava a caminho do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, onde entregaria o carregamento.
O suspeito, segundo a PRF, alegou que não sabia que a munição estava escondida no interior do veículo e que a jovem a seu lado teria embarcado em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Ele a levaria para um hotel depois que o carro fosse entregue na comunidade da Zona Norte do Rio.
Munição apreendida pelos agentes na Baixada Fluminense Munição apreendida pelos agentes na Baixada Fluminense
O casal capturado e o material apreendido foram encaminhados para a Desarme, na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A ação deste sábado faz parte da operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais do RJ.
Governo estuda acabar com reajustes diários da Gasolina
Passada a crise da paralisação dos caminhoneiros que levou à troca de comando na Petrobras, o governo criou um grupo de trabalho para estudar uma forma de acabar com os aumentos quase diários da gasolina. A ideia é amortecer os reajustes para o consumidor na bomba sem, contudo, interferir nas decisões — e nas finanças — da estatal. Na sexta-feira, quando anunciou o nome de Ivan Monteiro para o lugar de Pedro Parente, o presidente Michel Temer prometeu não mexer na política de preços da Petrobras. A intenção é criar um mecanismo que consiste numa espécie de tributação flutuante, que acompanhe a política de reajuste dos combustíveis baseada na variação do dólar e do preço do petróleo no exterior. O plano do governo é implementar essa nova metodologia até o fim do mês.
Enquanto o governo manteve congelado o preço do diesel por 60 dias como parte do acordo para o fim da greve dos caminhoneiros, a gasolina segue flutuando. Em um mês, o combustível acumula alta de 11,29%. O último aumento foi ontem, quando o litro da gasolina A subiu 2,25%, passando de R$ 1,9671 para R$ 2,0113. É a segunda alta em três dias depois de cinco reduções consecutivas do preço. Só em maio, foram 11 reajustes para cima e cinco para baixo.
Auxiliares do presidente Michel Temer, destacados para acompanhar esses estudos disseram ontem ao GLOBO que a solução em estudo não pretende ser definitiva. É um “plano de transição”, que deve garantir uma previsibilidade nos preços da gasolina até outubro, quando o novo presidente eleito deixará clara sua posição sobre como devem ficar os preços da Petrobras.
— Queremos fazer com que o consumidor não tenha mais de enfrentar aumentos diários na gasolina. A ideia é estabelecer reajustes mensais, calibrando na parte dos impostos a diferença no valor cobrado pela Petrobras, que seguirá praticando sua política de preços — disse uma fonte que integra o grupo criado pelo Ministério de Minas e Energia para discutir o tema.
Para evitar qualquer ruído na comunicação com a sociedade e com o mercado, o governo vai deixar claro que a política de preços da Petrobras seguirá a mesma. A única coisa que mudaria é a tributação dos combustíveis no caminho até a bomba. Os tributos federais que incidem sobre a gasolina são Cide e PIS/Cofins.
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