Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo, 31, apontam a eficácia da campanha de vacinação no combate ao coronavírus. A potência letal do vírus está diminuindo cada vez mais e o país começa a registrar índices de mortalidade semelhantes aos do início da pandemia. A média móvel de óbitos atingida hoje – 311,4 – é a mais baixa desde 27 de abril de 2020, quando havia apenas um mês e 10 dias desde a primeira morte pelo vírus no Brasil. Na ocasião, o país contabilizava o total de 4.554 vítimas fatais da doença – número 133 vezes menor que o atual – e média móvel de 281,4 óbitos.
Com 130 mortes provocadas pela Covid-19 nas últimas 24h, outubro chega ao fim com 11.075 vítimas fatais em todo o mês, o menor saldo desde abril de 2020. O número é muito inferior ao totalizado no pior mês de 2021: no pico da segunda onda, em abril, 82.266 brasileiros perderam a vida após serem infectados pelo coronavírus.
Ainda de acordo com o levantamento feito por VEJA, o Brasil apresentou, neste domingo, 31, variação de -4% em comparação aos números registrados em 17 de outubro, há duas semanas. Assim, o índice de mortes completa seis dias em estabilidade, além de não registrar alta há mais de cinco semanas, na comparação com os 14 dias anteriores. A avaliação é feita por infectologistas, que fixam variação de 15% como ponto de inflexão para que se altere a tendência da pandemia.
Governo proíbe empresas de demitir funcionários não vacinados contra a covid-19
Com a retomada gradual do retorno presencial ao trabalho no País, por causa do avanço da vacinação anticovid, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, editou uma portaria para proibir os empregadores de exigirem o certificado de vacinação de seus funcionários ou de impor o documento como obrigatório nos processos de seleção para contratação de pessoal. Pela portaria, as empresas também não poderão demitir por justa causa aquelas pessoas que se recusarem a apresentar o cartão da vacina. Se o fizerem, terão de reintegrar ou ressarcir os demitidos.
O ato põe em prática a posição do presidente Jair Bolsonaro, que é contrário à vacinação anticovid obrigatória e ao cartão de vacinação como passaporte de entrada e saída das pessoas em diferentes lugares e estabelecimentos.
Em postagem no Twitter, o ministro Onyx disse que "ameaçar de demissão, demitir, ou não contratar por exigência de certificado de vacinação é absurdo". Ele também destacou em vídeo publicado na mensagem que a não apresentação de cartão de vacinação contra qualquer enfermidade não está inscrita nem na Constituição nem na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como motivo de justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador. No vídeo, ele aparece assinando a portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na tarde desta segunda-feira, 1º.
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