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domingo, 17 de junho de 2018

Menor é baleado em Crato e encontrado morto ao cair num despenhadeiro de 30 metros de altura



Lucas tentou fugir e caiu num despenhadeiro no bairro Alto da Penha perto do Parque da ExpoCrato (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Exatamente uma semana depois um novo homicídio foi registrado em Crato. Por volta das 22 horas deste sábado moradores da Rua Saturnino Candeia, no bairro Alto da Penha, ouviram estampidos de arma de fogo e acionaram a polícia. No local encontraram uma garota dizendo que duas pessoas que conhece pelos apelidos de “Toinho” e “Matias” tinham efetuado disparos de arma de fogo na direção dela e do seu irmão os quais correram para lados opostos.

A garota escapou, mas o corpo de Lucas Pereira do Nascimento, de 16 anos, que residia na Rua Irmã Elvira de Carvalho (Mutirão) em Crato, foi encontrado num despenhadeiro com cerca de metros de altura. Na tentativa de fugir da linha de tiros ele saiu correndo e caiu no elevado penhasco que dá para a área de shows do Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante. O adolescente apresentava várias perfurações à bala no tórax.

O mesmo respondia procedimentos por furto e porte ilegal de arma de fogo na Comarca de Crato. Em diligências, policiais militares da Companhia de Crato prenderam “Matias” em sua casa no bairro Pantanal, mas este negou envolvimento no crime. Em junho de 2009 Lucas tinha apenas 7 anos quando foi encontrado perambulando pelas ruas de Salgueiro (PE). Ele tinha sido visto pela última vez no Parque da ExpoCrato com um homem desconhecido que passeava numa bicicleta.

O assassinato dele foi o terceiro em junho se igualando ao mês passado e o 22º do ano em Crato. O último tinha ocorrido no dia 9 quando o ex-presidiário Luiz Fernando dos Santos Honório, de 19 anos, o “Riquinho” que residia na Rua Poeta Mário Quintana (Alto da Penha), foi morto a tiros na Rua Padre Ibiapina daquele bairro. O jovem respondia procedimentos por tráfico de drogas, assaltos e porte de arma de fogo e já tinha sido vítima de dois atentados à faca e bala em Crato.

Por Demontier Tenório///miseria.com.br

Cresce o número de PMs afastados por problemas psicológicos


O estresse a que são submetidos os profissionais de Segurança Pública é sempre uma preocupação. É cada vez mais comum, policiais serem afastados da função por causa de problemas psicológicos. A atividade é considerada uma das mais estressantes. E os pedidos de licença aumentam ano após ano. Entre 2011 e 2016, 23.626 policiais ou bombeiros militares pediram licença para fazer algum tipo de tratamento psicológico. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social dispõe hoje de cinco psicólogos para atender a uma corporação de 23 mil policiais militares.

Um policial militar, entrevistado pelo Jornal da Cidade, tem 15 anos de corporação. Ele está longe do trabalho desde 2012, quando o quadro de estresse e convulsões fez com que ele tivesse que deixar o emprego provisoriamente. O servidor recebe acompanhamento psicológico e toma medicamento para controlar as convulsões, mas sem perspectiva de retorno às ruas. 

O comando geral da corporação não fornece números atualizados de policiais militares com algum tipo de licença, mas há um estudo para a criação de um núcleo de atendimento psicológico e de assistência social, exclusivamente para o acompanhamento de PMs que estejam afastados das funções.

De acordo com a psicóloga Débora Tonet, que atende atende profissionais de segurança e atuou 20 anos na Polícia Militar do Ceará, o estresse do policial tem relação direta com o desempenho da profissão. As causas são inúmeras. "Quando o policial é afastado das funções, o tratamento vai desde a atenção psicológica e psiquiátrica até a administração de medicamentos", observou.

Esta semana, uma estudante universitária foi morta durante uma abordagem, na Cidade dos Funcionários. O secretário de Segurança Pública, André Costa, lamentou o caso e disse que os homens trabalham bastante, o que pode ocasionar algum erro. “O trabalho do policial é difícil e desafiador, com um nível de estresse muito elevado. A Polícia atua em milhares de abordagens por ano. Em algumas, pode acontecer o que aconteceu ontem”, comentou.

Fonte: Cnews

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