A variante Delta do novo coronavírus, detectada primeiramente na Índia e muito mais infecciosa do que outras versões do patógeno, logo se transformará em dominante mundialmente, segundo alertou nesta segunda-feira (12) a OMS (Organização Mundial da Saúde).
"O mundo está experimentando, em tempo real, como o vírus continua mudando e se tornando mais contagioso", afirmou o diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O líder da OMS confirmou que, na semana passada, o número global de mortes por covid-19 (cerca de 55 mil), foi ligeiramente superior aos sete dias anteriores, encerrando uma sequência de dez dias de queda e fazendo o total de vítimas superar os 4 milhões.
"A crise sanitária está piorando, e isso ameaça vida, postos de trabalho e a recuperação econômica global", afirmou Tedros.
O diretor-geral da OMS ainda destacou que o aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus, favorecido pela variante Delta, já está sendo observado em locais com altas taxas de vacinação, embora a situação seja ainda pior, onde a imunização é mais lenta.
"Isso se traduz em altos números de internações e mortes, inclusive em países que conseguiram controlar anteriores ondas do vírus", disse Tedros, que ainda lembrou os problemas de distribuição de itens de proteção, oxigênio e outros medicamentos.
Mais uma vez, o diretor-geral da OMS lamentou a distribuição desigual de vacinas, que, segundo ele, prejudica a estratégia global de combate ao novo coronavírus.
Alguns países estão obtendo milhões de doses para dar injeções de reforços, enquanto há outros que nem seguir têm estoque para imunizar os funcionários do setor da saúde e os grupos de risco.
Fonte: R7
Ministério vai discutir redução do intervalo da 2ª dose de vacinas
O Ministério da Saúde vai discutir com estados e municípios a redução do intervalo das vacinas AstraZeneca e Pfizer/BioNTech, hoje aplicadas com o espaço de 12 semanas. O anúncio foi feito pelo presidente do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT-PI), ao lado do ministro Marcelo Queiroga. Os dois participaram de uma reunião na manhã desta terça-feira (13).
A decisão final caberá à Comissão Tripartite do SUS, integrada por governo federal, estados e municípios, na quinta-feira (15).
"Terá que ser adotada uma regra nacional", afirmou Dias a jornalistas após o encontro, ressaltando que também haverá diretrizes acerca da imunização de menores de 18 anos.
Queiroga afirmou que "alguns secretários rompem o pacto do PNI" e sugeriu que se algum estado ou município tiver sugestão diferente para a vacinação, deve apresentá-la ao programa.
A vacina da Pfizer/BioNTech é administrada em um intervalo de 12 semanas, embora a bula recomende 21 dias. Segundo Queiroga, a decisão do PNI (Programa Nacional de Imunizações) ao adotar esse esquema foi para garantir mais aplicações de primeiras doses.
Já o imunizante da AstraZeneca tem indicação de 8 a 12 semanas, sendo que o Brasil adotou o intervalo mais longo.
A discussão se torna importante no momento em que mais casos da variante Delta começam a ser identificados no país. As próprias farmacêuticas desenvolvedoras das vacinas ressaltam que apenas o esquema vacinal completo pode garantir uma proteção mais robusta contra essa cepa do coronavírus.
O ministro também minimizou a disseminação da variante Delta, ao alegar que não há estudos que mostram "uma replicação no Brasil".
Fonte: R7


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