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quarta-feira, 25 de abril de 2018

O homem perde pernas, dedos e parte do rosto após lambida de seu cão, entenda


                              

Nel perdeu a consciência e ficou em coma por cerca de cinco dias, mas teve as pernas amputadas meses depois.  
Há um ano e meio, o britânico Jaco Nel brincava com seu cachorro Harvey, um cocker spaniel, quando notou um pequeno arranhão em sua mão.
Ele limpou e desinfetou o corte, e continuou com seus afazeres habituais. Duas semanas depois, ficou doente com o que parecia uma gripe.
Mas Nel não imaginava o que estava a ponto de acontecer: uma bactéria na saliva de seu cão provocou uma infecção que evoluiu para septicemia, uma reação exacerbada do sistema imunológico diante de um processo infeccioso.
A septicemia é a principal causa de morte por infecção no mundo. Nel não morreu, mas diz que esteve “muito, muito perto”.
Como consequência de seu choque séptico, ele passou cinco dias em coma e meses no hospital. Perdeu as duas pernas, abaixo do joelho, e todos os dedos de uma mão. Além disso, teve o nariz e os lábios desfigurados, o que lhe causa dificuldade para falar e para comer.
O caso do britânico é muito extremo, mas ele é uma das 20 milhões de pessoas que sofrem de septicemia por ano em todo o mundo.

 ‘Senti depressão e raiva’

Nel não percebeu o quão doente estava porque, ao se sentir como se estivesse gripado, decidiu descansar e dormiu até o dia seguinte.
 “Eu devo ter ficado muito doente, porque me sentia confuso e desorientado. Nem escutei o telefone quando os colegas de trabalho me ligaram para saber por que não fui”, disse ao programa Victoria Derbyshire da BBC.
“No fim do dia, minha mulher veio para casa e me encontrou em um estado terrível. Mas os serviços de emergência logo se deram conta de que eram sintomas de septicemia e começaram a me tratar com urgência assim que chegaram a minha casa.”
Fazer o diagnóstico cedo é a chave para a recuperação da septicemia: de acordo com vários estudos, 80% dos casos podem ser tratados com sucesso caso a infecção seja diagnosticada na primeira hora.
Se isso não acontecer, o risco de morte aumenta a cada hora que passa.
 Nel recebeu fluidos por via intravenosa ainda em sua casa e antibióticos na ambulância, a caminho do hospital.
“Mas quando eu cheguei na emergência, desmaiei”, recorda.
Ele perdeu a consciência e ficou em coma durante quase cinco dias.
“Quando acordei, tomei um choque ao ver que tinha praticamente o corpo inteiro escurecido: o rosto, as mãos e as pernas estavam necrosando (em processo de morte) por causa dos danos nos tecidos causados pela coagulação anormal do sangue. É algo que ocorre durante um choque séptico”, afirmou.
Seus rins também falharam, e ele teve que fazer diálise durante dois meses.
 “Eu soube quase desde o princípio que acabaria perdendo as pernas e os dedos, mas não tinha certeza do que aconteceria com meu rosto. No final, perdi a ponta do nariz e meus lábios têm cicatrizes.”
“Depois de quatro meses no hospital, os médicos amputaram minhas pernas. Foi um período muito duro.”

Aprender a caminhar de novo

“Eu sempre fui uma pessoa determinada, e nada me detém. Mas me senti profundamente deprimido, senti muita raiva e, em alguns momentos, pensei que não iria suportar”, diz Nel.
Com o tempo, ele diz ter conseguido seguir adiante com o apoio-chave dos amigos, familiares e colegas de trabalho.
“Esses pensamentos foram embora quando comecei a ver que podia voltar a fazer coisas, mesmo que me custasse mais tempo e esforço.”
Nel se tornou uma das 20 milhões de pessoas afetadas pela septicemia no mundo - e quase entrou para a estatística das mortes causadas pela doença (Foto: BBC)










Pouco depois da amputação das pernas, Nel começou a fazer reabilitação para voltar a caminhar. Depois de três meses, ele conseguia andar sem ajuda e voltou para casa.
Ele teve, no entanto, de tomar uma decisão dura: sacrificar sua querida mascote Harvey para impedir que ela infectasse outra pessoa, já que o cachorro tinha uma infecção incurável.
Ao relembrar de sua história, Nel diz que não poderia ter feito nada para evitar o que ocorreu. Quando seu cachorro o arranhou e lambeu sua ferida, ele a desinfectou.
Depois, nem ele mesmo notou os sintomas da doença que começava a se manifestar.
“Eu arrastava as palavras ao falar, perdi a coordenação e o equilíbrio, estava com a pele manchada, mas ninguém viu.”
Agora, ele dirige um carro adaptado e usa uma prótese no nariz, que disfarça a desfiguração de sua face.
No entanto, ele deixou de usar a prótese por considerá-la “uma máscara” para esconder sua história.

O que é septicemia?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a septicemia ocorre quando o sistema imunológico do corpo se sobrecarrega e tem uma resposta exacerbada a uma infecção.
O problema inicial pode ser leve e começar em qualquer parte, desde um corte no dedo até uma infecção urinária. Mas se isso não for tratado a tempo, pode causar danos catastróficos ao corpo, como lesões nos tecidos, falência generalizada de órgãos e até a morte.
Não se sabe exatamente o que causa a doença, que afeta cerca de 20 milhões no mundo e mata ao menos 8 milhões. Por isso, ela é chamada de “assassina silenciosa”.
Identificar um caso de septicemia é difícil, já que os primeiros sintomas variam muito e podem ser facilmente confundidos com gripe ou outras infecções.
De acordo com a ONG britânica UK Sepsis Trust, os seis sinais de alarme mais comuns são: dificuldades para falar ou confusão, calafrios ou dor muscular, ausência de urina, problemas graves para respirar, sensação de que “vai morrer”, manchas ou descoloração da pele.

BBC 

Quatro alunas espancam colega em frente ao Hospital São Vicente, em Barbalha; assista


                

Agressões só terminaram após a intervenção de adultos. Outros alunos ficaram apenas olhando o espancamento Circula em redes sociais um vídeo em que quatro jovens espancam outra jovem, na frente do Hospital São Vicente, em Barbalha. As agressoras usam a mesma farda de uma escola local, mas ainda não sabe se todas frequentam a mesma instituição. A violência só terminou após a intervenção de adultos que estavam perto do local. Outros alunos ficaram apenas olhando às agressões. 


 Ceará News7

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