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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Novo decreto vale a partir de hoje no Ceará, mas aglomerações preocupam


A partir de hoje o Ceará entra em uma nova etapa do processo de reabertura da economia. Comércio de rua, restaurantes e shoppings tiveram horário de funcionamento ampliado, instituições religiosas podem funcionar com 60% da capacidade e foram liberadas as piscinas e parques aquáticos em barracas de praia. O desafio, no entanto, é conter o avanço das aglomerações. O fim de semana, por exemplo, foi de intensa movimentação nas praias e em pontos turísticos da Capital e também no interior. 

De acordo com o decreto do Governo do Ceará que entra em vigor hoje, os comércios e restaurantes de rua poderão funcionar a partir das 9 horas, uma hora antes do definido anteriormente. No caso dos shoppings, o horário de funcionamento agora foi ampliado em duas horas, operando de 10 às 22 horas. 

Nas barracas de praia, está autorizado o funcionamento de piscinas e parques aquáticos, desde que seja respeitada a limitação de capacidade a 20% e o acesso ao local seja controlado pelo estabelecimento. 

Já para igrejas e demais instituições religiosas, o que mudou foi a capacidade, que agora foi ampliada para 60% (antes era 50%). O horário continua o mesmo e os templos seguem podendo fazer celebrações até as 22 horas.

Maioria no país não acredita em nada do que é dito por Bolsonaro


O índice de brasileiros que não confia em nada que é dito pelo presidente Jair Bolsonaro é o maior desde que o Datafolha começou a aferir esse índice, em agosto de 2019: 55%.

É o que aponta pesquisa nacional feita pelo instituto em 7 e 8 de julho, na qual foram ouvidas presencialmente 2.074 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A série tem 11 levantamentos até aqui. Desde o anterior, de maio passado, a desconfiança subiu de 50% para os atuais 55%. Confiam em tudo o que Bolsonaro diz 15%, ante 14% no levantamento passado. Já a avaliação de que o presidente é crível às vezes caiu de 34% para 28%.

Os dados conversam com o mau estado da popularidade presidencial aferida pelo instituto, constatada nesta rodada.

Bolsonaro está com a pior avaliação de sua gestão e teria hoje baixa possibilidade de reeleição, segundo a fotografia captada pelo Datafolha. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o favorito neste momento.

O governo vive uma grave crise política, inserida na tragédia sanitária dos mais de 500 mil mortos pela Covid-19 e sombras de problemas econômicos sérios, como inflação, aperto fiscal e até racionamento de energia elétrica.

A CPI da Covid e apurações paralelas têm descoberto suspeitas sérias de corrupção em negociações envolvendo o Ministério da Saúde, e desde o fim de maio há protestos de rua inauditos até aqui.

Isso não significa que Bolsonaro esteja à beira de um impeachment, conforme avaliam líderes políticos de vários espectros. Mas sua condição política está deteriorada.

Não creem em nada que Bolsonaro fala mais mulheres e menos instruídos (60% de incredulidade), além de moradores da fortaleza petista do Nordeste (65%).

Acreditam sempre no presidente mais os maiores de 60 anos (22%), os moradores de áreas bolsonaristas como o Norte/Centro-Oeste (21%) e os aliados evangélicos (22%) –embora mesmo ali a maioria, 51%, não acredita em Bolsonaro.

Nos grupos mais específicos, há previsibilidade em consonância com outros aspectos captados pelo Datafolha. Para 38% dos empresários, Bolsonaro sempre diz a verdade. Já homossexuais e bissexuais, alvos da homofobia presidencial, são quase unânimes (75%) em rejeitar as falas do presidente. Tal avaliação é feita por 63% dos pretos.

O melhor momento de popularidade de Bolsonaro, dezembro do ano passado, já não tinha um índice muito grande de crença: 21% acreditavam no presidente. De lá para cá, a avaliação de que ele não fala a verdade subiu de 37% para o patamar atual.

Fonte: Folhapress via Notícias ao Minuto

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