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quinta-feira, 1 de julho de 2021

CPI convoca vendedor de vacina que relatou oferta de propina de US$ 1 por dose


A comissão da CPI da Covid aprovou requerimento para a convocação de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply. Ele irá prestar depoimento na sexta-feira (2).

Pereira afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. O pedido havia sido feito pelo diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, que também foi convocado pela CPI.

O fato ocorreu em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. Após a reportagem, Dias foi exonerado.

Os senadores aprovaram ainda requerimento de convite para ouvir o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que foi implicado recentemente em suspeitas de irregularidades na aquisição de vacinas.

A CPI também aprovou convite para um novo depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), para explicar as denúncias de irregularidades envolvendo a compra da vacina Covaxin. O requerimento prevê que a nova oitiva seja secreta, mas os senadores ainda não definiram o formato.

CONVOCAÇÃO DE SERVIDORES

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (30) requerimento de convocação de servidores e ex-servidores do Ministério da Saúde que foram implicados em irregularidades na aquisição de vacinas.

Foram convocados Roberto Ferreira Dias, Thiago Fernandes da Costa e Regina Célia Silva Oliveira.

Ferreira Dias foi exonerado do cargo de diretor de logística na noite de terça-feira (29). No mesmo dia, reportagem da Folha de S.Paulo apresentou denúncia do representante da empresa Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que teria sido cobrado US$ 1 dólar por dose de vacina para que as negociações de compra da vacina AstraZeneca avançassem.

Já Fernandes da Costa é réu em uma ação junto com o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que também foi implicado em suspeita de irregularidades na compra da Covaxin, pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF).

Fonte: Folhapress via Notícias ao Minuto

Governo Federal demite diretor acusado de cobrar propina

O diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, foi demitido do cargo. A decisão foi tomada pelo governo, ainda na terça-feira (29), após ser noticiado que Ferreira Dias foi acusado por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davatti Medical Supply, de cobrar propina em uma negociação de doses da vacina da AstraZeneca.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou a exoneração do diretor. A edição desta quarta-feira (30) do Diário Oficial da União (DOU) traz a saída de Ferreira Dias do cargo. Ao jornal Folha de São Paulo, Dominguetti disse ter recebido de Ferreira Dias o pedido de propina de 1 dólar (R$ 4,96) para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo.

A Astrazeneca nega, porém, que a Davatti a represente. A empresa americana já chegou a ser desautorizada pela farmacêutica no Canadá. A empresa Davatti buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com uma proposta feita de 3,50 dólares (R$ 17,35) a cada dose, valor que foi revisado para 15,50 dólares (R$ 76,83).

Entretanto, reportagens publicadas na imprensa mineira recentemente indicam que a Davatti pode estar fraudando o processo de aquisição de imunizantes. A empresa teria negociado, com várias prefeituras, com o objetivo de conseguir uma carta de intenção demonstrando interesse na compra de vacinas da AstraZeneca. Depois de conseguir a carta, porém, as conversas emperraram.

*AE

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